Um dos principais
nomes da nova geração do automobilismo brasileiro, Nelsinho Piquet vem
mostrando que gosta de desafios. O mais novo deles será sua estreia ao volante
de um Mitsubishi EVO XTR no campeonato Global Rallycross Championship, nos X
Games, competindo pela equipe brasileira X Team Mitsubishi Racing. A competição
acontece de 18 a 21 de abril em Foz do Iguaçu (PR).
Esse apreço por novidades vem sendo reafirmado por Piquet depois da tradicional
e bem sucedida carreira nos monopostos, nos quais amealhou dois títulos na F-3,
um vice-campeonato na GP2, além da passagem pela Fórmula 1 com pódio na
temporada de estreia. Em 2010 o jovem Piquet mudou o foco de sua carreira para
os Estados Unidos, com a meta de desbravar a principal competição de carros de
turismo no mundo, a Nascar.
Foco excessivo na F-1. Um erro? - Apenas três anos depois, Nelsinho disputa uma
das duas principais divisões do torneio, conhecida como Nationwide. E é, de
longe, a principal esperança brasileira de um título na difícil, competitiva e,
em termos esportivos, sensacional categoria norte-americana. "Estou onde o
automobilismo está. Sempre tive em mente participar do maior número possível de
corridas em diversas categorias e é assim que estou fazendo. Quero viver a
experiência de participar de tudo o que puder neste esporte", afirma
Nelsinho, que ainda confessou ter deixado passar oportunidades importantes no
passado por ter concentrado suas energias exclusivamente em outro objetivo
fixo, a Fórmula 1.
"Me arrependo de umas coisas (no automobilismo), oportunidades que eu
poderia ter aproveitado e que recusei. Se eu pudesse voltar atrás, teria feito
mais corridas na minha carreira. Só estaria aprendendo com isso. Acho que
qualquer jovem, que está começando a pilotar e quer evoluir, tem que aproveitar
o máximo que puder. Isso eu mudaria", comenta Piquet, único brasileiro a
vencer corridas na Nascar, com triunfos em três divisões, tanto em pista mista
quanto em ovais de características variadas.
Dado surpreendente - Adaptado ao calendário norte-americano, Piquet conta que
por lá muitos pilotos correm não só aos finais de semana, resultando em um
número grande de eventos no ano. "Lá é normal um piloto fazer de 130 a 150
corridas por temporada, em várias categorias", frisa ele, revelando um
dado surpreendente para a realidade do esporte a motor brasileiro.
Geraldo Rodrigues e Nelsinho Piquet |
"Mesmo às vezes desviando um pouco a atenção (para uma categoria
diferente), estamos pilotando. Por mais que um carro tenha mais ou menos
potência do que o que você pilota normalmente, seja na terra ou no asfalto, o
piloto está treinando, praticando dentro daquele cockpit, pegando a mão de
vários tipos de carro. E isso é o mais importante para qualquer piloto",
sustenta Piquet Jr.
Novidade nos X Games, a equipe brasileira X Team Mitsubishi Racing terá
Nelsinho Piquet como um de seus pilotos. Ao lado de Guilherme Spinelli, ele
integra o time que estreará no campeonato Global RallyCross nas chamadas
"olimpíadas dos esportes radicais". Pilotos de ponta em suas respectivas
especialidades, os dois se revezarão ao volante do modelo Mitsubishi EVO XTR
nas nove etapas do torneio. E Piquet Jr. fará a primeira corrida, no final de
semana de 18 a 21 de abril, em Foz do Iguaçu (PR).
"Estou muito empolgado com essa oportunidade de poder correr no Brasil e
participar de um evento importante como os X Games", conta Nelsinho.
"Além disso, nunca estive em Foz do Iguaçu e me parece ser um lugar muito
bonito, que sempre tive vontade de conhecer", destaca o autor da primeira
vitória na Nascar do X Team Racing, na divisão K&N Pro Series East.
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