quarta-feira, 20 de julho de 2011

RALLY DOS SERTÕES: disputa entra em uma nova dimensão

Em sua 19ª Edição o Rally dos Sertões entra naquela que pode ser considerada a sua quarta fase em termos de tecnologia. Os carros criados e desenvolvidos no Brasil estão prontos para mostrar o quanto valem em comparação aos carros importados.


Se existe alguma coisa que sempre aumentou de edição em edição dos Sertões, foi o entusiasmo de seus participantes. Ano após ano novas duplas, novos carros e novos projetos procuram mostrar suas qualidades naquela que pode ser considerada a pista de testes mais difícil que existe: um rally com o perfil dos Sertões. Os 4026 km entre Goiânia e Fortaleza, deste ano, com suas características anunciadas de trechos travados que exigem muito das suspensões dos carros, é o principal motivo para garantir que o foco das disputas já está decidido. E só para lembrar o total do percurso em Especiais é de 2.411km, que equivalem a 60% do Percurso Total!


Logo de início em suas duas primeiras edições com carros (1995 e 1996) o Rally dos Sertões assistiu vitórias de veículos praticamente de série. Depois virou feudo dos carros importados, Mitsubishi Pajero praticamente de última geração, que dominaram por três anos. Depois veio a fase onde a indústria nacional desenvolveu as caminhonetes Chevrolet S10 e Mitsubishi L200, com motores cada vez mais potentes e versões cada vez mais sofisticadas, para dominar seguidamente por oito anos, quatro anos para cada uma das marcas. Seguiram-se dois anos do domínio absoluto dos Volkswagen Toureg que, não por acaso, dominaram também no período o cenário mundial dos rallys cross country. 


E esses dois anos, 2008 e 2009, de domínio germânico de ultíssima geração deixaram mais do que uma impressão de imbatível eficiência, deixaram uma nova mentalidade. Foi assim que em 2010 já foram vistos carros que, embora com motores menos potentes, valorizavam suspensões mais sofisticadas que permitiam uma condução mais confortável e rápida. Foi mais um ano creditado à Mitsubishi que disputou a liderança com dois carros com motores diferentes, mas de conceitos parecidos. 

Os carros importados estão de volta com dois modelos de penúltima geração: a BMW X3 com motor diesel e a última Mitusbishi Lancer da equipe oficial usada em 2009 no Dakar, equipada com motor a gasolina. Os dois estrangeiros vão enfrentar o esquadrão dos carros nacionais que tiveram um ano para aperfeiçoar os conceitos apresentados em 2010. Como irão se comportar nas estreitas e difíceis especiais deste ano? Será que os carros importados ainda podem manter sua superioridade ou o Brasil já tem projetos suficientemente competitivos? 

Mitsubishis, Protons e Sherpas apresentam os seus mais novos protótipos e esperam repetir o sucesso de 2010. Até mesmo um protótipos 4x2 nacional se apresenta É o vírus do Rally dos Sertões se espalhando mais uma vez nessa época do ano.

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