Os brasileiros Reinaldo
Varela e Gustavo Gugelmin já se preparam para enfrentar as areias que marcam o
roteiro da trigésima edição do Rally dos Faraós, este ano válido como a sétima
etapa da Copa do Mundo da FIA de Rally Cross Country. O evento inicia dia 1º de
outubro na cidade do Cairo, terminando também na capital egípcia no sábado, 6.
A dupla do Divino Fogão Rally Team ocupa a vice-liderança no campeonato, 13
pontos atrás da dupla árabe formada por Yhaya Al Helei e Khalid Al-Kendi, que
tem 110.O roteiro deste ano está concentrado em torno de duas cidades
situadas a sudoeste da capital Cairo: Tibniya e Abu Mingar e o percurso
completo está composto por seis etapas. Após a primeira especial (1/10, entre
Cairo e Tibniya), a competição prossegue desta forma: 2/10: Tibniya/Tibniya;
3/10: Tibniya/Abu MIngar; 4/10: Abu Mingar/Abu Mingar; 5/10: Abu
Mingar/Tibniya, e 6/10: Tibniya/Cairo. Disputado no deserto que marca boa parte
dos territórios do Egito e da Líbia, o terreno do evento tem três características
básicas: as dunas normais, as do tipo catedral e as trilhas de areia. Se estas
configuram a parte mais tranquila para as mais de 100 tripulações já inscritas,
as outras requerem cuidados especiais.
"As mais
difíceis de enfrentar são as catedrais, onde a primeira idéia para supera-las
nem sempre é a melhor" diz Reinaldo Varela. "A única certeza que se
pode ter sobre elas é que não dá para arriscar e passar batido. Cada uma dessas
dunas exige que se estude a melhor aproximação para, só então cruzar com segurança
e sem o perigo de capotar", completa o piloto, que lembrou ainda que as
dunas catedrais são mais frequentes em torno do oásis de Sitraha. No Egito, porém, nem mesmo as dunas normais são tão
normais como se poderia supor. Pesquisando sobre as condições do terreno o
navegador Gustavo Gugelmin descobriu que mesmo os obstáculos banais merecem
atenção redobrada em uma das provas mais longas da temporada:"Por lá existe
um tipo de obstáculo que os locais chamam de "barcane". A principal
característica dessas dunas é que elas meio côncavas, já que o vento esculpe a
parte posterior; pode ser algo muito bonito para se fotografar, mas não
acredito que seja legal você descobrir que está no ar quando tinha certeza que
as rodas do seu carro deveriam estar na areia…"
Nenhum comentário:
Postar um comentário