segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Maverick do "Raid da Integração Nacional" faz 40 anos


Amanhã dia 8 de outubro, uma das maiores aventuras realizadas com um carro brasileiro completará quatro décadas de história. Em 1973, o “Raid da Integração Nacional” marcou a conclusão de um grande plano rodoviário para interligar todas as capitais da época. Ao final, a caravana percorreu quase 17 mil quilômetros em apenas 24 dias. Patrocinada pela Ford, Correios, Embratur e DNER, a viagem começou no Chuí e terminou em Brasília, após percorrer centenas de cidades do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. No comando do grupo estava o lendário chefe de equipe Luiz Antônio Greco, conduzindo um Maverick Super Luxo na companhia do mecânico João Mariano.

“Hoje é difícil imaginar todas as dificuldades que eles passaram. Quando cruzaram o pantanal e a floresta amazônica, não existia quase nada e as estradas ainda tinham muitos trechos de terra. Para complicar, eram três carros de série, dois com tração dianteira. Precisaram usar até bois para rebocá-los dos atoleiros”, relembra o filho Fábio Greco.Concluído o “Raid da Integração Nacional”, o Maverick ocupou um lugar de destaque no Salão do Automóvel de 1974 e, a seguir, foi doado ao Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas, em Caçapava (SP). Durante as décadas de abandono da coleção, o carro foi seriamente vandalizado, restando apenas o monobloco e os conjuntos mecânicos.

“Apesar de todos os danos, não vamos deixar um veículo que fez parte da história recente do país acabar assim. Estamos mobilizando os amigos do museu para a doação de peças, criamos um projeto de restauro com a Equipe Greco e agora estamos buscando empresas interessadas em apoiar esse resgate”, destaca o coordenador Marcelo Bellato.

Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas

Criado em 1963 por Roberto Eduardo Lee, pioneiro do antigomobilismo brasileiro, o Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas foi o primeiro do gênero no país e, até hoje, é a única coleção de veículos tombada pelo patrimônio histórico. Nos tempos áureos, atraia milhares de visitantes e personalidades para a Fazenda Esperança, nos arredores da cidade.Após permanecer fechado por duas décadas, em decorrência da morte prematura do fundador, o acervo foi doado à prefeitura em 2011. Desde então, poder público, empresas e aficionados estão somando forças para recuperar os automóveis. Entre os 40 “sobreviventes”, estão raridades como o Tucker Torpedo, Fiat Grand Prix e Packard Roadster Dietrich.  


Provisoriamente, o museu está instalado no Centro Cultural de Caçapava (Av. José de Moura Resende, 474). As visitas são gratuitas e podem ser agendadas de segunda a sexta-feira das 9 às 16 horas. Os interessados podem colaborar com os trabalhos ou seguir as novidades no Facebook, com acesso pelo endereço www.museurobertolee.com.br.


Informações para a Imprensa:


Museu Roberto Lee
 Flávia Mello
Tels.: (12) 3652-9222 / (12) 997-072-797


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