Bicampeão Mundial de Rally
Cross Country e experiente piloto com 15 participações no Rally dos Sertões, o
paulista Reinaldo Varela (Divino Fogão / Blindarte / Temp Clean / Tecmin / Ibis
/ Itamotors AryCom) vai tentar mais um sucesso na principal prova do calendário
brasileiro de off-road com uma novidade no Brasil. Ao lado de seu navegador
catarinense Gustavo Gugelmin ele participará da 22ª edição do Rally dos
Sertões, de 23 à 30 de agosto, com a picape-protótipo de 340 cavalos que
utiliza no Campeonato Mundial de Rally Cross Country.
"Estou muito
feliz em voltar a participar do Sertões depois de um ano de ausência. E o
objetivo é disputar a ponta, como sempre. Claro que vamos enfrentar outros
concorrentes fortes, do mesmo nível, então será uma prova difícil", avisa
Varela, detentor de uma vitória na Geral (2000) e seis por categoria (98, 99,
2000, 2007, 2008 e 2012) no Rally dos Sertões.
"Pra este ano
a expectativa é muito grande. Trouxemos um carro de altíssimo nível, o mesmo
que usamos lá fora, com motor V8, câmbio sequencial, dois amortecedores por
roda e pneus especiais para brigar pela ponta, para ser campeão", emenda
Gugelmin.
Para enfrentar os
2.679 km da competição, a Divino Fogão Rally Team trouxe engenheiro e mecânicos
da Bélgica, África do Sul e Portugal, que conhecem bem o carro, e sabem as
peças que devem trocar. "Estamos muito bem estruturados. A prova será
curta, de apenas sete dias, então, não tem chance para problemas e erros, não
tem tempo para recuperação", contou Varela.
"Vamos
acelerar o que puder. Não vai ter administração de velocidade. Teremos um ritmo
bem forte desde o começo da prova. Vai ser um ritmo de 200/300 km de pé no
fundo, como em prova curta de rali de velocidade. Vai ser puxada a
competitividade", garante Gugelmin.
A prova deste ano
passará por vários trechos inéditos, e mesmo tendo uma duração menor, deverá
ser tão ou mais exigente do que nas edições anteriores, pois serão 1.545 km de
Especiais cronometradas. "O terreno predominante será de terra batida,
piso duro. Acredito que serão estradas mais estreitas e mais sinuosas. O que é
bom, porque o Reinaldo está bem adaptado a este tipo de piso, terreno parecido
com o que andamos na última prova do Mundial, na Espanha, onde terminamos entre
os cinco melhores do mundo", opinou o navegador, que continuou.
"Quanto à
navegação, acho que será mais tranquilo e prazeroso do que no Mundial. O
sistema de uso do GPS aqui é muito rigoroso e não permite corte de caminho, tem
que andar sempre no trajeto certo. E o sistema de ultrapassagem também é muito
bom e seguro. Não vejo muita dificuldade em relação ao que estamos acostumados,
mas também não deverá ser fácil, existem sempre as surpresas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário