O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia
Assistiva (NTA) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar) desenvolveu o projeto de adaptação de um barco a remo para o paratleta
Renê Pereira, bicampeão sul-americano. O equipamento adaptado buscou atender as
necessidades ergonômicas do atleta na atividade de remar, melhorando o seu
rendimento. Com isso, Pereira, que possui paralisia de membros inferiores,
conquistou, utilizando o novo barco, medalha na Copa do Mundo de Remo e se classificou
para os Jogos Paralímpicos de 2020, em Tóquio, no Japão.
O barco a remo olímpico é composto pelo casco, geralmente constituído por fibra
de carbono, fibra de vidro e resina epóxi. Nele há o espaço reservado para
acomodação de um (ou mais) remadores denominado "cockpit", onde se
encontram o encosto, o assento e o finca-pé. Fixadas nas laterais do barco
ficam as braçadeiras que apoiam os remos. Segundo Plínio César Marins, técnico
do NTA/UFSCar, a principal diferença entre um barco a remo padrão e o adaptado
está na obrigatoriedade de uso de cintos de segurança para tórax e pernas do
paratleta.
Renê Pereira utilizou o novo barco em duas etapas da Copa do Mundo de Remo,
conquistando medalha de prata em Roterdã, na Holanda, em julho de 2019, e o
quinto lugar na etapa de Linz Ottensheim, na Áustria, em setembro. Com isso,
garantiu sua vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, que ocorrem de 25
de agosto e 6 de setembro de 2020. No final do ano passado, ele também foi
premiado como o melhor atleta de Remo do Brasil na edição do Prêmio
Paralímpicos 2019, evento promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
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