Coluna 1518 - 13.04.2018 edita@rnasser.com.br
Tirando onda, o Civic S.I.
Se você quiser entender o espírito da
versão importada do Honda Civic, em morfologia cupê e dito S.I., deve procurar
o significado das iniciais. É Sport Injection. Nada a ver com o
sistema de alimentação, traduzido como Injeção Esportiva mas, no caso, um
aditivo de esportividade e, importante, não é para automóvel, mas para o
proprietário.
Coisa coerente, o S.I. por si só
porta um pacote de elaboração. O motor L4, 1,5 litro, 16 válvulas, injeção
direta, turbo, transversal dianteiro, em primeira geração, está no terceiro
nível de potência, atingindo 208 cv e 26,5 Nm em torque. Caixa mecânica de 6
marchas, tração frontal, freios a disco nas 4 rodas, todo o pacote eletrônico
de segurança, buchas de suspensão em borracha, substituindo sistema hidráulico,
para maior percepção e sensibilidade, barra estabilizadora com 26 mm de
espessura.
Pacote ajeitado, agradável ao uso
especialmente ao urbano, para absorver as irregularidades do piso, mas nada
resolve em resultado esportivo. Para transformar automóvel e seu condutor um
botão, ao pé do console, muda a programação do automóvel. Está indicado Sport,
e premido reconfigura o mapa operacional: o acelerador se torna mais responsivo,
amortecedores tem maior pressão, direção mais precisa e, diz-se, o turbo eleva
a pressão a 1,4 bar.
O conjunto se transforma e o
automóvel ganha aderência, seu comportamento para entrar, ficar e sair das
curvas aproveitando o amplo torque do motor mostra-o de extrema agradabilidade.
Freará melhor, responderá em menor tempo às demandas ao acelerador, desenhará
melhor as curvas.
A mudança espelha desejo – e alma –
dos usuários. É uma das designações mais honestas no mundo do automóvel, e seu
uso muda inteiramente parâmetros operacionais e o comportamento. Conjunto rodas
de liga leve e pneus radiais 235x40x18 tenta harmonizar os dois tipos de uso e
resistir a pequenos buracos.
Dirigi-o no surpreendente circuito
Velocitta, em Mogi Guaçu, SP. Primeiro, com o modo Sport demandado. Ótima
experiência, avaliando como o S.I. se comporta e se manteria com vigor.
Pensando como dona de casa na messe de levar meninos ao colégio ou ir ao
supermercado, dei uma volta sem o programa de regulagem, e encontrei um carro
normal, sobrevivendo à demanda extra. Na prática, um botão altera a
personalidade, e o carro esperto de uso urbano, se transforma em um carro muito
esperto e com dimensionamento mecânico apto a melhor aproveitar os novos
parâmetros de estamina solicitados.
Não espere encontrá-lo para análise
ou test-drive num concessionário Honda. O primeiro lote, com
adaptação ao uso nacional, como um centímetro a mais em altura livre do solo, e
tratamento anticorrosão alcoólica no sistema de alimentação, tem apenas 60
unidades – menos da metade da rede.
Interessado, procure o revendedor e o
material de divulgação, e dê um sinal para garantir a entrega. Restante para
completar R$ 159.900, à entrega.
Ps. Como o
revendedor não investe para comprar a unidade, há margem para pedir descontos
ou supervalorizar o usado oferecido como entrada.
O que vende mais ? Bom produto ? Boa
direção ?
Se a dúvida é recorrente,
a Volkswagen se candidata a responder tal questão. Será com o Tiguan, para mim
o melhor utilitário esportivo da praça. Mas se é bom de aceleração, velocidade,
estabilidade, freios, segurança no rodar e preço, tem vendas desproporcionais.
Dificuldade básica foi afastada pela reconquista da autonomia da VW do Brasil
em gerir suas vendas. Resultado desta definição, empresa reconquistou a peso de
ouro de Gustavo Schmidt, ex-gerente comercial, para a vice presidência no
setor. Em dupla com novo presidente Pablo Di Si, subiram 37% nas vendas,
ascendendo ao segundo lugar no mercado – e quer voltar a ser a primeira.
VW finalmente reagiu para entender o
crescimento de vendas dos utilitários esportivos, e o terá cinco modelos em
dois anos, iniciando com o Tiguan.
Tiguan
Mexicano, isento de imposto de
importação, agora construído sobre plataforma modular, ótimo aproveitamento de
espaço, em especial na cabine. Leva o nome de Allspace. Transmissão,
automática, a DSG, sete marchas, mesma de seu primo Audi Q3, equipará versão de
topo. Serão duas, com turbo e injeção direta, quatro cilindros, 16 válvulas. No
topo, 2,0 litros e 220 cv, 350 Nm de torque. Mesmo aplicado aos Audi, tem
injeção direta na cabeça dos pistões e indireta no coletor de admissão.
Disposto, sai da imobilidade aos 100 km/h em notáveis 6,8s e crava final de 223
km/h. Motor 2 litros indica a disponibilidade de sete lugares.
Opção de entrada, exemplo de redução
de pesos e medidas, o 1,4 litro, 150 cv, 250 Nm de torque – construído pela VW
Brasil em São Carlos, SP. 10 cv a mais relativamente à versão anterior,
nascidos com a troca de pistões e anéis de segmento, recalibragem da Centralina. Transmissão
automática 6 velocidades, vai de 0 a 100 km/h em 9,5s e arranha os 200 km/h em
velocidade final. É ávaro em consumo. Motor menor não tem opção de tração
total.
Muda tudo
Nome igual, tudo diferente. Maior,
mais largo, mais baixo, maior distância entre eixos. Na prática melhora o
comportamento dinâmico e a habitabilidade.
Externamente cinco cores, sólida
Branca; metálicas Vermelho Ruby, Prata Snow e Cinza Platinum, e a perolizada
Preto Mystic – estes intelectuais criadores de nomes de cores deveriam
exemplificar o que inspira a Preto Místico? Um pai de santo na Bahia? … Rodas
em liga leve 17, 18 ou 19 polegadas de diâmetro. Estas e a decoração da grade
frontal mudam de acordo com a versão.
Traseira harmonizada com lâmpadas a
LED. Dentro, painel digital com várias configurações, sistema de
infodivertimento voltado ao motorista. Ao uso encaixes perfeitos entre painéis,
típicos da qualidade construtiva alemã, grande modularidade dos bancos e ganho
de espaço no porta-malas. Há jeito para transportar a prancha de surf que você
nunca levará.
As versões 2.0 tem tração total e
relativa facilidade de andar, com estabilidade, em estradas de terra. Nada a
ver com jipes e outras grosserias mecânicas para trabalhos ínvios como arrancar
toco ou rebocar caminhão carregado e atolado, mas andar safo e seguro em locais
sem pavimentação.
Adicionalmente, versão R Line. Em
tese o R sugere sobre rendimento obtido por elaboração da mecânica, como fazem
M na BMW, SVO na Ford, AMG na Mercedes, S para Audi. Mas não ocorre. A
diferença é apenas decorativa.
Eletrônica foca em conforto, e o
Tiguan segue o Manual Cognitivo apresentado com o Virtus, apto a responder
questões do motorista sobre seu uso.
Quanto custa
Versão
|
R$
|
Allspace
250 TSI
|
124.990
|
Allspace
Comfortline 250 TSI
|
149.990
|
Allspace
R-Line
|
179.990
|
Venderá bem? Números dirão.
Bom dia, viado.
Imagino ter sido esta a frase ouvida
por São Pedro, no balcão do SAC celeste, ao receber meu primo Fernando – Luiz
Fernando Macedo Nasser, 1951-2018. Vendo registros das ações cristãs na
passagem terrena, para dar destino aos chegantes, terá dito: - Bom dia,
Fernando. E ouvido, em alto e bom som, a frase título.
Nada pessoal, mas característica do
sujeito de bom porte, voz forte, deficiência auditiva levando-o à contra
posição de falar alto, e à peculiar saudação com o termo institucionalizado e
já não descritivo.
Ex-quase engenheiro carioca, levado a
criar gado no interior mineiro, foi generoso, carinhoso, um aglutinador. Há dez
anos encerrou a messe pecuária e se assumiu fiscal da natureza em Teófilo
Otoni, MG, tão quente quanto o natal Rio de Janeiro, porém sem mar.
Foi-se aos 67 do mal dos Nasser:
coração. A 50% dos descendentes de árabes falta uma enzima no fígado, e este,
discreto comandante do organismo, excreta poderosas doses de gordura, formando
os ateromas, o lixo aderente às paredes das veias e artérias, diminuindo seu
diâmetro, atrapalhando a circulação, levando ao entupimento e á interrupção do
fluxo sanguíneo, o infarto.
Perdi primo fraterno e atento leitor.
Contudo o pessoal do andar de cima estaráfeliz com o
convívio, após o susto da inusitada, sonora e diuturna saudação. (RN)
General
Motors exibiu substitutos 2019 para os Cruze sedã e hatch, segundo
ciclo para o atual modelo, enfatizando alterações em estilo, segurança,
motorização. Para marcar, mudança frontal, para-choques, grupo óptico e grade,
com inequívoca mão coreana de estilo. Internamente maior conectividade; tela
com 17,5 cm; Wi-Fi Hot Spot 4G LTE. E confortos eletrônicos de segurança
democratizados em carros concorrentes à mesma categoria: alerta de ponto cego;
de trânsito posterior; sistema de parqueamento automático.
Mudanças serão incorporadas aos Cruze
montados na Argentina para a modelia do próximo ano. Motorização 1,5 litro, L4, turbo, 140 cv.
Alfa Romeo terá cupê, o Sprint
Renascendo com esportivo 4C, sedã
Giulia, utilitário esportivo Stelvio, Alfa Romeo gesta cupê derivado do Giulia.
Chamar-se-á Sprint, garante a inglesa Autocar, como as revolucionárias Giulia e
Giulietta aos anos ’50.
Mecânica refinada, para combater versões performáticas
das marcas Premium: Audi RS5, Mercedes-Benz C63 S Coupe, BMW M4 DTM. Missão aos
tracionados por motor V6, 2,9 litro, turbos, e 641 cv. Versão econômica será
L4, 2,0 litros e 345 cv. A nova intimidade da Alfa com a Fórmula 1, mesclada
com a Sauber, agregará ao Sprint versão do sistema HY-KERS, da Magneti Marelli
aplicado ao Ferrari La Ferrari. É motor elétrico com energia para fortificar a
curva de torque do motor a gasolina. Reduz
emissões, consumo, aumenta performance.
Roda-a-Roda
Começou – Nissan iniciou
produzir pré-série dos picape Nissan Frontier na fábrica Renault de Santa
Isabel, Argentina. Terá mais opções ante o modelo trazido do México.
Caminho – Primeira
fornada é para aferir sequência de operações, ajuste de máquinas, afinação de
processos, validação de partes vindas de fornecedores. Tudo entrosado,
iniciar-se-á a fabricação. Vendas? Início segundo semestre.
Depois – Após, com
meia dúzia de alterações, será vendido pela Renault como Alaskan e, próximo
ano, em mudanças maiores, como Mercedes Classe X.
Fora –
Surpreendentemente o Grupo Gandini, importador da coreana Geely, com
superficial montagem no Uruguai, desistiu da representação. Geely é, dentre as
chinesas, das mais promissoras para negócios futuros.
Maior – Direta ou indiretamente
está envolvida com Lotus; taxis ingleses; sueca Volvo; malaia Proton, e nova
operação Lynk&Co. Seu controlador, poderoso chinês Li Shufu tem,
pessoalmente, 9,5% da Mercedes-Benz. É o Mr. China.
Resultado – Sorrisos na
FCA com os primeiros três meses na Itália: 28,7% das vendas, liderando
segmentos com Fiat X500, Renegade, Compass, Alfa Stelvio; dos mais vendidos, os
quatro primeiros e o sexto lugares. Panda é o líder.
Premium – No Brasil
Mercedes-Benz fechou primeiro trimestre liderando segmento com 2.551 unidades e
37,8% das vendas. 8% de crescimento em relação a 2017.
Recomeço – JAC lançará
2ª feira opção do utilitário esportivo T40, hoje o mais vendido de sua linha:
transmissão CVT fazendo as vezes de automática.
Curiosidade – Issao
Misogushi, presidente da Honda, com primeira unidade do importado Civic Cupê
S.I. Curiosidades: não requisitou, mas comprou, e não o fez à fábrica com
desconto, mas em concessionário, e a preço de tabela.
Vida de cliente, recebeu telefonema
para retirá-lo, - e não estava pronto.
Negócio – Volkswagen
vendendo up! tsi, o turbo, com desconto de R$ 4 mil e financiamento dito como
sem juros.
Marco – MAN festeja
25 anos de produção do Volksbus e seus bons resultados de vendas, exportações e
montagem em outros países. Não registrou a curiosidade de ter nascido como
ônibus Ford, ficando com o produto quando da separação entre VW e Ford, unidas
como Autolatina para tentar se salvar.
De novo – A boa fórmula do taxi inglês, ameaçado de findar-se pelas
exigências de emissões e a crescente proibição de circular em Londres, motivou
a London Electric Vehicle a projetar novo modelo. Elétrico, baixo peso na
carrroceria, obtido com alumínio fornecido pela laminadora Novelli, para
reduzir peso e aumentar autonomia.
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