De 15 a 20 de abril de 2018 será realizada no Marrocos a
8ª edição do Merzouga Rally, pela terceira vez sob o rótulo Dakar Series,
recebendo 121 veículos entre motos, quadriciclos e UTVs, com pilotos de 24
nacionalidades. O Brasil será representado pela dupla formada pelo piloto
paulista Bruno Varela e o navegador catarinense Gustavo Gugelmin
(Can-Am/Norton/Arisun/Blindarte/Divino Fogão/Tecmin), na categoria UTV.
“Eu vou estrear no exterior.
Minha primeira corrida fora do Brasil, estou muito ansioso, pois é algo inédito
pra mim”, avisa Bruno Varela, atual Campeão Brasileiro de Rally Baja com UTV e
vencedor do Rally dos Sertões 2017.
Ponto de passagem ideal na
preparação de motociclistas, pilotos de quadriciclos e competidores de UTV, com
1.200 km de Especiais 100% fora de estrada, com grande variedade de terrenos,
labirintos, travessia de dunas, e uma etapa de maratona exigente, o Merzouga
Rally testará em seis dias no sudeste marroquino os concorrentes que tencionam
participar do Dakar 2018. Tanto que os vencedores receberão inscrição gratuita
para a mais famosa e difícil prova off-road do mundo no final do ano.
“É um rali muito difícil, mas
vou correr com o Gustavo Gugelmin, que além de ter muita experiência em navegação,
conhece o tipo de terreno de lá. Vamos andar com o Can-Am Maverick X3 que
ganhou o Rally Dakar deste ano com o meu pai (Reinaldo Varela) e ele, o que me
dá muita confiança para andar bem contra pilotos de todo o mundo”, define o
filho caçula de Reinaldo Varela.
“A prova será um mini Dakar,
numa região inóspita e com muitas dunas. Vou tentar passar um pouco de
tranquilidade e a minha experiência em provas deste tipo para o filho do meu
parceiro. O Bruno é jovem e muito competente, podemos colher um bom desempenho”,
afirma Gugelmin, que além de vencer o último Dakar navegando para Reinaldo
Varela neste mesmo UTV, já conquistou um título mundial de Rally Cross Country
com o pai de Bruno Varela.
"Esta prova é um primeiro
passo no rally que pode levar ao Dakar. Esta corrida permite avaliar o nível
técnico e físico dos pilotos, exigindo disciplina, navegação e resistência.
Aqueles terminam o Merzouga Rally estão bem preparados. Tanto que o último
Dakar recebeu 49 pilotos que participaram deste evento no ano passado",
comentou um dos organizadores do Rally africano.
Confira o percurso dia a dia:
15 de abril - "Prática
Livre" e Prólogo
O Rally Merzouga terá neste
primeiro dia a "prática livre", um percurso de treinamento de cerca
de 40 quilômetros, incluindo dunas e trilhas. Os novatos podem se confrontar e,
especialmente, testar o modo de operação de seus instrumentos de navegação e se
habituar com o road-book. Mas o relógio também é acionado neste primeiro dia,
com um prólogo de cinco quilômetros.
16 de abril - Etapa 1
O primeiro passo é uma entrada
acessível. Dois loops diferentes estão no programa e dão a possibilidade de
enviar as motos e quadriciclos separadamente dos UTV. Muitas áreas inéditas
serão visitadas neste percurso, onde as passagens arenosas e pisos firmes se
sucedem.
17 de abril - Etapa 2
Dia de dificuldade maior,
particularmente no que diz respeito ao cruzamento de dunas. É também esta etapa
será disputada em dois loops distintos, exigindo a navegação. A decodificação
do road-book se torna uma prática sutil: os mais experientes terão a vantagem
de seguir o rumo certo e encontrar waypoints.
18 de abril - Etapa 3
Uma etapa maratona em dois
dias é o coração do rally, o desafio esportivo em que tanto os novatos quanto
os pilotos experientes serão avaliados. Os participantes seguem para o sul,
para pernoitar em um acampamento completamente isolado, em um local ainda inexplorado
pelo evento, depois de sair de um labirinto de trilhas.
19 de abril - Etapa 4
O conceito de resistência é
particularmente palpável nos estágios da maratona, já que não será permitido o
trabalho dos mecânicos, somente a assistência entre os pilotos é permitida no
bivouac. A boa saúde das máquinas como o Can-Am Maverick X3 será uma aposta
decisiva para as travessias do roteiro nesta subida do território marroquino,
depois de muitos barrancos alinhados, típicos do sopé do Atlas.
20 de abril - Etapa 5
O último estágio terá cerca de
80 quilômetros, 100% percorrido nas dunas, e com dia de exigência física muito
alta.
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