As empresas filiadas à Abeiva - Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores encerraram o mês de julho com 10.739 unidades emplacadas, total 4,1% inferior ante junho, quando registrou 11.202 unidades. Se comparado a igual período do ano passado, no entanto, a queda foi ainda mais acentuada: 41,5%. Em julho de 2011, a Abeiva emplacou 18.346 veículos importados contra 10.739 unidades do mês passado.Com 81.710 unidades, as associadas à Abeiva também anotaram queda de 24,9% nos primeiros sete meses do ano, ante as 108.864 unidades em igual período de 2011, enquanto o mercado interno registrou alta de 3%. Foram emplacadas 1.984.218 unidades este ano contra 1.926.027 veículos emplacados de janeiro a julho do ano passado.
“Se analisarmos o comportamento do mercado brasileiro por dados de market share, o desempenho da Abeiva em julho voltou a ter perda, de 3,06% ante 6,37% em julho de 2011. Ao comparar os totais do acumulado de 2012 e 2011, o nosso market share caiu de 5,65% para 4,12%”, argumenta Padovan.
“Mais uma vez, ao comparar os dados de desempenho do setor de importados, em julho, com o comportamento do mercado interno brasileiro, está nítida a influência das altas do IPI e do dólar”, observa Flavio Padovan, presidente da Abeiva. “Nós registramos queda de 4,1% em julho, enquanto o mercado anotou aceleração de 3,1%. Mas na comparação entre julho deste ano contra julho de 2011, enquanto a Abeiva absorve uma queda de 41,5%, o setorobteve alta de 22%”.
Na avaliação do presidente da Abeiva, com a tendência de queda de emplacamentos, desde o aumento da alíquota do IPI em dezembro último, simultaneamente à valorização do dólar, os volumes de venda registrados em 2012 mostram que o setor de importados está ficando inviável. “Lamentavelmente, a atual situação de nossas associadas vai resultar em uma perda de 10 mil postos de trabalho até o final do ano”, ressalta Padovan.Na expectativa de que o Governo Federal, até o final deste mês, anuncie um plano de cotas para os importadores sem o impacto do aumento de 30 pontos no IPI, concomitante ao decreto que regulamenta a MP 563, de 3 deabril último, Flavio Padovan reforça a necessidade urgente de um tratamentojusto para os importadores de veículos associados à Abeiva que hoje representam apenas 4,1% do total de veículos comercializados no país, sem representar nenhuma ameaça aos fabricantes nacionais, que detém 95,9% de todo o volume comercializado no mercado brasileiro.
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