A Ford, em parceria com a Universidade de Michigan, nos
Estados Unidos, vai desenvolver baterias menores, mais leves, eficientes e
baratas para veículos elétricos. Um novo laboratório na universidade será
equipado com o estado da arte em processos de manufatura. O objetivo é produzir
unidades de teste que reproduzam o desempenho de baterias maiores para acelerar
a futura adoção nos veículos. O novo laboratório é resultado da colaboração
entre a Ford, fornecedores de baterias, a Universidade de Michigan e os
governos estadual e federal. A Ford é a única fabricante de automóveis a
investir no projeto.
Investimento em baterias
A Ford tem apoiado a pesquisa de baterias de veículos
elétricos há mais de 20 anos. No ano passado, a empresa investiu US$135 milhões
em design, engenharia e produção de componentes chaves para baterias e dobrou a
sua capacidade de testes. Ela acelerou os testes de durabilidade e conta hoje
com unidades que acumulam mais de 240.000 km, equivalentes a 10 anos de uso, em
cerca de 10 meses.O desenvolvimento de baterias exige ainda muita pesquisa. Um dos
pontos críticos é a necessidade de novos produtos químicos
que permitam avaliar em pequena escala o desempenho de células de baterias de
produção sem comprometer os resultados.
Íons de Lítio
A linha de veículos elétricos da Ford inclui cinco
modelos equipados com avançadas baterias de íons de lítio. Os veículos de
primeira geração tinham baterias de níquel-metal-hidrido. As baterias de íons
de lítio são de 25% a 30% menores e podem gerar cerca de três vezes mais
energia por célula.A localização do laboratório em um campus universitário é um
atrativo para os fornecedores de baterias, pois cria um ambiente comum para a
solução de problemas complexos. A Universidade de Michigan se beneficia, porque
os melhores profissionais das empresas automotivas, de fornecedores e da
academia virão para cá. E vai atrair também os melhores estudantes. Outro ponto
positivo para a Ford é que o campus fica a apenas 64 quilômetros de Dearborn.
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