Pedro Kutney, AB
Automotive Business
Luís Curi, presidente da empresa, afirma que a decisão de instalar a fábrica no Brasil foi tomada há quatro anos, como estratégia de internacionalização da companhia chinesa. Atualmente a Chery é a maior exportadora de veículos da China e o Brasil este ano tornou-se seu maior cliente, superando a Rússia. No semestre passado as exportações da fabricante somaram 71.827 unidades, crescimento de 88% sobre o mesmo período do ano passado, e 18 mil foram embarcadas para o mercado brasileiro.
O presidente da Chery confirmou que os estudos feitos no Brasil são para fabricar em Jacareí os modelos compactos S18 (hatch, na foto) e A13 (hatch e sedã). A empresa estima que sua chegada em Jacareí deverá gerar 1,5 mil empregos durante as obras e 3 mil após o início da produção. Mas Curi adiantou que a linha brasileira terá ter alto grau de automação. A base de suprimentos já está instalada no País e é formada por atores globais.
“Vamos comprar componentes dos principais fornecedores mundiais, como Bosch, Visteon, Delphi, Magneti Marelli e Johnson Controls. O preço aqui não é muito maior do que 10% em relação à China”, revelou Curi em entrevista recente à Automotive Busines. “O custo de mão de obra também não é significativo, porque boa parte das linhas é robotizada”, completou.
Segundo o executivo, o nível de nacionalização da produção no Brasil irá crescer gradualmente. Curi informou recentemente que está negociando com o Sindipeças a realização de um “Chery Day”, em data ainda a ser definida, para atrair potenciais fornecedores para a fábrica de Jacareí.
O evento desta terça-feira contará com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota, além de outras autoridades e executivos da Chery.
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