quinta-feira, 13 de setembro de 2012

IMPORTADOS - ABEIVA - Com pequena reação em agosto, vendas ainda preocupam setor



As empresas filiadas à Abeiva - Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores encerraram o mês de agosto com 11.975 unidades emplacadas, apresentando pequena recuperação de 11,5% ante julho, quando registrou 10.739 unidades. Se comparado a igual período do ano passado, no entanto, a queda se mantém acentuada: 41,4%.  Em agosto de 2012, a Abeiva emplacou 11.975 unidades, comparado a 20.420 unidades em agosto de 2011.Com 93.685 unidades, as associadas à Abeiva também amargam queda de 27,5% nos primeiros oito meses do ano, ante as 129.284 unidades emigual período de 2011, enquanto o mercado interno registrou alta de 7%. Foram emplacadas 2.389.733 unidades este ano contra 2.233.851veículos emplacados de janeiro a agosto do ano passado.Ao analisar o comportamento de vendas, isoladamente do mês de agosto ante julho, enquanto as associadas à Abeiva registraram alta de 11,5%, o mercado interno cresceu 15,4%. Mas, na comparação de iguais períodos de 2012 e 2011, enquanto os importados caíram 41,4%, o mercado sustentou alta de 31,7%.

“Com isso, o comportamento do mercado brasileiro por dadosde market share nos mostra que o desempenho da Abeiva em agosto voltou a ter perda, de 2,95% ante 6,63% em agosto de 2011. Ao comparar os totais do acumulado de 2012 e 2011, o nosso market share caiu de 5,79% para 3,92%”, argumenta Flavio Padovan, presidente da entidade.“Mais uma vez, é preciso enfatizar que, ao comparar os dados de desempenho do setor de importados, em agosto, com o comportamento do mercado interno brasileiro, fica evidente a influência negativa das altas do IPI e do dólar”, observa Padovan, para quem , com a tendência de queda de emplacamentos, verificada desde o aumento da alíquota do IPI em dezembro último, simultaneamente à valorização do dólar, os volumes de venda registrados em 2012 mostram que o setor de importados já está à beira do colapso.

“Lamentavelmente, o quadro de nossas associadas, em agosto, nos mostra –na prática – a extinção de aproximadamente 10 mil postos de trabalho. Tínhamos previsto que esse fato aconteceria até o final do ano. Mas, infelizmente, dos 35 mil empregos diretos que o setor de importados proporcionou ao longo de 2011, perto de 10 mil postos de trabalho já foram eliminados”, ressalta Padovan.Por esse motivo, os importadores oficiais de veículos automotores aguardavam, até o final do mês de agosto, um plano que contemplasse um plano de cotas para o setor sem o impacto do aumento de 30 pontos no IPI, concomitante ao decreto que regulamenta a MP 563, de 3 de abril último.

“Depois de oito meses, tornou-se crucial à sobrevivência do setor de importados que o Governo Federal conceda um tratamento justo para os importadores de veículos associados à Abeiva que hoje representam apenas 3,92% do total de veículos comercializados no país, sem representar nenhuma ameaça aos fabricantes nacionais, que detém 96,08% de todo o volume comercializado no mercado brasileiro”, enfatiza Flavio Padovan.
  

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