terça-feira, 17 de julho de 2018

Wagner Gonzalez em Conversa de pista

Wagner Gonzalez

FÓRMULA 1 CHEGA A METADE DA TEMPORADA

Metade da temporada de 2018 superada e a F-1 já está prestes a decidir seu calendário de 2019, assunto que vem merecendo uma campanha intensa de chefes de equipe para evitar uma temporada ainda maior que as 21 provas deste ano e corridas em três fins de semana consecutivos. Da possibilidade de danificar a imagem de coisa rara da F-1 ao desgaste físico dos integrantes do circo, sobram motivos para evitar que a gula de lucros infle ainda mais o roteiro do ano que vem. O campeonato deste ano prossegue domingo com a disputa do GP da Alemanha, em Hockenheim.

A possibilidade de o calendário de 2019 diminuir de 21 provas para 20 é grande: além da ausência do GP da Alemanha, que há alguns anos é disputado bienalmente, o propalado GP de Miami parece encalacrado em discussões sobre os efeitos que a corrida poderá causar aos moradores do balneário da Flórida. Nenhuma novidade: quando Chris Pook organizou o GP USA West, nas ruas de Long Beach - área metropolitana de Los Angeles -, foi necessário pagar acomodações em hotéis para moradores indispostos a conviver com o barulho dos carros e a movimentação do público.

Para a comunidade que vive da categoria, porém, os motivos para evitar o crescimento do calendário, ou mesmo a repetição da sequência deste ano, são de ordem diversa. O francês Cyril Abiteboul, diretor da Renault Sport, alçou a bandeira da exclusividade e defende que o movimento da Liberty Media a detentora dos direitos comerciais da categoria -, deveria ser reduzir e não expandir o calendário; para ele "15 ou 16 provas estaria de bom tamanho".. Por essa óptica os países pagariam mais pelas datas, gerando mais lucros aos times, que gastariam menos. Gunther Steiner, o diretor esportivo da Haas F1, pondera que o crescimento pura e simples não se justifica e explica que as viagens custam caro e por isso “se aumentarem o número de corrida precisam garantir maior faturamento para as equipes”.

A chegada da Liberty Media trouxe uma lufada de modernidade ainda não digerida por muitos que compõem a F-1, caso do australiano Mark Webber, que trabalha como comentarista de TV. Para ele é preciso manter a aura de super-herói e limitar o acesso que o público tem hoje para interagir com seus ídolos. Talvez a solução para ele seja substituir os pilotos por personagens de jogos eletrônicos, mercado que movimenta quantias cada vez maiores de dinheiro e continua crescendo. Com certeza é um pensamento crítico que ainda vai repercutir no meio.

Quando o atual regulamento da F-1 começou a ser pensado e estruturado a Mercedes já trabalhava nos possíveis caminhos a serem adotados, o que levou os alemães a trabalhar a adoção de soluções mais adequadas à sua capacidade tecnológica. Em 2021 a categoria passa por nova mudança e a escrita parece se repetir: na semana passada o austríaco Toto Wolff anunciou que o italiano Aldo Costa e o inglês Mark Ellis, respectivamente diretores de engenharia e desempenho da equipe de F-1, serão desligados da equipe no primeiro semestre da temporada 2019. A mudança transfere  a responsabilidade de liderar o grupo de engenharia aos ingleses James Allison e, em menos escala, John Owen, projetista chefe. O francês Loic Serra, há quase uma década no time, foi nomeado chefe de dinâmica de veículo.

A decisão da Mercedes em reorganizar sua equipe técnica levantou suspeitas que remetem ao início do atual projeto de F-1 e à influência política de James Allison. O inglês veio da Ferrari e há quem diga que Aldo Costa deixou a Scuderia por pressão do britânico, que também não seria o maior fã de Mark Ellis. Política à parte, não será uma surpresa se Costa e Ellis forem anunciados num futuro próximo como peças-chave da equipe que desenvolverá o carro e o motor da temporada de 2021 ou da F-E, onde a marca alemã articula uma participação oficial em breve.

Kart brasileiro tem novos campeões
Terminada a primeira fase do 53oCampeonato Brasileiro de Kart, os pilotos paulistas aparecem conquistaram quatro dos nove títulos disputados no Kartódromo Internacional da Granja Viana. André Castro (F4 Graduados), Gabriel Crepaldi (Júnior), Enzo Didmontiene (Mirim) e Pedro Lopes (Shifter) foram os filiados da FASP que triunfaram na primeira fase do campeonato, que prossegue esta semana com a decisão de mais categorias.

Outros vencedores da primeira fase foram João Pinheiro Neto (FADF, Cadete), André Nicastro (FADF, Codasur), Alex Grigoletto (FPRA, F-4 Sênior), Vinicius Tessaro (FADF, Júnior Menor), Kleber Barcellos (FPRA, Super F4). Entre as marcas de chassi a Techspped foi a melhor nas categorias F4 Gradudos, Super F4 e Cadete, a Mini (Júnior e Júnior Menor) e a Tony Kart em duas (Codasur e Shifter Graduados) enquanto Mega (F4 Sênior) e Birel (Mirim), conquistaram um título cada uma.
Resultados completos estão disponíveis clicando aqui.

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