No último sábado, 10, a Marina Itajaí, em Santa Catarina,
foi palco para a recepção da Família Schurmann que retornou da volta ao mundo
de 812 dias – a Expedição Oriente. No local, foi montada uma estrutura para
receber os tripulantes e contou com a participação de 2,3 mil pessoas, segundo
a organização do evento. A chegada do veleiro Kat aconteceu às 15h 25min e foi
aplaudida e comemorada por familiares, amigos, imprensa, fãs do esporte e da
náutica em evento aberto ao público.
“Foi em
Itajaí que nasceu nosso Veleiro Kat e estamos muito felizes em poder retornar.
Foram 2 anos e 2 meses em alto mar. Visitamos lugares belíssimos,” disse o
capitão Vilfredo Schurmann logo após a sua chegada na Marina Itajaí.
“Itajaí
passou a ser nossa casa. Nosso veleiro Aysso já está ancorado aqui e durante o
período em que o Kat ficar em Santa Catarina, também ficará na Marina Itajaí,”
explica David Schurmann, diretor e produtor cinematográfico, responsável pelo
planejamento e desenvolvimento da Expedição Oriente.
Para
David Schurmann, a Marina Itajaí também oferece segurança e comodidade aos
navegadores. “A Marina Itajaí é exemplo de estrutura com padrão internacional.
Os trapiches são perfeitos e seguros, é um local protegido para deixar seu
barco. Além disso, está no centro da cidade, o que para os navegadores em geral
é algo muito positivo. Foram poucas as estruturas que vimos pelo mundo em que
se tem algo parecido de tão fácil acesso para chegar e usufruir das atrações da
cidade e seu entorno,” reforça.
Para o
diretor operacional da Marina Itajaí, Carlos Oliveira “é uma grande honra
receber a Família Schurmann e seu Veleiro Kat. Também é uma grande satisfação
para a Marina Itajaí sediar grandes eventos náuticos como este e contribuir
para o fortalecimento do polo náutico na cidade. Além da localização
estratégica privilegiada, a escolha pela Marina Itajaí também justifica a nossa
atenção à qualidade da estrutura e serviços prestados”, conclui.
Polo
Náutico do Brasil
A Marina
Itajaí consolida o município como Polo Náutico brasileiro, segundo a Secretária
de Turismo da cidade catarinense, Valdete Campos. “A Volvo Ocean Race despertou
o potencial náutico de lazer em Itajaí. A chegada da Marina Itajaí fortalece
essa característica da cidade e consolida o trabalho do município de fortalecer
o turismo náutico. Além disso, as pessoas podem visitar a Marina Itajaí, pois
ela é aberta ao público. É um lugar que possui um visual incrível, perfeito
para lazer e contemplação da paisagem.”
Aventura
pelo mar
“Um
capitão não faz nada sem uma boa tripulação e se não houver o espírito de
equipe. Enfrentamos muita dificuldade, ventos de até 100 km/h e ainda assim
todos permaneceram muito firmes,” comentou o capitão Vilfredo Schurmann ao lado
da esposa Heloísa Schurmann.
Momentos
emocionantes marcaram a Expedição Oriente, como assistir de perto ao espetáculo
das baleias na Ilha Moorea, na Polinésia Francesa, as paisagens encantadoras da
Antártida e a chegada ao porto da China. A tripulação também se impressionou
com a grande quantidade de lixo encontrada em alto mar, especialmente na Ásia e
alertaram sobre a necessidade de medidas de proteção ambiental.
“Procuramos
fazer a nossa parte. Dentro do Kat temos uma compactadora de lixo. O que nos
permitiu produzir em 18 dias, sendo que estávamos em oito pessoas, um saco de
lixo seco. Se cada um fizer um pouco poderemos ter mais esperança ao meio
ambiente”, disse um dos tripulantes, Wilhelm Schurmann.
Família
inspira outros velejadores
Mídia
Silvestrini e Jorge Alberto Silvestrini vieram de Lages, SC, para participar do
evento da chegada da Família Schurmann na Marina Itajaí. Após acompanharem a
trajetória através da televisão e internet, o casal foi convidado para
recepcionar a tripulação com o barco de apoio.
“Mesmo
morando em Lages não poderia perder esse momento. Amo a Família Schurmann e
tudo o que eles representam. Acompanhamos o processo de construção do Veleiro
Kat e, depois disso, acabei me tornando uma das figurantes do filme “O pequeno
Segredo”. Os conheci pessoalmente durante um evento náutico realizado aqui em
Itajaí. Tinha que estar aqui para recepcioná-los. A emoção e a expectativa para
esse encontro é muito grande”, relata Mídia Silvestrini.
Jorge
Alberto Silvestrini além de engenheiro é velejador há 45 anos. “Sofri um
naufrágio em 2014. Fiquei 36 horas a deriva. Foi uma experiência intensa e
mesmo assim não desisti de navegar. A Família Schurmann serve de inspiração
para todos nós pela sua determinação e espírito aventureiro. Através do exemplo
deles e da assessoria que estão me dando estou me preparando para daqui há 6 ou
9 anos, viver a bordo de um veleiro”, conta Jorge Alberto.
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