Coluna 1218 – 23.03.2018 edita@rnasser.com.br
Brasil, carro do futuro. Toyota sai
na frente
No momento dos estudos e definições
para as soluções brasileiras de enfrentamento às novas exigências para
veículos, autonomia e combustíveis não petrolíferos, Toyota riscou o chão,
marcou a trilha. O caminho será o de carros híbridos, com motor endotérmico
consumindo etanol para gerar energia elétrica. Aproveitamento do álcool
combustível, de baixas emissões, para gerar energia e obter produto gerando
pequena pegada ecológica nos processos e uso. Integra os esforços da companhia
em seu grande esforço para reduzir emissões em processos e veículos, sob o
rótulo de Desafio Ambiental 2050.
Solução tangencia a obviedade, mas
Ford e BMW, com híbridos no mercado brasileiro, não tiveram interesse em tal
caminho. Toyota há dois anos focou no Prius para liderar vendas segmentadas, e
na transformação do motor a gasolina para o sistema flex. Trabalho envolveu
engenheiros da companhia no Brasil e Japão, trocando conhecimentos para obter
os melhores resultados no casamento, entre rendimento do motor transformado, e adequação
do gerador.
Protótipo foi desenvolvido mesclando
estamento acadêmico através da USP, a Universidade de S Paulo, sob as bênçãos
da Unica, união dos produtores de álcool. Ano eleitoral, foi apresentado ao
governador paulista Geraldo Alckmin, candidato a candidato à Presidência, e de
lá seguiu, iniciando avaliações e testes para o desenho final, até o espaço do
curso de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília, na cidade satélite do
Gama, beiradas de Brasília. A Unb foi o berço dos estudos e experiências com os
motores a álcool nos anos ’70 com o professor Urbano Stumpf.
Iniciativa não se encerra com o Prius
movido por energia elétrica gerada por motor acionado por queima de álcool, mas
passa pela cooptação de parceiros envolvidos no projeto, incluindo a indústria
de auto partes. Rafael Chang, presidente da Toyota, entende ser o início de
novo ciclo tecnológico.
Renault Argentina já faz o Novo Kangoo
Renault
Argentina iniciou produzir modelo misto, para transporte de cargas e
passageiros, chamando-o Novo Renault Kangoo. Do Kangoo, o Velho, anciliaria com
20 anos de produção no vizinho país, aproveita o bem conhecido nome.
Razões de economia, o veículo é
espécie de misto quente pela mistura do rumeno Dacia Dokker e do Kangoo,
desprezando sua antiga plataforma e entrando no padrão América Latina, utilizando
a bem formulada base M 0 aplicada em Logan, Sandero, Duster e picape Oroch,
resistente às agruras terceiro mundistas.
O Nuevo Kangoo, como indicado na
Argentina, onde será lançado em maio, utilizará trem de força liderado pelo
motor L4,1,6 litro, 16 válvulas, 115 cv de potência e 15,6 m.kgf de torque,
produzido no Brasil, tração dianteira por caixa mecânica chilena de 5
velocidades.
Na Argentina, duas versões: Express,
para transportar uns 700 kg de carga, e a Stepway – o nome é curinga na Renault
– para passageiros.
Importação para o Brasil seria óbvia,
mas fonte da empresa brasileira diz não haver plano imediato. No jargão
promocional indica estar no Salão do Automóvel em S Paulo, outubro/novembro.
Roda-a-Roda
Do Ano – Membros da FIPA –
federação de jornalistas especializados na América Latina -, entregaram prêmio
de SUV do Ano FIPA 2018 à Mazda. Marca está fora do Brasil, metade do mercado
sul americano.
C4 Cactus – Durante
lançamento do novo C4 Lounge, Citroën confirmou produzir o C4 Cactus no
terceiro semestre – utilizará a base comum aos C3, AirCross, Peugeots 208 e
2008. Apresenta-lo-á no Salão do Automóvel.
Situação – Enquanto na
Argentina cresceu acima da média do mercado, e se firmou como segundo maior
mercado extra europeu – primeiro é a China -, no Brasil Citroën caiu 7,3% em janeiro
e fevereiro contra 13% de expansão de vendas no setor. VW com pico de 37,3%.
Má notícia – Sérgio Habib,
engenheiro, trouxe a Citroën para o Brasil à abertura das importações; foi seu
presidente; elevou a marca a uma categoria Premium desconhecida no resto do
mundo; montou grande rede de revendas.
Mudou – Cansou. Devolveu à
PSA 14 revendas: 12 Citroën e 2 Peugeot. Usará algumas instalações para a rede
dos chineses JAC, por ele representada.
Final – Renault
Brasil recebeu unidade do Alaskan, protótipo da marca sobre o Nissan Frontier.
Basicamente o mesmo produto, diferente em detalhes estéticos, interior e,
espera-se, isolamento termo-acústico, clara deficiência do produto Nissan.
Drs. – Carro para
análise do primeiro time de direção da operação brasileira. Os senhores
doutores analisarão as sutis as diferenças entre os dois produtos, para aprovar
ou sugerir dentro do conceito de a Renault, marca de maior peso e rede de
distribuição, não pretender o segundo lugar nas vendas.
O outro – Leitor
da Coluna se lembra, nela leu em antecipação mundial, a
produção do picape Mercedes Classe X, derivado de Nissan e Renault. É melhorado
relativamente aos concorrentes nipo-franceses. Como caracterização, maior
bitola frontal, dirigibilidade superior, cuidados para suprimir as reações de
caminhão, Mercedes testa versão com caçamba longa.
As outras – Atualmente
perfil comum aos três: cabine dupla, caçamba curta. Mercedes quer atender
clientes com necessidade de transporte mais carga. Terá?
Especial – Honda iniciará
vender versão S.I. do Civic. Importada do Canadá, motor 1,5 litros turbo,
transmissão mecânica 6 velocidades. Pouca quantidade.
Começou – Fiat já vende o
Cronos, seu novo sedã. Bem formulado, estilo muito agradável, volumes
harmônicos. Cinco versões, dois motores, dois tipos de transmissão, conteúdo
com foco tecnológico.
Esqueceu – Fabricante
não dá foco certo ao automóvel, nem ao seu motivador, o Argo. Vende-os como se
fossem apenas mais novos produtos em linha, quando apelo maior deveria estar na
enorme mudança de métodos e processos alavancando o ganho de qualidade. Não há
comparação com a geração anterior. Hoje os Fiat estão industrialmente mais
Audi.
Marco – Presidência
da República agendou reunião dia 10 de abril para ajustar, leia-se dar forma
final ao projeto Rota 2030, a regulação da indústria automobilística e de auto
peças, ante as demandas mundiais por segurança, emissões, redução de consumo,
mudança comportamental do consumidor.
No ar – Enfim, dar
norte a uma atividade atravessando seu período mais mutante, em especial quanto
ao tipo de energia, substituir o uso dos derivados de petróleo, enfrentar a
grande mudança conceitual quanto ao automóvel, a cada dia mais um IPhone com
rodas. Quer regular uma década num horizonte nublado.
..., 2 – Em época
tão importante, multi adiado, o Rota 2030 definirá regra de incentivos para o
desenvolvimento tecnológico versus carga tributária, tentando mesclar os
controversos conceitos do polêmico Inovar-Auto, encerrado ano passado.
E ? - Projeto
extinto fez razia nas importações, suprimiu aos consumidores a opção de escolha
entre importados atualizados e nacionais sempre a reboque, re criou as linhas
de montagem, voltando a pífios índices de nacionalização dos tempos pré JK.
Problema é, sobreviverão sem as barreiras de importação, com métodos
industriais de galpões montadores – e não de fábricas?
Aditivo – Mercado em
expansão, e definições de acordos fomentadores comerciais com a União Europeia
e um Mercosul alinhado. No caso, acicatado pela objetividade e protagonismo do
presidente argentino.
E ? – 10 de
abril? Indica dizer, à reunião podem estar novos ministros, indicados
na rodada de substituições prevista com os prazos de desincompatibilização para
as eleições? Neófitos a discutir o futuro sem conhecer passado e presente?
De Ré – Ministro
das Cidades, Alexandre Baldy, travou pretensão do Denatran em exigir novos
exames para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação, resolvidos por
resolução do Contran, curiosamente num ano eleitoral, onde avultam interesses
de várias ordens.
Razão – Alegada
exigência de novos estudos mas, na prática, pelo período, qual governo e
candidatos se arriscariam à imposição tão anti popular ?
Mudou – De quase
falência por insubsistência financeira, PSA mudou gestão, contratou Carlos
Tavares, português, então vice presidente da Renault, e só tem visto bons resultados.
Mais institucional, alemã agência de risco extrafinanceiro OEKOM manteve-o em
liderança na lista de empresas mais responsáveis, e o nível Prime para
investimentos.
Clássico – Em tempo de gente
descompromissada chamar de clássico VWs, Opalas, Chevettes e que-tais, um
verdadeiro exemplo para o adjetivo: Mercedes SLR, o conversível desenvolvido
sobre o mítico Gull Wing – o Asa de Gaivota.
Mito – Comemorou
60 anos de lançamento, encomenda com compra assegurada por Max Hoffmann,
importador nos EUA. Fizeram-se 1.858 unidades entre 1957 e 1963. Motor 3,0,
seis cilindros em linha, inclinado, injeção mecânica de combustível, 245 hp de
potência, chassis em treliça construído artesanalmente, 245 km de velocidade
final.
Realidade – Foi o primeiro
Supercar da história do automóvel e o indutor à mudança no projeto da Mercedes
para entrar nos EUA. Deixou a operação tocada com a Studebaker e o fez como
marca independente.
E
? -Hoje há 9 unidades no Brasil com preços pornográficos –
R$ 3,5M e incapazes de sensibilizar os proprietários.
Gente – AJ Foyt, 83,
lendário piloto dos EUA, salvo. OOOO Sofreu ataque de abelhas
africanas. Segunda vez. OOOO Alexandre Mano, zootecnista,
sonho. OOOO Primeiro comprador da nova safra de Fords
Mustang. OOOO Cristiano Bagatini, 27, administrador,
desafio. OOOO Deixou a consultoria Falconi para gerir o desenvolvimento
operacional do Uber. OOOO Mario Guerreiro, português, 57, novos
ares. OOOO Após 25 anos e Vice Presidência de comunicação nos EUA
durante o processo Dieselgate, deixou a Volkswagen . OOOO
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