As dezessete marcas
filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e
Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 2.577 unidades,
anotaram em fevereiro último alta de 6,3%% em relação a janeiro último, quando
foram vendidas 2.425 unidades importadas. Ante igual período de 2017, o
resultado de fevereiro é 52,8% maior. Foram 2.577 unidades contra 1.686
veículos emplacados em fevereiro do ano passado.
“Com o fim do Inovar-Auto, as alíquotas do IPI – Imposto
sobre Produtos Industrializados voltaram ao que eram antes do programa. E agora
sem a cota limitadora de 4.800 unidades/ano sem os 30 pontos percentuais no
IPI, as vendas de veículos importados começaram uma reação, mas sobre uma base
muito fraca do ano de 2017, quando – no ano – alcançamos apenas 29 mil unidades
licenciadas”, analisa José Luiz Gandini, presidente da Abeifa – Associação
Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores.
Segundo Gandini, “agora, embora tenhamos isonomia tributária e
sem cotas limitadoras, aos importadores fica muito difícil trazer carros de
alto volume, os chamados carros mais populares, até porque a indústria local
tem ofertas muito competitivas e atualizadas. Com o dólar no patamar de R$ 3,25
e o imposto de importação de 35%, a mais alta alíquota permitida pela OMC, aos
importadores fica quase impossível atuar fora de nicho de mercado. Senão
vejamos, os preços médios de automóveis subiram, na média 21%, no período de
2011-2017, enquanto o dólar subiu 95% nesses últimos seis anos. Por isso,
passados dois meses do ano, vamos manter a nossa previsão de vendas, para este
ano, em 40 mil unidades”.
Para o presidente da Abeifa, “com a reação positiva dos
números de vendas, o setor de veículos importados precisa reorganizar a sua
rede de distribuidores, com muito treinamento das equipes comerciais e de
pós-vendas. Além disso, 2018 será um ano de expansão dessa rede, antes de
pensar em altos expressivos de comercialização”.
Participações – Em fevereiro último, o total de 2.577 unidades
importadas da Abeifa significou 1,69% do mercado interno, que emplacou 151.690
automóveis e comerciais. Se considerado somente a importação total, as
associadas à Abeifa responderam por 14,31% (do total de 18.004 unidades
importadas). Com o licenciamento de produtos nacionais fabricados por afiliadas
à entidade mais o volume importado, as 17 empresas licenciaram 3.826 unidades
licenciadas. Com esse total, a participação das associadas à Abeifa foi de
2,52% do mercado total de autos e comerciais leves (151.691 unidades).
Se for considerado o total de veículos importados, ou seja
aqueles trazidos também pelas montadoras, as associadas à Abeifa responderam,
em fevereiro, por 14,31% (2.577 unidades, do total de 18.004 unidades
importadas).
Produção local – Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção
nacional, BMW, Chery, Jaguar Land Rover e Suzuki fecharam o mês de fevereiro
com 1.249 unidades emplacadas, total que representou alta de 46,4% em relação a
fevereiro de 2017. Comparado a janeiro último, no entanto, a queda é de 19%,
quando foram emplacadas 1.542 unidades nacionais.
José Luiz Gandini é reeleito
presidente da Abeifa
O empresário José Luiz Gandini, 60, foi reeleito ontem
presidente da Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e
Fabricantes de Veículos Automotores, para o biênio 2018-2019. Gandini assume a
entidade pela sexta vez, em diferentes períodos da história de 27 anos da
associação.
Paulo Ferreira, 41, do Grupo Via Itália (Ferrari,
Lamborghini, Maserati e Rolls Royce), será o vice-presidente, e a diretora financeira
a Sara Bonadio, 35, da Jaguar Land Rover.
Reeleito por aclamação, Gandini foi reconduzido à frente da
entidade para dar continuidade aos trabalhos em andamento do Rota 2030.
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