terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Beto Monteiro aponta 2015 como temporada mais eclética de sua carreira nas pistas

A temporada automobilística de 2015 foi a mais eclética dos mais de 20 anos de carreira de Beto Monteiro. O piloto pernambucano pilotou, entre testes e corridas, mais de dez variedades de equipamentos de competições, dos karts como aqueles em que iniciou sua trajetória nas pistas, ainda em 1989, até os caminhões da Fórmula Truck, categoria da qual participa regularmente desde 2002 e em que conquistou dois títulos brasileiros e um sul-americano.

A 14ª temporada completa de Monteiro na F-Truck marcou a estreia na Lucar Motorsports, equipe chefiada pelo também piloto Luiz Lopes. “Foi um ano de transição. Tive alguns acidentes de percurso e também acidentes fora de percurso”, pondera o piloto, 13º colocado na pontuação final. O quarto lugar na etapa de Campo Grande foi o melhor resultado no ano. “Conseguimos evoluir bem o equipamento durante o ano. Deixamos o caminhão competitivo”, diz.

Quando o campeonato da F-Truck começou, em 1º de março, Monteiro já havia tido nos Estados Unidos suas primeiras experiências automobilísticas do ano. Além de disputar corridas em Orlando na categoria Shifter Kart, tendo um segundo lugar numa prova em que o também brasileiro Nelsinho Piquet foi o terceiro, ele fez testes com um carro da East Nascar K&N pela Troy William Racing, equipe que defendeu em algumas etapas da temporada de 2010.

Embora seja piloto regular da Fórmula Truck, Beto Monteiro teve duas experiências na Stock Car. Na primeira, disputou ao lado de Galid Osman, pela Ipiranga-RCM, da corrida de duplas que abriu o campeonato, em Goiânia – foi 11º colocado. Na segunda, a convite da equipe Hot Car, participou da etapa de encerramento da temporada, na pista paulista de Interlagos. Abandonou na metade da primeira volta, por conta de um acidente que envolveu oito carros.

Monteiro teve em outubro experiências em carros de tração dianteira. Em Curitiba, formou dupla com Osman Didi na Copa Petrobras de Marcas. “Fui a convite do Leandro Romera para ajudar no desenvolvimento do Chevrolet Cruze da KFF Pro Racing. Saí da prova por causa da quebra de um parafuso”, conta. Em Cascavel, foi parceiro de Marco Romanini na 29ª Cascavel de Ouro. Largou em 11º e estava em terceiro quando abandonou por quebra mecânica.

A temporada marcou duas experiências de Monteiro no automobilismo regional paulista. No meio do ano, ele disputou em Piracicaba uma corrida da Fórmula 1600, conquistando o segundo lugar pela San Racing. Em novembro, atuou nos 200 km de Cordeirópolis, prova de velocidade na terra que teve na pista 42 monopostos tubulares. A participação foi interrompida pelo acidente de Ricardo Fragnani, seu parceiro na dupla, quando tentava assumir a liderança.

A última etapa da Fórmula Truck, em Londrina, marcou a volta de Beto Monteiro aos carros monopostos. Ele experimentou um dos carros da Fórmula 4 Sudamericana, que cumpriu a programação preliminar, a convite de Gerardo “Tato” Salaverría, promotor do campeonato. “O Tato me chamou para sentir o carro e dar um feedback. Foi legal, eu não andava em um fórmula desde 2011, quando participei da Fórmula 3 em Caruaru e ganhei na categoria Light”, frisa.

O kart ocupou a agenda do pernambucano. Além das provas nos EUA, de treinos periódicos e de participações na Copa São Paulo de Shifter Kart, ele teve missão tripla nas 500 Milhas da Granja Viana. “Não tive um bom resultado na preliminar de Shifter Kart, mas ganhei a prova principal pela Locres Racing na classe B e também fui primeiro na corrida do Kart dos Artistas”, diz, citando a corrida festiva em que formou dupla com a atriz Regiane Cesnique.

Beto Monteiro foi o piloto que teve o fim de semana mais movimentado durante a programação das 500 Milhas, que aconteceram em Limeira. Além da participação nas três categorias, ele viajou de Limeira a São Paulo na noite de quarta-feira (16) para acompanhar a esposa Fernanda no parto dos gêmeos André e Pedro, primogênitos do casal. “Na verdade, a chegada dos dois foi a maior vitória. Não da minha carreira, mas da minha vida”, compara o piloto.

O próprio piloto reconhece a excentricidade de sua agenda variada em 2015. “Foi um ano em que fiz bastante o que mais gosto de fazer, que é guiar. Gosto disso a ponto de ter encarado tanta coisa diferente ao longo do ano, é o trabalho mais gratificante que eu poderia ter”, define. “Logicamente, a Fórmula Truck é a minha principal atividade, e isso não deverá ser diferente em 2016”, antecipa o pernambucano, que ainda não definiu a equipe que vai defender.

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