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Tudo novo no Kia Cerato
Um novo carro, mais espaçoso internamente, melhor
equipado em conteúdo de confortos e segurança, design atrativo
a compradores jovens em idade e espírito, o Kia Sorento começa a ser vendido.
Engenharia econômica para passar pela barreira dos 35% de impostos, mais 30
pontos percentuais sobre o IPI, fazendo cascata com os múltiplos penduricalhos
tributários, e preços de R$ 67.400 para a versão mecânica, e R$ 72 mil do
automático, ambas 6 velocidades.
Previsões otimistas, vender 5.000 unidades neste
ano. Ano anterior, mesclando com estoque e impostos antigos, vendeu quase 7.200
veículos. A Kia não está inscrita no programa Inovar-Auto do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e, por isto, é penalizada.
A rede da Kia tem hoje 152 pontos de venda.
Produto
Atualmente há um nome mágico em design e
sua influência comercial. O do austríaco Peter Schreyer, contratado como designer chefe
da Kia e, pelo traço de individualização, harmonia de linhas, conforto de uso,
adequação industrial, auxiliou as vendas da marca e tal resultado o guindou à
presidência da Kia Motors Corporation, caso inédito na história do automóvel.
A 3a. geração do Cerato, é voltada ao
conforto e bons resultados de uso: maior – 4,56m; mais baixo – 1,44m; mais
largo – 1,78m e 2,70m de distância entre eixos - que a versão anterior.
O design sugere agilidade e se adiciona à linha de esforços e
aperfeiçoamentos para melhor processo construtivo, aprimoramento no motor 1.6,
gerando 122 cv a gasálcool e 128 cv com etanol, câmbio de seis velocidades,
para rendimento e redução de consumo. Na prática, diz entusiasmado o importador
José Luiz Gandini, “o pacote é mais rico que o encontrado nos
concorrentes Chevrolet Cruze, Honda Civic, Hyundai Elantra, Toyota Corolla e VW
Jetta.” O Cerato é maior que todos os concorrentes.
Produto atualizado em segurança, conforto,
ergonomia, comportamento dinâmico, começa uma nova era.
Há, atrás de cada definição, a incontida e
determinada decisão da Hyundai/Kia em se tornar uma das cinco maiores do mundo.
Olhar técnico
Motor – quatro cilindros em linha, dianteiro,
transversal, duplo comando com 16 válvulas, sistema CVVT – de aberturas
variáveis, injeção indireta, eletrônica, sequencial, 122 cv e 128 cv a etanol,
torque de 16 e 16,5 kgmf respectivamente a gasálcool e etanol.
Transmissão – Tração dianteira, 6 velocidades mecânicas e
automáticas, ambas com 5a. e 6a. multiplicadas.
Suspensão – Frontal Mc Pherson, traseira eixo de
torção. Amortecedores a gás.
Direção – Assistência elétrica.
Freios – Disco ventilados à frente, sólidos atrás.
Rodas e pneus – liga leve, tala 6,5”, aro 16”. 205/60R16.
Bitolas – D 1.555mm; T 1.568mm.
Porta malas - 421 litros.
Tanque – 50 litros.
Segunda marca, uma tendência. Na Nissan, Datsun
Há alguns anos grandes montadoras entenderam ter
segunda marca para separar-se da principal, tanto para veículos melhores e mais
refinados em engenharia, equipamentos, quanto ao contrário, modelos com
economia de construção e equipamentos, vendidos a preço menor. Por exemplo,
Lexus e Infinity são as marcas de luxo da Toyota e da Nissan.
No extremo oposto, há anos a Renault comprou a
romena Dacia, montadora sob licença do R 12, irmão do Corcel, e resolveu criar
produtos mais resistentes e baratos utilizando a marca, associada a produtos
rústicos. Sobre plataforma antiga e resistente, conteve-se em projeto e construção,
e criou o Logan, bom e barato. Dele derivaram Sandero, Duster e, na Europa, o
Lodgy. A fórmula funciona ao atingir o comprador do carro usado.
A Nissan, japonesa aliançada com a Renault, quer
fazer a mesma coisa e, radical, vai ao extremo. Buscou sua marca Datsun,
sucesso durante anos nos EUA, maior mercado do mundo, especialmente pela imagem
do esportivo Z. Como plataforma pinçou a empregada no Kalina, um russo Lada.
O Novo Kalina, a ser lançado ainda neste ano, é o
primeiro produto totalmente desenvolvido sob ordens da Renault, agora
controladora da AutoVaz, fabricante dos Lada. Serão inicialmente dois
produtos, hatch, sedan, e em 2014 station wagon com
opção de sete lugares. A linha Kalina a ser substituída tem base GM Opel, do
Corsa primeira geração.
A marca estreia na Índia neste ano, na Indonésia em
2014 e Malásia em 2015, todos mercados em desenvolvimento e com baixa
motorização. Aqui, viabilizados acordos comerciais com o bloco asiático, tem
chances.
Roda-a-Roda
Conjuntura – Para aumentar vendas a Fiat fez o
inimaginado pelos cinco irmãos Maserati, iniciadores da saga esportiva: colocou
motor turbo diesel VM 3.0, o mesmo do Grand Cherokee, em sua versão Ghibli,
esportivada a partir do Quattoporte. Transmissão com 8 velocidades
e opção de tração total.
Foco - 50% das vendas de automóveis na Europa é de
diesel e tal cultura migra aos EUA. Foca o futuro no mais ambicioso plano de
crescimento já tocado por uma montadora. Na específica marca a Fiat quer fazer
as vendas da Maserati crescer de 6.288 em 2012 para 50.000 até 2016.
Mais – Qual o veículo mais vendido no mercado
norte-americano ? Não é automóvel. Há décadas os picapes Ford. E, como extremamente
rentáveis, as montadoras estadunidenses, incluindo Toyota e Honda, aplicam-se
ao negócio. A Ford lidera, com quase o dobro de vendas sobre a GM Silverado.
Outras marcas a seguem.
Mais do mais – A Ford mostrou detalhes de seu novo F 150
Raptor, emagrecido quase 10% em peso, expondo o momento de recuperação do
mercado e novas condicionantes, controle de consumo e emissões. Fez revolução
interna focando nos motores turbo, os EcoBooster, menores
cilindrada, peso, emissões, consumo. A mudança preservou-a na crise de 2009.
Nem tanto – Para aproveitar o evento, a GM
divulgou, sua a próxima geração de picapes grandes manterá os motores V8, porém
5% mais econômicos e menos poluentes que os V6 EcoBoost da Ford.
Crise ? Vendas da Porsche na América Latina aumentaram 35%
entre o primeiro trimestre de 2012 e 2013. Restante do mundo, cresceu 21%. Na
região o Brasil é o maior mercado.
Novela – A venda, ou não, da Alfa Romeo à Audi, incluindo a
fábrica de Pomigliano d’Arco, Nápoles, ganhou dois capítulos. Especialistas da
Audi e da fábrica Fiat na Sérvia visitaram as instalações.
Caminhos – Os alemães para ver o que, o como se faz
ali, e se são capazes de se entender com os italianos do Sul. Os da Sérvia,
especular se conseguem absorver a produção do novo Panda ali produzido.
Mais – Lá, nesta semana a Fiat fez votação entre
sindicatos e operários, de novas regras para aumentar produtividade, de seis
para dezoito turnos semanais, refeições ao fim do turno e por meia hora...
Pomigliano tem quase seis mil funcionários e faz 35.000 Pandas. A Sérvia, 6.000
e faz 180.000. O negócio trabalhista está numa encruzilhada: quer
trabalhar ou ver a fábrica fechar ?
Silêncio – A Hyundai não se pronunciou publicamente
sobre a má colocação, indicando perigo, obtida por seu modelo HB20 nos testes
de impacto da LatinNCap, por ter aplicado cadeirinhas baratas, letais para
crianças em caso de impacto.
De cara - Posição lembra a Mercedes quando o antigo
Classe A capotou em testes de imprensa e a marca preferiu fingir que não era
com ela, e colocar a culpa no jornalista. Não resolveu e custou uma fortuna – e
alguns empregos –, e equipar os carros com equipamentos capazes de corrigir o
projeto - que nunca decolou.
Ford – É a única com três veículos incluídos no
rol da segurança pelo LatiNCap – Novo EcoSport, Novo Fiesta e Fusion, indicando
avanços de design e engenharia.
Curiosidade – Peugeot é dona da Citroën, mas de irmandade
apenas industrial. No comércio, cada uma por si. O acerto do produto ao mercado
e a sintonia de preços dão boas vendas à Citroën puxadas pelo Novo C3 e
calçadas pela importada linha DS.
Previsão – Frédéric Chapuis, diretor de vendas,
calcula vender medianamente 3.500 unidade/mês do novo C3. Se válido, mais que o
novo Peugeot 308.
Recomeçar – Após fechar por 60 dias a fábrica em São
José dos Pinhais, Pr, para inteira reformulação, por falta de estoque a Renault
em março viu cair os números de participação, de 6,9% para 5,3%. Seria pior se
os importados Clio e Fluence, e o furgão Master, feito à parte, não tivessem
crescimento excepcional.
Adeus – A Volkswagen prepara a despedida da Kombi,
um ícone. É o veículo mais antigo em produção no país – 56 anos; de pouca
evolução; sua linha de fabricação é uma exceção industrial, uma viagem no
tempo. Na consideração entre custo e o que oferece, e a falta de competidor, é
confortavelmente lucrativa.
Lei – Fim será consequência da incapacidade técnico/econômica
de receber, por imposição legal, freios com ABS – fácil para todos, e almofadas
de ar –impossível para Kombi e Fiat Mille.
Sugestões – Circular interna pede a colaboradores
opiniões sobre como deve ser a última série: decoração, cores, equipamentos,
material de revestimento, referências especiais para marcar a efeméride.
Re posicionamento – A insólita condição brasileira de lançar
produto novo e manter o antigo em produção, provocou a Ford a revisar o Fiesta
com motor Rocam 2014, sucedido pelo novo Fiesta, produzido em São Bernardo, SP.
Assim – Resumiu as versões em S e SE, agregou
equipamentos. Assim, hatch 1.0 completo – ar direção, trio
elétrico, computador faróis de neblina, outros detalhes, eair bags e
freios ABS sai a R$ 31 mil. Versão 1.6 a R$ 35 mil.
Segurança - Faz o dever de casa do Governo, INSS,
Ministério do Trabalho, Denatran: fomentar itens de segurança para reduzir
danos físicos, absenteísmo, ferimentos e mortes causadas pela ausência de
equipamentos de segurança. Na prática air bags, o ABS e
detalhes a mais custam apenas R$ 1 mil.
Questão $ – A Toyota contornou a repulsa inicial por seu
produto Etios pelo método direto: baixou preço. Somado ao fato de a marca ter
certa imagem de qualidade, de haver carros a pronta entrega, a redução amoleceu
os compradores que esquecem a má construção interna.
Oficial – Cortou preços: R$ 1.500 no 1.3 de entrada, e R$
2.900 no 1.5. Há interessante apelo comercial: entrada de 40%, e 48x de R$ 450
– dá, como enfatiza, R$ 15/dia.
Duas Rodas – Lançadas em novembro, entre
importações e produção em Manaus, a Triumph revê projeções para vender 2.500
unidades/ano, expansão de 25%. Quer quase dobrar o número de
operários em Manaus, iniciando produzir motos Daytona 675 e Street Triple.
Resultado surpreende porque possuía apenas um revendedor. Agora, nomeou a Euro
Bike, distribuidora BMW, para Porto
Alegre, RS e Ribeirão Preto, SP. Até dezembro quer 12 lojas.
Consumidor – Ação de coragem. Com o
mais elevado número de reclamações por serviço deficiente, cobranças indevidas,
as telefônicas deram demonstração de poder perante o Legislativo: não atenderam
ao convite para a Audiência Pública sobre estes problemas. São superiores.
Espera-se troco educativo.
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