Terceiro colocado no
Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, o piloto Beto Monteiro acredita que
terá muitas dificuldades na próxima etapa da categoria, dia 17 de maio em
Londrina. A maior preocupação é que o uso do restritor de potência -
obrigatório para os três primeiros colocados na classificação geral - atrapalhe
mais ainda seu caminhão Iveco. No entanto, por conhecer bem os 3.145 metros do
traçado da cidade do Oeste paranaense, ele espera outro bom resultado para se
manter entre os primeiros colocados. Beto foi sexto em Caruaru e quinto em
Campo Grande.
"Acho que terei mais dificuldades ainda, pois meu
motor é o único na categoria que tem litragem maior (14 litros) e já sou
penalizado. Com o restritor serei mais ainda. No entanto, prefiro esse
restritor, pois é muito bom estar entre os três primeiros, apesar de, na minha
opinião, esta não ser uma situação real na pista", disse Beto Monteiro.
Para ele por estar com um caminhão novo, que ainda
precisa ser desenvolvido, o que só acontece com muito treino e muito trabalho,
Beto garante que o resultado do campeonato não mostra a real situação das
pistas. Ele acredita que outras marcas estão na frente, pelo menos por
enquanto, do seu Iveco.
"O Felipe Giaffone tem um caminhão muito bom e
está em quinto lugar, o que foge da realidade que a gente vê na pista. O Totti
e ele deveriam estar em primeiro e segundo, depois viriam os caminhões
Mercedes-Benz e depois o Ford com o Fogaça. Só aí nós entraríamos. Mesmo com o
restritor no meu caminhão, espero que essa diferença seja reduzida em
Londrina", imagina o campeão sul-americano de 2013, mesma temporada em que
conquistou seu segundo título nacional, já que o primeiro foi em 2004.
Assim como todos os outros pilotos que se
posicionaram entre os três primeiros colocados na segunda etapa do ano,
disputada no último final de semana em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Beto
Monteiro sabe que sua equipe terá de superar o problema do excesso de fumaça,
provocado justamente pela redução da entrada de ar no motor, o que reduz a
queima do óleo diesel e provoca mais fumaça preta.
"O maior problema do restritor é justamente a
fumaça. Se conseguirmos uma fumaça coerente, ou seja, dentro do regulamento,
estaremos com boas chances de ficar entre os cinco primeiros da corrida e nos
manter na briga pelo título até o final".
Beto Monteiro gosta do traçado de Londrina, que
ele considera difícil. Mas por treinar bastante na pista paranaense, ele tem lá
suas manhas para completar os 3.145 metros da mais veloz maneira possível.
"É uma pista bem travada e que exige que a gente
sempre esteja bem posicionado, curva após curva. Se errar na sequência, não dá
para se recuperar. Por exigir muita técnica, é uma pista que eu gosto muito e
se conseguir voltar ao pódio manterei a regularidade que é suficiente para
continuar na briga pelo título até o final do ano. Na Truck é preciso
constância. Muitas vezes nem é necessário a vitória para chegar com chances na
última prova do ano, quando se vai para o tudo ou nada", analisa Beto.
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