Coluna 2416 - 10.06.2016 - edita@rnasser.com.br
Prius, em híbridos
Toyota aponta o futuro
Lançamento
do híbrido Prius sinaliza não ser apenas mais um automóvel no caminho tecnológico
do futuro. Ao contrário a Toyota, pelo produto e pela moldagem da apresentação,
o quer como o veículo para tal destino. A empresa assumiu trilha corajosa: até
2050 100% dos Toyota elétricos, híbridos elétricos ou por célula de
combustível. Para caracterizar a pretensão de liderança tecnológica nipônica,
fez apresentação em Brasília, na Embaixada do Japão, envolvendo o corpo
diplomático, executivos públicos, alguns jornalistas especializados e, para dar
certeza da importância do produto, o peso da estrutura diretiva da empresa.
Mark Hogan, único não japonês no board mundial; Steve St Angelo, CEO para a América Latina, Koji Kondo,
e Miguel de Almeida, presidente e vice da Toyota no Brasil.
Prius
é o mais vendido híbrido do mundo, em quarta geração, superando 5,7 milhões de
unidades entregues. Emprega motor elétrico gerando 72 cv e outro a gasolina,
1,8 de restritos 98 cv para faze-lo mover-se na arrancada. Para recarregar a
bateria, colocada sob o banco, o sistema de desaceleração e freios se encarrega
de gerar energia. Ou ligação em tomada de parede.
Modelo
atual é feito sobre a nova plataforma TNGA, com ela conseguindo menor altura,
mais largura e espaço interno, num desenho eficiente: com CX de 0,24 é o sedã
mais aerodinâmico do mundo. O pacote o rotula com o mais econômico no mercado
brasileiro, fazendo próximo a 20 km/litro.
Visual
intencionalmente futurista, grupo óptico em LEDs espraiando-se pelos para
lamas, interior com instrumentação central, tela de 17,5 cm, multi mídia, GPS,
câmera de ré, som. Head up display, o projetor de informações no
para brisas, facilita a condução. Confortos à altura, como volante multi
função, ar condicionado com duas zonas e sensor para concentrar fluxo nos
lugares ocupados. Sete almofadas de ar – frontais, laterais, joelho -, sensor
para abertura de portas. Enfim o pacote de confortos a cada dia mais rico.
Preço
incentivado, sem correção de dólar, R$ 119,950 pretende conseguir 600 clientes
com espírito ecológico neste ano.
Puma
Alface (...), o carro do Mohammad Ali
Conta
simples, some o fato insólito, o descompromisso nacional em buscar informações,
seu disseminar como se tivesse fé pública. O resultado sempre dará em estórias,
versões, trocando a falta de essência histórica pelo ágil inventar. O Puma
Alface é uma delas.
Conto.
É confusão fonética. Referido Alface é o modelo Al Fassi, criado em 1987 sobre
o Puma-018 para ser vendido na Arábia Saudita. Amarração do desenvolvimento do
produto, desenho comercial e exportação liderada pelo festejado e nascido
Cassius Clay, 1942, e ora desaparecido sob o nome muçulmano de Muhammad Ali.
Aventura automobilística triangular, ligando Curitiba, Pr, Brasil; Houston,
Texas; e a Arábia Saudita.Operação
fugaz, mais lembrada pela confusão iletrada.
Como
Lembrar-se-ão
interessados na história dos veículos, o Brasil sempre aplicou, sem imaginação,
um cadeado aos portos, inibindo importações, em especial de automóveis – a
ideia vesga continua, desprezando a competição do mercado e a competitividade
nos custos. Tal muro fez surgir fórmula de juntar carroceria de uma empresa;
plataforma mecânica de outra; e produto final como veículo especial, de nicho.
A Puma era referência neste caminho. Atrevida, exportou para os EUA, Europa,
teve linha de montagem na África do Sul, fez-se conhecida como produtora de
esportivo charmoso e barato. Mas na década de ’80 inviabilizou-se, saindo do
negócio, cedendo o de fazer, direitos e nome a empresa paranaense, a Araucária,
conduzida por Rubens Maluf. O corcoveio da economia nacional, os seguidos
planos econômicos, o governo Sarney à base do deixa rolar para o tempo decidir,
levaram quase todos os empreendedores ao fim. A Puma tomava este caminho
triste.
Entretanto
Kevin Haynes, seu representante nos EUA, preocupado com o fenecer do negócio,
era amigo do advogado de Muhammad Ali, aposentado como pugilista vencedor, e
interessado em aumentar sua renda. Com alguns contatos montaram a fórmula: Ali
viria ao Brasil; combinaria o negócio com a Puma; criariam versão a partir do
existente. Seria exportado aos EUA onde receberia motor, transmissão e freios
do Porsche 911 e, de lá, mandado à Arábia Saudita.
O
novo Puma teve sobrenome adicional: seria Puma Al Fassi – de
Muhammad Al Fassi, dito Sheik sem sê-lo, controvertido bilionário
marroco-saudita e destinatário final dos carros exportados, administrador da
fortuna do cunhado, o Príncipe Turkin bin Abdul Aziz, irmão do Rei Saudita Fahd
al Saud. E outro pedúnculo: by Mohammad Ali, aval do pugilista com
renome mundial.
Para
frente
Felipe
Nicoliello, editor do bom sítio Pumaclassic, confirma a operação.
Muçulmano Ali, então aos 45, veio ao Brasil com seu advogado judeu Richard
Hirschfield, um consultor de negócios, e um engenheiro de automóveis. Parte
legal, moldaram uma companhia, The Ali Vehicle Industry, para
formar joint venture com a fabricante do Puma, a Araucária
Veículos, e uma importadora dos EUA, a Inter American Ltd.
Quanto
ao produto, em corrida de 21 dias grupo decidiu e criou restrita pré série de
duas unidades sobre o modelo P-018 conversível: desenhos, projetos, moldes,
ferramentas, adaptações, foram desenvolvidos e viabilizados para atender ao
cliente capaz de garantir sua sobrevivência econômica. Um recorde para pequena
empresa em dificuldade. Mudanças foram sutil alargamento na carroceria; para
lamas frontais com faróis retangulares, e na tampa traseira. Internamente re
arranjo buscando mais espaço; aposição de painéis de madeira para valorizá-lo.
Conta
a paranaense Gazeta do Povo Ali dispendeu o período em
Curitiba, dando expediente na fábrica, sugestões, acompanhando até exportá-las
à Arabia Saudita.
A
Araucária respirou esperança ante o traçado inicial de vendas – entre 400 a
1440 unidades – para esse, faturamento de US$ 36M, - US$ 25 mil/cada.
Para
trás
O
tempo drenou expectativas. Polêmico Mohammad Al Fassi, residindo na Arábia
Saudita, além de comportamento anti social, gastando US$ 2M anuais apenas em
roupas, sustentando uma assessoria com 75 pessoas, cometeu a impropriedade de
apoiar o ditador Sadam Hussein, sendo obrigado a correr para os EUA com suas
quatro mulheres, filhos e boa parte de bens móveis, incluindo dois Boeing 707.
Teve vida curta, morreu aos 50 anos, em 2002.
A
tentativa de trabalhar para ganhar dinheiro perdeu fôlego e interesse, e a
desistência abalou o trêfego caixa da Araucária, já penalizada pelo mercado
ruim, descapitalizada pelos investimentos para modificar o produto, no investir
em estrutura e estoque para atender à encomenda. Tropicou e foi comprada pelo
fabricante de auto peças Nívio de Lima transformando-a em Alfa Metais, reatando
produção. Faleceu precocemente, cessando a produção do Puma.
Com
a mudança de vida de Mohammad Al Fassi, feneceu o ponto terminal, Ali refluiu,
incluindo outra vertente tentada, com a gaúcha Aldo Auto Capas, fabricante do
também pretensamente esportivo Miura.
Último
Da
contida pré série, derradeira carroceria Puma Al Fassi 003, então preparada por
precaução, relata Nicoliello, ficou guardada de 1987 até 2009, quando Rubem
Rossato, diretor da Araucária ao tempo do negócio com Ali, decidiu completá-la.
Com auxílio de ex-funcionários do projeto, finalizaram-na, como foram as duas
primeiras e exclusivas unidades exportadas para a Arábia Saudita,
transformando-a em raridade. Dos Al Fassi exportados, supõe-se existir um
remanescente.
Roda-a-Roda
Aqui
– Renault quer aproveitar surgimento de serviços de transporte individual,
como o Uber, para mostrar as vantagens do Logan – espaço interno, resistência,
baixa manutenção. Iniciará movimento em breve.
PSA
– Carlos Tavares, número 1 da PSA – Peugeot, Citroën, DS, disse a
jornalistas argentinos lançar no Mercosul 17 novos produtos das três marcas. DS
é a marca de luxo e terá lojas no Brasil.
Lucros –
E informou ter revertido a posição de prejuízo, operando com lucro.
Atrativo –
No pacote de incentivo às vendas de seu utilitário esportivo F-Pace, Jaguar
criou facilidades: recompra em 24 meses; seguros a 3,88% do valor; pacote de
revisões à base de R$ 1 mil/ano.
Dúvidas
– Em recente e privada reunião Ford apresentou seu novo motor 1,0
3-cilindros, turbo – o Ecoboost -, 125 cv e 173 Nm de torque, mais potente 1,0
na área do Mercosul. Outros 1,0 Turbo, o Hyundai e VW fornecem 105 cv.
Equação - Entretanto não será nem o mais rápido ou reativo. Ford
diz, Fiesta acelera de 0 a 100 km/h em 9,6s. Apesar de menor potência e torque,
mais leve, o up! vai da imobilidade aos 100 km/h em 9,5s.
Comparativo – Apresentando seu picape S10, GM fez comparação
direta. Começou com o líder HI-LUX Toyota em filmagem de capacidade de
ultrapassagem realizada no autódromo Velo Citá em Mogi Guaçu.
Mais
uma – Jaguar Land Rover ajustou data de inauguração de fábrica em
Itatiaia, RJ: 17, sexta. Não informou a extensão das intervenções industriais.
Fábrica pequena, dentro do programa Inovar-Auto, para 18 mil unidades/ano.
Queda
– Atualizando testes de impactos e danos a ocupantes, LatinNCAP submeteu
Kia Picanto e Peugeot 208. Kia em versão não vendida no Brasil, sem almofadas
de ar. Levou nota Zero. Peugeot 208, aqui feito, versão básica, decresceu.
Economia -
Em 2014 obteve 4 estrelas para proteção de adultos e 3 para crianças. Novo
teste incluiu impacto lateral e resultado piorou pois as barras de proteção
foram suprimidas. Entidade não governamental quer padronização internacional
dos itens de segurança para reduzir danos físicos em batidas.
Láurea –
Prêmio Consumidor Moderno indicou Mercedes-Benz pelo 15o ano como
melhor central de relacionamento com cliente de automóveis. Para caminhões,
sétima vez. Em 2016 inovou: diretores em rodízio no telemarketing para ouvir
clientes, projeto do presidente Philipp Schiemer de integrar a empresa aos
usuários.
Solução –
Ante queda de vendas do mercado de carros novos, CAOA, revendedora de Hyundai,
Ford e Subaru, criou lojas para semi novos. Goiânia, Campinas, S Paulo e
pretensões de inaugurar mais 12 em 2016, intenta superar 24 mil vendas. Diz
garantir melhor preço, qualidade e procedência.
Festa – Gostas
do clima de convívio com outros aficionados, e do friozinho colonial de
Tiradentes em julho? Vá ao XXIV Bikefest, 22 e 26 de junho.
Aguardam-se 18 mil pessoas em torno de motos clássicas e off road.
Mais ? www.productioneventos.com.br
Antigos
– Foi-se Jarbas Passarinho, coronel, ex-governador, ministro, senador.
Para antigomobilistas, figura importante. Ministro da Justiça, entendeu
impossibilidade de o Contran, Conselho Nacional de Trânsito, criar o requerido
conceito de Veículo de Coleção, avalizou-o ao Presidente da
República. Deu certo.
Estratégia –
18 e 19 de junho Porsche levará pela 3a vez seu modelo 919 às 24
Horas de Le Mans, mais charmosa da provas de resistência. Quer defender título
de campeã, fazer pontos para o campeonato de Endurance FIA.
Por
dentro - Disputa de engenharia e pilotagem para atingir resultado de
marketing, tem ingrediente importante: planejamento. Levantar cenários de
disputa, resultados parciais e opções, paradas de reabastecimento, volume, consumo,
distâncias.
Gente
– André Barros e Marcos Rozen, jornalistas, deixaram a agência AutoData. OOOO
Competentes, premiados, Barros quer ficar no setor. Rozen, tocar seu MIAU,
digital Museu da Indústria Automobilística. OOOO Matheus Barral,
universitário, 19, premiado. OOOO Vencedor do Alan Mullaly Liderança
em Engenharia, certame internacional bancado pela Ford com o nome do presidente
que anteviu e criou solução para sobreviver à crise de 2009. OOOO Barral
levou US$ 10 mil para auxiliar seus estudos. OOOO Juan Carlos Rodrigues,
argentino, engenheiro agrônomo, reconhecido. OOOO Terceiro filho do
penta campeão Juan Manuel Fangio. OOOO Sentença judicial, por recentes
exames de DNA. OOOO Patrimônio material vem sendo reduzido pelos
sobrinhos, incluindo venda de veículos históricos. OOOO
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