Segunda vitória consecutiva para o Porsche 911 GT3
R da Stuttgart Motorsport no Campeonato Brasileiro de Endurance.
A dupla Marcel
Visconde/Ricardo Mauricio subiu novamente ao degrau mais alto do pódio na
terceira etapa da temporada, realizada ontem em Interlagos. Uma vitória
completa: o Porsche largou na pole position e fez também a melhor volta da
corrida.
A largada foi dada às 15:10 e coube a Ricardo Mauricio a
tarefa de iniciar a corrida com o Porsche. Nos primeiros metros, o protótipo
MRX-Ford Turbo de Nilson Ribeiro/José Roberto Ribeiro chegou a emparelhar e
ficar um pouco à frente, mas na entrada do S do Senna o Porsche já liderava.
Andando de 3 a 4 segundos mais rápido por volta, Mauricio construiu uma boa
vantagem até a primeira entrada do safety car, na volta 17. Um pouco antes
disso, o líder passou por um susto: um retardatário rodou bem à sua frente na
curva da Junção e Mauricio precisou fazer uma manobra radical para evitar uma
colisão, chegando a derrapar para o lado de dentro da curva.
Na primeira janela para pit stops, Marcel Visconde
assumiu o cockpit do Porsche, mas a saída do box estava fechada e ele acabou
perdendo 30 segundos. Na sequência, o Porsche passou a brigar com vários
protótipos, que chegaram a andar nos quatro primeiros lugares. Algumas voltas
depois, Visconde começou a ganhar posições e era novamente líder quando parou
para o segundo pit stop.
Ricardo Mauricio reassumiu o volante e pilotou o Porsche
até receber a bandeirada. Nessa fase, aconteceram várias intervenções do safety
car, causadas por acidentes ou por carros que paravam na pista com problemas
mecânicos. Prevista para ter 116 voltas (o equivalente a 500 quilômetros de
percurso), a corrida foi encerrada pela direção de prova com 103 voltas por
medida de segurança, devido à falta de luz natural na pista.
Muito contente com a segunda vitória consecutiva (a
primeira aconteceu nos 500 Quilômetros de Curitiba, em junho), Marcel Visconde
comentou: “Interlagos é a nossa casa e ganhar aqui é sempre especial. O começo
do meu turno foi difícil para mim, porque demorei para encontrar o ritmo do
carro e tive que lidar com o tráfego intenso. Depois passei a andar mais rápido
e entreguei o carro para o Ricardinho na liderança”.
Ricardo Mauricio considerou correta a decisão da direção
de prova de encerrar prematuramente a prova: “A pista não estava preparada para
corrida noturna e era difícil enxergar a sinalização em algumas curvas”.
Sobre a corrida, declarou: “O primeiro stint foi difícil porque a pressão dos
pneus ‘estourou’ um pouco.
Passamos a usar pré-aquecedores de pneus nesta
corrida e ainda não tínhamos parâmetros para regular a pressão. No meu segundo
stint, isso já estava ajustado e o carro estava melhor. Minha maior preocupação
foi tomar cuidado ao ultrapassar os carros mais lentos para não jogar a corrida
no lixo. No começo da corrida, vi o retardatário rodar na minha frente e tive
que desviar. Foi preocupante, mas acho que para quem viu pela TV a coisa
pareceu pior do que realmente foi”.
Visconde/Mauricio ampliaram a vantagem na pontuação sobre
a dupla Franco Pasquale/Tiel Andrade, vice-líder do campeonato.
Pasquale/Andrade, vencedores da prova de abertura, em Tarumã, perderam várias
voltas nos boxes no começo da prova de Interlagos devido a uma mangueira solta
no protótipo Tubarão. Voltaram à pista e terminaram em décimo lugar na
classificação geral e quinto na categoria GP1.
Resultado final:
1) 20-Marcel Visconde/Ricardo Mauricio (Porsche 911 GT3
R), 103 voltas em 3h29:56.998
2) 65-Nilson Ribeiro/José Roberto Ribeiro (MRX-Ford
Turbo), a 39.199
3) 31-Marcello Sant’Anna/William Freire/Sergio Laganá
(Lamborghini Gallardo LP 520), a 3 voltas
4) 172-Carlos Antunes Filho/Yuri Antunes (MR), a 4 voltas
5) 75-Henrique Assunção/Fábio Ohashi (MRX-Cosworth), a 4
voltas
6) 6-Cláudio Ricci/Felipe Roso/Vinicius Roso (MR 18-Audi
Turbo), a 5 voltas
Melhor volta: 20-Marcel Visconde/Ricardo Mauricio
(Porsche 911 GT3 R), 1:34.717, média de 163,776 km/h
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