Coluna 1615-17.04.2015-edita@rnasser.com.br |
T6, misto quente da JAC
Mercados se regulam por modas,
momentos, concorrentes e preços. Dentro destas variáveis fabricantes, montadoras
ou importadoras conformam, equipam os veículos e definem seus valores a
público.
Poucas
vezes ocorreu uma junção destes fatores como no T6 ora lançado pela chinesa
JAC. O mercado cresce no segmento de veículos com cara atlética, os sav,
de utilitário esportivo, os suv, ou dos crossover,
misto destas categorias com os sedãs. Estão aí as maiores novidades do mercado,
o Honda HR-V, o Jeep Renegade, o Peugeot 3008. Agora, entretanto, com a chegada
do chinês, ganharão referência para a hora da escolha.
Outra definição permeando
diariamente para os veículos é a informatização e, hábito necessário, o uso de
programas, como o Waze, para fugir do trânsito, através de caminhos sugeridos
através da tela do celular – e aí outro problema: segurar com uma mão e conduzir
com a outra ? deixá-lo sobre o painel ? no colo ? no console ? no banco do
passageiro – com ou sem este ? colocar suporte colado ao para brisas ? Dentre
as novidades, o T6 resolve o problema de maneira limpa e segura: pela
tecnologia Mirror Link, o efeito
espelho para a tela do celular, conexão a projeta nas 7” da tela do T6. Como se
trata de veículo oriental, onde a tecnologia Android esmaga a dos Apple, todas
as funções do celular são realizadas pela tela do veículo. Os Apple e seu
sistema iOS, apenas a aumenta: os comandos permanecem no smart phone.É o grande adjutório para estes dias de transformação
dos veículos em celulares com quatro rodas.
No
visual e no porte se assemelha aos coreanos Hyundai ix35, Kia Sportage,
entretanto, bem completo, tem preço de Ford EcoSport e Renault Duster, mantendo
a característica responsável pela mudança conceitual no mercado nacional, o
oferecer muito mais conteúdo pelo mesmo preço. Grosso modo seria um ix35 a
preço de versão intermediária do EcoSport – e muito superior a este em conteúdo
e formulação mecânica.
E?
4,4m de comprimento, 2,64m
entre eixos – mesma de ix35 e Sportage -, na prática oferece ótimo espaço para
cinco passageiros e bagagem. Motorização 2,0 litro, 16 válvulas, com variador
de abertura, 155 cv com gasálcool e 160 cv com álcool a 6.000 rpm, 200 Nm de
torque a 4.000 rpm. Câmbio manual preciso nas cinco velocidades – sem opção
automática, 1.550 kg, suspensão independente e freios a disco nas 4 rodas,
direção elétrica. Suspensão é macia, seguindo o mercado chinês.
Exige
prestar atenção para tê-lo sempre acima de 2.500 rpm e concentrado em andar
confortavelmente. Abaixo deste regime, cai a disposição. Interior evoluído em
encaixes e materiais agradáveis ao toque relativamente aos modelos anteriores.
Os chineses evoluem.
O
conjunto parece ideal a automóvel e o uso ao SAV demandaria ou mais torque em
baixas rotações ou a primeira marcha mais reduzida.
Vai
de 0 a 100 km/h em 12s e a 182 km/h. Consumo com álcool no teste de estrada,
três ocupantes e bagagem, 6,7 km/litro.Por conteúdo, preço, e a diferença com
o Mirror Link deve ser considerado.
Quantos R$ ?
Básico
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69.990
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Pack 1
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71.990 (detalhes
cromados)
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Pack 2
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75.670 (kit multi media,
Mirror Link e câmera de ré)
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Agrale Marruá, o Hummer daqui
Novo
modelo, evolução do antigo – carros militares não passam pelas cobranças de
mudanças de linhas -, iniciou ser produzido pela gaúcha Agrale. Alterações
pontuais: novo painel de instrumentos, tampa traseira removível, agregação de
extensores aos para lamas para dar noção de maior largura, imponência e
presença. Em segurança implementou os freios com o obrigatório ABS e auxiliar
EBD.
O
Marruá é evolução do antigo jipe Engesa, criado nos anos ’80 e inviabilizado
com a falência da empresa. Na virada do século a Agrale, fábrica de motores
estacionários, tratores, ônibus e caminhões, assumiu o projeto para completar o
leque de produtos e mudou o foco, saindo do público civil e evitando a
discussão de, pelo fato de não possuir caixa redutora, não se enquadrar nas
exigências legais para o uso de motor a diesel. Tinha, apenas, a primeira
marcha muito reduzida.
Mirou então nas Forças
Armadas, comprador à prova de questionamentos sobre a inadequação. Conseguiu
ajustá-lo às exigências militares, e aprovado, passou a fornecê-lo para
substituir a frota antiga, de Jeep Willys, Engesa, JPX, Land Rover e Toyota
Bandeirantes. O aval de Exército e Marinha foi fundamental para abrir novo
caminho, o das de exportações, liderado pela Argentina, seguido por Paraguai,
Equador e Paraguai.
A
motorização é Cummins, 2,8 litros, 150 cv de potência e 36 mkgf de torque,
motor para trabalho duro, perfil diferente dos utilizados atualmente em
picapes, com mais apreço pela velocidade. Enquanto estes assinalam velocidade
final na faixa dos 170/180 km/h, o Marruá fica nos 130 km horários.
Chery começa com dificuldades
Sem
trocadilho com o produto, a chinesa Chery foi célere para fazer fábrica e
lançar o Celer, compacto com motor 1.5 em carrocerias hatch e
sedã. Espécie de segunda edição do modelo anteriormente comercializado no
Brasil, ganhou alterações para marcar o ciclo final: mudou frente e grupo
óptico, alterou painel de instrumentos e console. Tentando mostrar-se pareado a
produtos de porte, preço e conteúdo superiores, aplicou lâmpadas LED às
lanternas traseiras.
O
processo de ganho evoluiu na parte decorativa e no interior, com painéis melhor
ajustados com material de toque menos abrasivo. Tenta escapar ao rótulo
depreciativo de carro chinês, novato nesta saga, com muito a aprender.
Diz,
iniciou processo de nacionalização com montagem do motor recebido em peças,
maneira de reduzir o custo em dólares, inflando custos e preços.
Unidade
de força é projeto Acteco, quatro cilindros, 16 válvulas, fronto transversal,
deslocando 1,5 litro e produzindo informados 113 cv cv a 6.000 rpm e 152 Nm de
torque a 4.000 giros – com gasálcool, respectivos 109 cv e 140 Nm. Transmissão
mecânica com 5 velocidades.
Duas versões: entrada por R$
38.990 hatch. Sedã R$ 1.000 a mais, e os Act a R$ 2 mil adicionais.
Não informou sobre cinto de três pontos aos cinco passageiros ou fixadores Isofix
para cadeiras de crianças. Garantia de 3 anos.
Tropeços
A fábrica da Chery encontra
duas dificuldades. Uma, política, a escolha do local, cidade de Jacareí, a 70
km de S Paulo, na Via Dutra. Sindicato de metalúrgicos da região é bom em
greves e movimentos, atividade que, se por um lado obtém conquistas aos
filiados, por outros força diminuir a atividade industrial, forçando demissões.
A General Motors, ex grande empregadora na vizinha São José dos Campos, míngua
a produção e pelo conta do mau relacionamento, para evitar pane em suas linhas
de produção, transferiu fábrica de motores e transmissões para Santa Catarina.
Também, de desinteresse ao país, cancelou o Projeto Phoenix, de novo produto de
entrada, levando-o para a Argentina.
Outro óbice é temporal, o
dimensionamento da fábrica, projetada para 150 mil unidades anuais,
de impossível absorção pelo mercado comprador neste e nos próximos anos.
Previsão de vendas em 2015 é de 10 mil veículos. A ociosidade provoca, como
a Coluna expôs a seus leitores, estudos e analises quanto à
possibilidade de fazer montagem de veículos para a igualmente chinesa Lifan,
para reduzir ociosidade.
Roda-a-Roda
Mais – Após absorver
a Chrysler, a agora FCA busca outro parceiro. Visa marca asiática, focando
Honda, Hyundai, Mazda, e Suzuki. Esta e suas 3M de vendas anuais e presença na
Índia é a mais cotada.
Contra
mão ? - Crise é oportunidade, parece pensar a Volkswagen. No Brasil
mercado abduziu as camionetas – stations, breaks, peruas -,
trocando-as pelos savs e suvs. Para este nicho e pela
igualdade de peças com o Golf, aqui em produção no segundo semestre, importará
a versão Variant. Junho.
Sucessão – Abalo na
natural ascensão de Martin Winterkorn, CEO da VW mundial a presidente do
Conselho Diretor. Ferdinand Piech detentor do cargo, acionista e herdeiro da
família Porsche, declarou não gostaria de vê-lo como sucessor. Contrato de
Winterkorn finda em 2016, e o de Piech em 2017.
Movimento –
Projeto ascendente de assumir liderança mundial; dificuldades com o mercado
norte-americano; de aumentar a lucratividade percentual; e risco de queda em
seu valor devem provocar acordo de convívio, e posto pode cair no colo do
presidente da Porsche, também acionista e primo de Piech.
Opção –
Com projeto aprovado mas detido por não liberação de empréstimo pelo
Desenbahia, banco de desenvolvimento estadual, JAC analisa deixar a Bahia por
outro estado. Ce, Pe, Go, MG, RJ, SP e os sulinos na listagem.
Questão –
PT/RS conseguiu perder a fábrica Ford para a Bahia de Antônio Carlos Magalhães,
ágil para viabilizar negócio e legislação. Agora PT/Ba arrisca-se a formar
tradição.
Dúvida –
Próxima semana reunião na China entre a Geely e a representação brasileira
comandada pelo Grupo Gandini. Chineses querem fazer fábrica local.
Começo – Jeep
colocou emblema nos seus primeiros 1.000 veículos vendidos na primeira semana
pós o emblemático 4 de abril, o 4/4. Diz ser a Opening Edition.
Começou com grife.
Tropeço – Veículo
para marcar sua retomada de mercado, o bem composto e equipado Peugeot 3008
tropeça em bobagem: não tem os engates Isofix para cadeirinhas de crianças,
mandatório ao nível de seus consumidores.
Custo – Em
breve os terá. Hyundai, por economia, fez o mesmo com o HB20. Porém quando
testes de impacto pelo LatiNCAP, instituto aferidor de danos em passageiros,
reprovou o veículo pelas consequências às crianças, aplicou o equipamento e
suportou desgaste institucional e custos para novo teste.
Profissional – Mania
mundial do FoodTruck chegou à Peugeot. Empregou sua base
histórica de produtor de equipamentos de cozinha, e criou o Bistrô do Leão.
Veículo e reboque se desdobram e permitem atender a até 30 clientes. Tem,
ainda, o suporte da plataforma Peugeot Music com rádio web e playlists.
Protótipo
francês, inspirará criatividade nacional.
Caminho – Parte
física da nova fábrica Honda em Itirapina, SP, ficou pronta. Agora inicia-se a
fixação dos equipamentos industriais. Marca intenta dobrar capacidade de
produção a 240 mil unidades, mesclando Civic, Fit, City e HR-V.
Momento – Visto
o movimento do mercado no primeiro trimestre em relação ao de 2014, vendas de
veículos novos retraiu em torno de 20%, porém a dos usados reagiu, ascendendo
em 2,6%. Vender usado está mais fácil que novo.
Cinema – A
incrível vida de Enzo Ferrari, fundador da famosa marca, virará filme.
Associado, ator Robert De Niro fará o papel do Drake – apelido
refere-se ao determinado Francis Drake, corsário da Rainha da Inglaterra.
Focará o principal trecho de sua vida, de 1945 aos anos ’80. Clint Eastwood
pode dirigir.
Mudança – Em motos,
nacional Dafra e italiana MV Agusta revisaram negócios. A MV se assume como
marca, com sede e distribuição própria a partir de S Paulo e comprará à
Dafra serviços de montagem. Sem sinais se a Mercedes, dona de 25% da MV, abrirá
sua rede concessionária à distribuição.
Produto – MAN Latin
America, fez novo caminhão, mais potente de sua linha, o TGX 29.480 6x4, cabine
em teto baixo – 1,66m de altura, e 480 cv de potência. Teto alto, h=1,94m, é
opção. Investiu para o produto alemão suportar as exigências da desorganização
dos países em desenvolvimento.
Recorde
– Equipe Mercedes marcou tempo recorde para troca de pneus no carro de
Lewis Hamilton no GP de Xangai: inacreditáveis 1,83 segundo.
Gente – Cláudio
Carsughi, 82, engenheiro e jornalista, surpreso. OOOO Após quase
60 anos na radio Jovem Pan foi demitido. OOOO Exemplo de retidão e
competência pessoal e profissional, saída empobrece o veículo e surpreende o
mercado. OOOO
Corridas mantém a estrela
brilhando
Mercedes-Benz Challenge aplica
os modelos da marca às corridas, em duas categorias, a C 250 Cup e a CLA AMG
Cup. No quinto ano da atividade, disputam 8 etapas durante o ano nos circuitos
de pista e rua no Brasil.
Parece uma violência colocar
tais ícones do consumo, aos arranhões e amassados decorrentes do rendimento
quase igual dos 30 concorrentes, mas é ação de vendas e tem base histórica.
Promover
as corridas, fornecendo os automóveis e a estrutura organizacional integra o
grande projeto da marca em conquistar clientes mais novos para os modelos de
entrada, as classes A e C. A Mercedes fornece os sedãs C 250 e os cupê CLA. Os
primeiros passam por reacertos de freios, direção e suspensão, além de estilo
inspirado na aerodinâmica do superesportivo AG 63. O motor está limitado a
produzir 220 cv. Já os CLA, ditos Racing Series,
estão em nível superior de desenvolvimento, utilizando o mesmo motor, gerando
360 cv, a mesma caixa de marchas automática com sete velocidades, e tração nas
quatro rodas para aproveitar integralmente tal disposição.
A marca Mercedes começou com
corridas. Nome batizou pequena e revolucionária série de automóvel encomendada
pelo distribuidor da Daimler na França.
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