Aparentemente tudo continua igual: Riamburgo continua sendo um piloto acessível de conversa fácil e agradável, seu talento nesses anos todos de Rally dos Sertões (desde 1997) já foi mais do que comprovado e é responsável por muitas histórias e mitos. Ao mesmo tempo é o Riamburgo de sempre de sorriso franco e aberto e com uma análise sempre muito apurada das diferentes situações.Mas, Riamburgo mudou e consegue estar ainda mais vibrante nessa véspera de Rally dos Sertões , que pela primeira vez parte de São Luiz do Maranhão em direção, sempre à sua (dele Riamburgo) querida Fortaleza. "Rapaz" começa rápido ele, "não tenho nem como descrever, tantas são as coisas diferentes" e naquele seu jeito tranquilo começa a enumerar as qualidades de seu BMW X3CC, um dos carros de penúltima geração do Rally Cross Country mundial, um carro vencedor e completo.
"O motor é sensacional, tem 70kgfm de torque, e a gente tem que estar sempre atento para dosar o acelerador, para evitar que os pneus patinem, para calcular bem as aproximações das curvas. É motor demais, mas é sensacional" diz com os olhos brilhando e gesticulando para enfatizar o seu ponto de vista.
"E a suspensão?" pergunta e logo responde, "é outro conceito, muito diferente daquele que usamos nos carros de Cross Country no Brasil, "é muito mais macia, copia muito mais o terreno e transmite uma segurança muito grande. O problema agora é não abusar" garante.
"Só andei 50 km com o carro até hoje, acredito que vou precisar de 2 dias de Sertões até chegar no ponto de aproveitar tudo dessa Máquina do Tempo. Pois ela é isso mesmo, uma verdadeira Máquina do Tempo que me transportou instantaneamente para uma outra realidade que eu só imaginava e sonhava" faz questão de dizer.
Como também faz questão de, com toda a humildade, reconhecer que, "Vou ter que me acostumar e entrar em sintonia com o carro, assim como o meu copiloto vai ter que cantar tudo bem mais rápido, o Flávio França vai ter que ser repentista da navegação." E ri com satisfação antes de analisar um outro importante fator.
"O mais importante não é ter um carro de fábrica e ser um piloto de fábrica, o mais importante é ter um companheiro como o Peterhansel que além de ser um piloto fora de série é um apaixonado pelo esporte. Ele respira rally Cross Country, é louco pelo que faz e não para na busca de informações, fotos e vídeos daquilo que vai encontrar pela frente. É que ele já está nessa Máquina do Tempo há alguns anos e eu estou feliz de poder aprender o máximo que puder com ele." Termina ele rápido, antes de seguir para o brieffing. Amanhã à partir das 13 horas, Peterhansel e Riamburgo vão acionar as suas "Máquinas do Tempo" para serem transportados por quase 5.000km até Fortaleza.
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