Coluna 1715-
24.04.2015 - edita@rnasser.com.br
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Alfa e Dodge, os bons eventos monomarca
Encontros antigomobilistas tem vertentes variadas. Veículos
por origem, como nacionais ou importados; de produção geral; mesclando antigos
e mais novos; outros com participantes originais, nem tanto, ou até hots, street rods. E mono marca, reunindo apenas os fabricados sob o
mesmo guarda chuva empresarial. Quer dizer, um encontro de GMs pode receber
Cadillacs, Oldsmobiles, Pontiacs, como um Chrysler significa abrigar desta
linha e mais Dodges, Plymouths, De Sotos, Jeeps ...
Dois bons eventos de marca ocorreram nos últimos dias. Em
ambos, características comuns: organização correta, superando as expectativas
dos esforços de amadores entusiasmados; boa presença com veículos variados e de
qualidade superior, filtro natural pelo gosto às marcas e, dado de extrema
importância, entrosamento familiar no clima de camaradagem e nas festividades
paralelas às exposições. Outros pontos comuns, informalidade operacional – os
grupos não existem formalmente -, premiação por originalidade, escolha dos
presentes, e láureas para esforço, como o participante conduzindo de ponto mais
distante, patrocínio de produtores de óleo lubrificante, presença de visitantes
referenciais nas marcas, e apoio do Museu Nacional do Automóvel, ao final
oferecendo o troféu Pátina do Tempo, aos veículos com mais de 30 anos de
produção e menores intervenções.
Pentastar
A estrela de cinco pontas é o símbolo da Chrysler, e seus
adeptos em Brasília entenderam fazer um primeiro encontro. Coisa corajosa,
quase um salto no escuro, do zero ao topo. Deu certo, desde o local, o
histórico Brasília Palace Hotel – recebendo colecionadores locais e os
visitantes -; patrocínio dos lubrificantes Mobil; e a concessão da Mopar –
divisão de peças e acessórios da Chrysler – permitindo usar sua marca e logo no
I Mopar Centro Oeste.
O amplo leque de produtos envolveu maioria de Dodges
fabricados no Brasil, com pioneiro Coupé
1970, primeiro a ser vendido na Capital, único dono; rara versão SE – por dois
anos a de menor preço -; muitos Charger R/T; Sedans, Coupés; os
menores Dodge 1800 e Polara; picapes D 100; e presença de importados insólitos como
Polara conversível de 1961; Dodge Super Bee; e sedan Chrysler Imperial, colecionadores vindo de Goiânia, Anápolis
e a referencial presença do colecionador carioca José Zembrod, possuidor de
pinçados modelos e versões de baixa produção.
Il Biscione
Em italiano se traduz por cobra grande, e faz parte do
emblema da Alfa Romeo, mescla das armas de Milão, onde a marca surgiu, e da
família Visconti, da mesma cidade. A grande cobra engolindo um homem simboliza
a vitória dos cristãos sobre os muçulmanos, durante as Cruzadas. Biscione é cariocamente dito Dragão-de-Chupeta.
Grupamento mineiro do Alfa Romeo Br, informal clube da
marca, realizou o III Encontro. Bi anual, mesma estância hidro mineral de
Caxambu, MG, com base no Hotel Glória e exposição, com lojinha da marca, dentro
do Parque das Águas. Presença em torno de 70 Alfas entre novas – algumas pouco
conhecidas, pois não vendidas no país, como 159 e Giulietta -, demais largo
volume de 145, 155, 156, 164 e 166. Dentre as mais antigas, Duetto – também dita Spider 2.000 -;
rara Alfetta 1.8; também rara GT1600Junior; sedã 1750; Giulia 1600 – vindo
rodando desde Salvador, Ba; GTVs; JK; Alfa 2150; e 2300. Simpática presença de
quatro caminhões FNM, produto Alfa Romeo, com o colecionador Oswaldo Strada.
É uma grei verdadeiramente apaixonada pela marca, vinda e ida
várias vezes, daí as palestras temáticas como o novo cabeçote MultiAir criado pela
Fiat; lubrificação dos Alfa; criação de modelo de protótipo; história da marca.
Colecionador e conhecedor de destaque, o cirurgião suíço
Axel Marx, desta vez com premiado JK 1961, a caminho da coleção helvética.
Êxito da forma manteve o modelo. Próximo em 2017, junho, Corpus Christi
Novo Jetta, bom de conteúdo e preço
Demorou, mas o Novo Jetta chegou às 600 revendas Volkswagen.
Mudanças estéticas nas extremidades, três versões, e como importado – é feito
no México -, extremamente competitivo em porte, conteúdo e preço. Entre tamanho
e valor diferencia-se por oferecer em todas as versões transmissão automática
DSG de seis velocidades, suspensão traseira independente Multilink, e sistema
Isofix para cadeiras infantis.
Preços largam no número atualmente mítico para o setor: R$
69.990, com a versão Trendline. Quatro mil reais levam o interessado à
Confortline, de maior dotação, perceptível pelo volante revestido em couro,
multi funcional com as alavanquinhas para mudança de marcha. Ambas funcionam
com o antigo motor 2.0 gerando modestos 120 cv em versão Flex.
Topo da categoria, o Novo Jetta Highline emprega motor 2.0
TSI – turbo com injeção direta, 211 cv -, controle de estabilidade, a R$
93.990.
Ainda no primeiro semestre automóvel será montado na fábrica
Anchieta da VW. Mas se você se encanta com performance da versão de topo com o
motor 2,0 litros, avie-se. Ela não existirá na montagem local, empregando motor
menor, o novo 1,4 litro, injetado diretamente, turbo, de produção nacional.
Roda-a-Roda
Toyota – Vazou, por
sítio tailandês de apreciadores dos picapes Toyota, o visual da 8ª. geração dos
Hi Lux. Mais imponente, como a atual geração de picapes médios, entre eixos
maior para conforto interno, possível mudança de motorização. Os Hi Lux são os
menos potentes do segmento.
Mais – Apresentação
aos 15 de maio na Tailândia e promessa de exibi-lo no Salão de Buenos Aires,
junho. O picape será produzido na Argentina. Uma das questões é o nome. Será Hi
Luxo ou Revo, como apresentado na Tailândia?
Visual se inspira no
irmão maior, o Tacoma, mas há inspiração rangeriana.
Nome – Veículo produto da fusão entre VW e Ford
em Portugal, Sharan pela primeira e Galaxy, cumpriu seu ciclo e se foi. A segunda
re utilizou o nome com morfologia assemelhada, multiuso de luxo, sete lugares, segurança
e confortos. Motores Diesel 210 cv, Otto 1,5 e 2,0 turbo, 150 e 240 cv.
Itália – Razões tributárias fizeram a FCA – Fiat
Chrysler Automobiles -, mudar sede de Turim para a Holanda. Não rompeu
com a Itália, e fez agrado anunciado por Sergio Marchionne, mito e executivo
no. 1.
Alfa - Produzir motores Alfa Romeo na fábrica de
Termoli. Projeta, ao relançar a marca no próximo 24 de junho, vender 500 mil
unidades em 2018. Nesta fábrica foram produzidos 20 milhões de motores para os
Fiat.
Atraso ? – Aparentemente o anúncio não significa
produção imediata, pois gastar-se-á tempo para adaptá-la aos últimos gritos da
tecnologia e, sobretudo, treinamento de qualidade à mão de obra. Plano Alfa é
atrevido: competir com a imagem de qualidade e desenvolvimento da Audi.
Paz – Aconteceu o previsto pela Coluna relativamente ao arrepio havido na Volkswagen,
ante a manifestação contrária do presidente do Conselho quanto ao natural
caminho de ser sucedido pelo atual CEO, Martin Winterkorn.
Tempo – Comunicado do Comitê Executivo do
Conselho de Supervisão da VW afirma ser Winterkorn o Melhor Possível sucessor,
e apoiando sua gestão.
Fé – Em audiência na Assembleia Nacional
Francesa, Carlos Tavares, presidente da PSA Peugeot Citroën reafirmou a estratégia
implementada para fugir à inviabilidade: três marcas – as citadas mais DS -;
foco; ações nas regiões com crescimento. E, cereja do bolo, faze-lo com
sustentabilidade e disputar a liderança dos serviços conectados. França é
acionista da PSA.
Adieu – Gostas do cupê Peugeot RCZ ? Mexa-se.
Maxime Picat, CEO da Peugeot declarou, à abertura do Salão de Shangai, não terá
reposição. Projeto da holding PSA é focar nos produtos principais, cortando
os de nicho.
Mercedes – Seu picape, a ser produzido na Argentina sobre
base do picape Nissan NB 300, tem novidades. Bom sítio Autoblog.ar deu
informações por Volker Mornhinweg, ex no. 1 da AMG e ora encarregado das vans
da marca.
E ? - Terá motores de 4 e 6 cilindros, gasolina e diesel;
suspensão traseira articulada e independente, grande diferença no setor,
indicando aplicação mais para lazer e menos para carga; e nome: Classe GLT.
Discreção – Sem alarde a Volkswagen levou aos 600
revendedores sua linha 2016. Apostou em implementar conteúdo, equipamentos, e
realçar presença com cromados nas linhas Gol e Voyage.
Pinóquio – Revendas Hyundai CAOA anunciam receber
pela tabela FIPE Tucson como entrada em Hyundais novos. Interessado procura e
descobre os poréns, os senões e os entretanto: só veículos de 2012 para cá,
automáticos, com todas as manutenções feitas na rede autorizada
De novo – Revenda Ford Konrad Caxias do Sul bisou
o prêmio Chairman’s Awards 2014, espécie de
Oscar entre concessionários, com votos pelos clientes. Opera 17 revendas de
caminhões Ford em RS, SC, Pr e SP.
Moto – Inversamente aos automóveis e comerciais
leves, contraindo 20% em vendas no primeiro trimestre relativamente ao
exercício passado, produção e venda de motocicletas cresceu o mesmo número.
Limpeza – Com promoção Triumph Time, marca inglesa promove
quase toda sua linha durante abril: para modelos 2015/14 e 2014515, entrada, 23
prestações, última no valor de 40%. 2015 com juros de 0,99%.
Cautela – Comprando carro usado em SP? Detran
disponibiliza ferramenta internética para verificar condições, débitos, multa,
restrições. Em
Salão – Com
70% dos 85 mil m2 de área expositiva vendida, projetados 62 mil compradores
visitantes, e 376 marcas expostas, Salão Internacional do Transporte Rodoviário
de Carga, terá em sua 20a. edição o pico do movimento. S Paulo, Anhembi, 9-13
de novembro.
Hidrovia – Instituto Paulista de Tecnologia
desenvolve estudos para hidrovia na Baixada Santista a partir da navegabilidade
dos rios das cidades de Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Guarujá e
Bertioga. População local, 1,5M de habitantes, tem fluxo para garantir o novo
caminho de transporte.
Fora – Grupo
espanhol Globalia, controlador da Air Europa desistiu de comprar a
rentável portuguesa TAP. Governo quer vendê-la e aceita propostas.
Rallye – Iniciativa
de charme, 1000 Milhas Históricas para
motos – até 1978 - e automóveis – até 1980 -, tem inscrições abertas até 12 de
junho. Sobram apenas 10. Passa por estradas históricas de SP, RJ e MG. Afim? secretariamg@terra.com.br; (11)3673-5065, www.1000milhashistoricas.blogspot.com Curta: facebook.com/mgclubdobrasil.
Fábrica em Pernambuco. Uma outra Fiat
O processo de crescimento mundial da Fiat passa por grandes saltos
positivos. Do assumir a Chrysler recebendo parte das ações em troca de mudar
motores, reduzir consumo e emissões; de comprar a totalidade do restante das cotas;
fazer fusão e mudar de nome para Fiat Chrysler Automobiles;
internacionalizar-se ao participar do mercado norte americano: aumentar vendas
globais do grupo; ver seus planos concretizados com relação ao renascimento da
Maserati; vender ações da Ferrari .... enfim, muitos passos corajosos em pouco
tempo.
Um dos mais importantes após o surgimento da FCA, será a inauguração da
fábrica, nascida Fiat e agora sob a sigla, no município de Goiana, extremo
norte de Pernambuco. Entre projeto como Fiat e inauguração como FCA, unidade erigida
em meio a um canavial, já passou por alterações de projeto, de produtos,
expansão de área construída e capacidade industrial. É inaugurada com projeto
importante, o Jeep Renegade, mescla entre conceito e engenharia Fiat com as demandas
dos clientes de Jeep, e nesta família será o primeiro degrau mundial. Outro
Jeep, segundo degrau, está em projeto nos EUA.
Fazer instalação industrial deste porte, implantar parque de fornecedores
- e as consequências socialmente benignas de mudar horizonte e perspectivas da
população com novos empregos e melhor renda e assistência social -, irrigar a
prefeitura com impostos, por si só constituem-se em dados positivos. Porém,
comparativamente com a antiga Fiat, é um novo retrato, de maior e mais ampla
inserção no cenário econômico no Brasil e na América Latina. O novo polo
industrial tem como segundo objetivo ser base de produção e exportação para o
continente e mercados fornidos pela antiga Fiat, o F da FCA.
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