Em Uberlândia (MG) uma técnica de poda de pés de café
está atraindo a atenção de produtores rurais da região. Uma forrageira New
Holland FR600 com implemento de plataforma de café corta a planta na altura
desejada, sem arrancar nada do solo. O processo já acontece em seis
propriedades da região e tem interessado ainda mais produtores.
Segundo Antônio Marcos de Campos Rodrigues, gerente da
Queiroz e Rocha, empresa responsável pela poda, a técnica economiza tempo de
produção do café, já que deixar o pé crescer até dar frutos leva de dois a três
anos, enquanto plantar novamente chega a cinco anos. “O produtor tem uma
economia de tempo muito grande e atribui à máquina uma nova atividade, que
contribui para o desenvolvimento do plantio”, afirma Rodrigues.
Uma árvore de café dura de 15 a 20 anos, mas, com o
tempo, perde a capacidade de produção, portanto os agricultores optavam por
derrubar a árvore e plantar uma muda nova. Com a inovação, despende-se menos
tempo com a retirada de toda a árvore sem prejuízo na qualidade do grão e na
produtividade.
Biomassa
Outro fator que deixa ainda mais vantajosa a utilização
do processo é o tratamento de biomassa gerada na produção. Quando a máquina
passa e poda os galhos, deixa-os no solo para utilização futura como adubo.
Mamoru Rodolfo Hojo, empresário da cidade de Patrocínio
(MG), ajudou no desenvolvimento do processo e garante que esta técnica é uma evolução
na tecnologia agrária. “No Brasil não existe algo deste tipo, a cafeicultura é
muito rudimentar e a mão de obra, muito cara. Um processo como este só vem para
melhorar a produção”, declara.
O café tem papel importante na agricultura nacional,
pois, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafe), o
país exportou mais de 35 milhões de sacas no último ano, se tornando o maior
produtor e exportador do mundo. A atividade da Queiroz e Rocha se desenvolveu
na região do Triângulo Mineiro, que, por sua vez, é a maior produtora de café
do Brasil.
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