A FCA Planta Motores Campo Largo (PR) completa, neste mês
de março, dez anos desde sua incorporação ao grupo Fiat Chrysler Automóveis
(FCA) e se destaca como modelo de produção industrial e de gestão ambiental. É
responsável por fornecer motores E.TorQ de 1.6 e 1.8 litro para os principais
modelos das marcas Fiat e Jeep produzidos no Brasil, além de exportar cerca de
35% de sua produção para Argentina, Itália e Turquia. A planta emprega
atualmente mais de 400 pessoas, possui capacidade instalada para produzir 330
mil motores por ano e está localizada em um terreno de 125 hectares, dos quais
106 hectares são de mata preservada.
Ao completar dez anos como parte do grupo FCA, a empresa
também celebra a produção de 1,2 milhão de motores no período. “Esse é um desempenho
muito positivo de uma fábrica que se orgulha de seus processos e instalações
exemplares e de seus colaboradores altamente capacitados”, afirma Querlem
Saraiva, gerente-geral da planta de Campo Largo.
Ao longo dos últimos cinco anos, foram investidos mais de
R$ 78 milhões para a modernização do parque industrial e de sua linha de
produtos. A modernização de equipamentos é perceptível em muitas áreas da
planta. A fábrica foi pioneira na América Latina em utilizar robôs
colaborativos no processo produtivo de motores, além de incorporar os
princípios da Indústria 4.0 à organização da produção.
Outras áreas, como o almoxarifado, são referência entre
as plantas da FCA na América Latina, por se destacarem pelo uso de modernos
veículos de movimentação de materiais, que possibilitam um processo mais
eficiente e operações com melhor ergonomia, garantindo a segurança e a
qualidade no processo e no produto.
O processo produtivo da planta segue os padrões
internacionais de excelência da FCA, através do sistema World Class
Manufacturing (WCM), que busca a melhoria contínua de processos produtivos,
eliminando desperdícios e criando produtos de maior qualidade. Todos os
colaboradores da empresa – do gerente-geral ao chão de fábrica – estão
envolvidos no processo de melhoria contínua, com avaliação e mensuração
constantes. Periodicamente, as plantas passam por auditoria, para averiguação
de qual estágio alcançaram.
Em 2013, a planta alcançou a categoria bronze e, três
anos depois, já alcançou o WCM Prata. Foi a segunda fábrica a conseguir tal
classificação na América Latina.
Referência em sustentabilidade, Campo Largo é considerada
uma planta de zero impacto ambiental. Essa conquista é resultado de um conjunto
de ações que passam pelo reaproveitamento e reciclagem dos resíduos,
preservação de nascentes e da biodiversidade local, uso consciente de água,
através do projeto de captação de água de chuva, projetos de eficiência
energética e neutralização das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Na busca por respostas, o primeiro passo foi intensificar
os trabalhos de preservação da biodiversidade. A planta possui uma área natural
com cerca de 106 hectares de floresta com araucária, que corresponde a 0,16% da
área total preservada no Paraná, que é a Floresta com Araucária. Com rica
diversidade de fauna e flora, o local abriga mais de 50 diferentes espécies
vegetais, algumas ameaçadas de extinção como a araucária (Araucaria angustifolia) e o cedro
rosa (Cedrela fissilis), além de 82
espécies de aves, como pica-pau (Piculus aurulentus),
coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
e tucano de bico verde (Ramphastus dicolous)
, e seis espécies de mamíferos, entre elas o veado-catingueiro (Mazama gouzazoubira) que é citado
no “Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Paraná”.
A mata, que possui trilha ecológica e recebe funcionários
e crianças da região para atividades de educação ambiental, também tem como
diferencial a presença de cinco nascentes preservadas. A geração de água
dessas nascentes representa 10 vezes o consumo de água da fábrica.Cerca de
24% da água consumida no nosso processo é proveniente das chuvas.
A fábrica paranaense é também Aterro Zero, ou seja, todos
os resíduos gerados são encaminhados para reaproveitamento e reciclagem. Nada
vai para aterros. Paralelo à correta destinação dos resíduos, a planta
desenvolve projetos para reduzir a geração de rejeitos. Cerca de 98% das
embalagens nacionais são retornáveis. Os pallets são reutilizados
diversas vezes.
No combate às mudanças climáticas, Campo Largo usa
energia 100% renovável, além de desenvolver projetos de eficiência energética.
De 2015 a 2017, a queda do consumo de energia na planta foi de 11%.
A planta de Campo Largo é certificada com base nas normas
ISO 9.001 (Gestão de Qualidade), ISO 14.001 (Gestão Ambiental), OHSAS 18.001
(Saúde e Segurança no Trabalho) e ISO 50.001 (Gestão de Energia).
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