Wagner Gonzalez |
FÓRMULA 1 CHEGA A METADE DA TEMPORADA
Metade da temporada de 2018 superada e a F-1 já está
prestes a decidir seu calendário de 2019, assunto que vem merecendo uma
campanha intensa de chefes de equipe para evitar uma temporada ainda maior que
as 21 provas deste ano e corridas em três fins de semana consecutivos. Da
possibilidade de danificar a imagem de coisa rara da F-1 ao desgaste físico dos
integrantes do circo, sobram motivos para evitar que a gula de lucros infle
ainda mais o roteiro do ano que vem. O campeonato deste ano prossegue domingo com
a disputa do GP da Alemanha, em Hockenheim.
A possibilidade de o calendário de 2019 diminuir de 21
provas para 20 é grande: além da ausência do GP da Alemanha, que há alguns anos
é disputado bienalmente, o propalado GP de Miami parece encalacrado em
discussões sobre os efeitos que a corrida poderá causar aos moradores do
balneário da Flórida. Nenhuma novidade: quando Chris Pook organizou o GP USA
West, nas ruas de Long Beach - área metropolitana de Los Angeles -, foi
necessário pagar acomodações em hotéis para moradores indispostos a conviver
com o barulho dos carros e a movimentação do público.
Para a comunidade que vive da categoria, porém, os
motivos para evitar o crescimento do calendário, ou mesmo a repetição da
sequência deste ano, são de ordem diversa. O francês Cyril Abiteboul, diretor
da Renault Sport, alçou a bandeira da exclusividade e defende que o movimento
da Liberty Media a detentora dos direitos comerciais da categoria -, deveria
ser reduzir e não expandir o calendário; para ele "15 ou 16 provas estaria
de bom tamanho".. Por essa óptica os países pagariam mais pelas datas,
gerando mais lucros aos times, que gastariam menos. Gunther Steiner, o diretor
esportivo da Haas F1, pondera que o crescimento pura e simples não se justifica
e explica que as viagens custam caro e por isso “se aumentarem o número de
corrida precisam garantir maior faturamento para as equipes”.
A chegada da Liberty Media trouxe uma lufada de
modernidade ainda não digerida por muitos que compõem a F-1, caso do
australiano Mark Webber, que trabalha como comentarista de TV. Para ele é
preciso manter a aura de super-herói e limitar o acesso que o público tem hoje
para interagir com seus ídolos. Talvez a solução para ele seja substituir os
pilotos por personagens de jogos eletrônicos, mercado que movimenta quantias
cada vez maiores de dinheiro e continua crescendo. Com certeza é um pensamento
crítico que ainda vai repercutir no meio.
Quando o atual regulamento da F-1 começou a ser pensado e
estruturado a Mercedes já trabalhava nos possíveis caminhos a serem adotados, o
que levou os alemães a trabalhar a adoção de soluções mais adequadas à sua
capacidade tecnológica. Em 2021 a categoria passa por nova mudança e a escrita
parece se repetir: na semana passada o austríaco Toto Wolff anunciou que o
italiano Aldo Costa e o inglês Mark Ellis, respectivamente diretores de
engenharia e desempenho da equipe de F-1, serão desligados da equipe no
primeiro semestre da temporada 2019. A mudança transfere a
responsabilidade de liderar o grupo de engenharia aos ingleses James Allison e,
em menos escala, John Owen, projetista chefe. O francês Loic Serra, há quase
uma década no time, foi nomeado chefe de dinâmica de veículo.
A decisão da Mercedes em reorganizar sua equipe técnica
levantou suspeitas que remetem ao início do atual projeto de F-1 e à influência
política de James Allison. O inglês veio da Ferrari e há quem diga que Aldo
Costa deixou a Scuderia por pressão do britânico, que também não seria o maior
fã de Mark Ellis. Política à parte, não será uma surpresa se Costa e Ellis
forem anunciados num futuro próximo como peças-chave da equipe que desenvolverá
o carro e o motor da temporada de 2021 ou da F-E, onde a marca alemã articula
uma participação oficial em breve.
Kart brasileiro tem novos
campeões
Terminada a primeira fase do 53oCampeonato Brasileiro de
Kart, os pilotos paulistas aparecem conquistaram quatro dos nove títulos
disputados no Kartódromo Internacional da Granja Viana. André Castro (F4
Graduados), Gabriel Crepaldi (Júnior), Enzo Didmontiene (Mirim) e Pedro Lopes
(Shifter) foram os filiados da FASP que triunfaram na primeira fase do
campeonato, que prossegue esta semana com a decisão de mais categorias.
Outros vencedores da primeira fase foram João Pinheiro
Neto (FADF, Cadete), André Nicastro (FADF, Codasur), Alex Grigoletto (FPRA, F-4
Sênior), Vinicius Tessaro (FADF, Júnior Menor), Kleber Barcellos (FPRA, Super
F4). Entre as marcas de chassi a Techspped foi a melhor nas categorias F4
Gradudos, Super F4 e Cadete, a Mini (Júnior e Júnior Menor) e a Tony Kart em
duas (Codasur e Shifter Graduados) enquanto Mega (F4 Sênior) e Birel (Mirim),
conquistaram um título cada uma.
Resultados completos estão disponíveis clicando aqui.
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