Troller novo, o design é ótimo. Mas a segurança
...
Empresa à qual a Ford não empresta sobrenome apesar
de deter todas as suas cotas, Troller apresentou seu jipe em mudança total.
Doses homeopáticas de informação, desde mostrado como protótipo há quase dois
anos, no Salão do Automóvel de 2012. Demora, diz-se, pela extensão nas mudanças
– chassi, carroceria -, e método produtivo. A Ford alterou o fazer da
carroceria em compósito de plastico reforçado com fibra de vidro, criou
estrutura, reviu processos, aumentou a capacidade produtiva a 3.000
unidades/ano por turno de produção, na reformulada fábrica recebida com o
negócio, em Horizonte, Ce.
Melhor, pior
A Troller passa pela melhor dificuldade na área dos
veículos: ser exclusiva. Sem concorrentes, finda a produção do Stark,
iniciativa catarinense transferida para o mesmo Ceará, pode impor preços à sua
vontade, sem concorrente incômodo. Aliás, cita o Jeep Wrangler, descendente do
original, distante por ser importado, motor V6 a gasolina, de superior rodagem.
Esqueceu o Suzuki Jimny, valentia assemelhada e maior conforto de rodagem –
pela metade do preço.
Talvez pela solidão, enzimatizada pela política da
controladora Ford, de aumentar em 20% o preço dos modelos que substituem os
antigos, tenha escrito o valor do Troller básico em R$ 110.900 – o antes R$
98.800.
Mudaram desenhos da carroceria e o comercial. A
parte visual é da área de bom design da Ford, personalista no
EcoSport, caminhões Cargo, novo Ka. Os contornos comerciais da operação passam
não apenas pelo preço mais elevado, mas pelo fato de vender o jipe com ar
condicionado digital, CD MP3 player, vidros e espelhos elétricos, teto solar
duplo em vidro, rodas leves de 17”. É o básico chic, para o qual projeta,
compradores aplicarão ampla linha de acessórios por ela desenvolvido. Segundo
diz, o Trollista, Trolleiro, gasta em média 15% do valor em personalização.
Assim, em vez de agregá-los dentro da ampla margem de preço, irá oferece-los
com preço adicional – itens de utilidade como as placas de proteção inferior,
ou o snorkel, a tomada elevada para o filtro de ar.
Deve ter razão em tal contra senso. Afinal,
há snorkels com aspiração em altura superior à cabeça do
motorista permitindo o inimaginável: o motorista morrerá afogado, mas o Troller
controlará, impávido, sem aspirar água capaz de matar o motor …
Base
A Ford desprezou o chassi do Troller anterior, e o
do picape Ranger, de quem apropriou a parte mecânica – motor, câmbio, freios.
Deste não aproveitou o diferencial dianteiro com semi eixos articulados, ou sua
suspensão por balanças e barra de torção, optando por eixo frontal rígido com
molas helicoidais na extremidade. E fez chassi próprio, com longarinas fechadas
– a grosso modo resistente escada com degraus.
A carroceria inova o trato do GRP, no Brasil dito
fibra de vidro. Não é moldada em mantas ou aplicada por pistola com picador,
mas por placas moldadas em prensas. Uma placa, como se fosse plástico de
engenharia, com medidas pré definidas é cortada e entra numa forma, onde já
estão peças de metal para reforço – para fixação de dobradiças, por exemplo,
evitando que os parafusos promovam cisalhamento da fibra. Aquecida, é pressionada,
absorve os reforços metálicos, toma forma, e sai com superfície lisa, adequada
à pintura, dispensando lixar, emassar, corrigir.
Para estruturar a carroceria, criou-se sub
estrutura em tubos e painéis de aço.
Os eixos foram levados à extremidade do chassi,
oferecendo maior espaço. Entretanto a ergonomia não é boa. A alavanca de
marchas exige esticar o braço, e o entrar e sair do banco traseiro é manobra
apertada.
Dicotomia
A exclusividade no mercado permitiu à Ford criar um
básico chique, bem equipado, e com habilidades de pouca utilização. Será bom
para ostentar capacidades, ir ao shopping, entregar ao manobrista
do restaurante. Mas falta simplificar-se muito para ser carro de trabalho, de
arrancar toco na fazenda, de engatar o reboque para colheita na grota, ou
rebocar o transformador até a grimpa do morro, puxar o caminhão carregado e
atolado, estas mazelas nacionais tão vivas.
Da mesma maneira o básico chique não atende à
cimeira do mercado, plataforma da qual ocupantes exigem a não opcional transmissão
automática.
Na mesma situação estão o acionamento da tração nas
4 rodas e a redução do câmbio. Se os compradores se diferenciam entre os que
nunca utilizarão o equipamento – até porque na maioria das vezes sequer sabe
sua utilidade -, e os sabedores usuários, que não querem e não confiam no
sistema à base de botões, relês, sensores, fios, terminais, módulos, enorme
fieira de intermediários intérpretes entre a demanda por engrazamento, e seu
atendimento. Sistema antigo de jipes, intransigente com a masculinidade do uso,
não concedia trocar o engate por alavanca por soluções boiolo-tecnológicas. Na
hora da responsabilidade nada substitui o cloc e o clec do
engate direto.
Temores
Corajoso quem, na Ford, mandou suprimir as bolsas
de ar em nome da economia pela interpretação legal. Jipes, segundo diz a
Troller, estão dispensados da obrigatoriedade. Entretanto a incorporação dos
freios a disco nas quatro rodas, com ABS e seu gestor EBD de preço muito
superior, deu-se em função da responsabilidade civil ante o brio da disposição. A questão é, apesar de aparecer no mercado em 2014,
sua estrutura mecânica lembra a dos pioneiros Jeeps: elevada altura e centro de
gravidade, suspensões por eixos rígidos. Em 1941. Entretanto, o pequeno motor
de 60 cavalos mal o levava a 100 km/h, com aceleração letárgica. Hoje, o motor
Ford diesel, 3,2 litros, 200 cavalos de potência e 47 kgmf de torque, e o
pacote de independência e liberdade implícito a este tipo de veículos, permite
acelerar rápido e sua velocidade máxima, cortada a 165 km/h, são dados de
perigo.
JAC se prepara a ano sabático. Razões, redução de
vendas de importados, reduzindo o fluxo de caixa para a construção de fábrica
na Bahia – hoje apenas a terraplanagem está pronta -; re arranjo com a
chinesa social JAC, passando 2/3 da operação industrial para terminá-la;
manterá exclusividade para distribuição. O empresário Sérgio Habib, o
empreendedor brasileiro, aposta em novidade para assinalar boas vendas em 2015.
Uma delas, o T 5.
É, na China, onde produzido, identificado como S 5.
Aqui será chamado T 5. É utilitário esportivo de linhas e volumes atualizados,
bem decorado internamente, com realce a molduras e contornos cromados. Tem o
porte dos vitoriosos coreanos Hyundai I35 e Kia Sportage. Mecânica padrão no setor,
quatro cilindros L4, 2,0 litros de cilindrada, 16 válvulas, potência entre 155
e 160 cv, operação flex. Série inicial, transmissão mecânica.
O foco comercial reside na oportunidade da
previsível fim da montagem do Hyundai Tucson, arrastando as correntes no
telhado, e na comparação com outros chineses com morfologia idêntica, como o
Lifan, menos potente, com motor 1.8, e o Chery Tiggo, cansado em linhas.
Primeiras unidades iniciam testar para aprovação e
homologação administrativa pelo governo federal. A frota fotografada estava
reunida num concessionário JAC em Brasília, com avaliadores chineses, durante a
Copa. Apresentação final de setembro, para estar exposto no Salão do Automóvel,
S Paulo.
Roda-a-Roda
Visão – Após a Mercedes exibir caminhão capaz de
condução autônoma nas estradas, a Nissan promove variáveis: automóvel apto a se
orientar em estradas, e criar estacionamentos automatizados. Diz, viabiliza em
quatro anos.
Re início – Periclitante, a junção de Peugeot e
Citroën deu enorme guinada condutiva: tirou os herdeiros, contratou Carlos
Tavares, vice da concorrente Renault, implantou plano corajoso de cortar
custos, vender, elevar marcas.
Bom começo – As vendas reagiram mundialmente 5,5% no
primeiro semestre. Mais 11,7% na China; 12% na Europa. América Latina, mercado
promissor, afundou: - 26,8%. Argentina e Brasil, sustentáculos, em crise de
vendas.
Aqui - Posição será cortar produtos – o
picape Hoggar foi-se; baixar despesas; sair das faixas rasteiras, promover
vendas dos melhor equipados, incluindo a nova marca DS.
Potência – Ao findar as 20 unidades restantes do
Bugatti Veyron, da série de 450, a fabricante francesa controlada pela VW, fará
sucessor mais potente e híbrido, unindo dois motores W8 produzindo acreditados
1300 cv para ser o esportivo mais potente. Mix será de 300 gts e 150
conversíveis.
Mais - Outro dado molda novo Mustang: motores
definidos entre L4, 2,3, turbo, 314 cv de potência, 44,2 kgfm de torque, e V8
5,0 litros 441 cv e 55,3 kgfm.
Muda - Projeto atualizado, suspensão
independente nas 4 rodas, carroceria com estrutura de baixo peso, aços de
elevada resistência e uso de alumínio para reduzir peso. Vendas mundiais.
Descendo – A Venezuela caiu 80% nas vendas de
veículos no primeiro semestre de 2014, comparado a 2013. No descenso rápido, a
terceira produtora na América do Sul em 2012, hoje é a nona. Produção anti
industrial: 1.000 carros/mês. Economia em crise.
Latinidades – Mau comum: populismo, despreparo,
faltam conhecimento e, experiência, sobram discurso e pressão política. O
ditador Maduro poderia ser bom motorista de ônibus, mas como condutor do país é
abaixo do mínimo.
Aprendemos todos. Papo não substitui o conhecimento
e quebra galho não supre diploma.
Mais – Chery, fábrica chinesa em implantação
em Jacareí, SP, marcou data para apresentar-se: 28 de agosto. Já funciona.
Foco – Apostando em conteúdo a Citroën deu
um up no bom sedã C4 Lounge. Incrementou equipamentos,
multimedia em tela de 7”, ar bi zona, rodas em liga leve e aro 17 “. Motor THP
turbo+câmbio automático 6M representam 65% do mix. Quer elevar a 70%. R$
76.690. Projeto é refinar os projetos.
Dirija. É extremamente agradável.
Gasolina – Petrobrás encerrou produzir a Supra. Em seu
lugar a Grid. Também aditivada para reduzir atrito no movimento dos pistões e
corante verde para diferenciar. 87 octanas.
Obrigação – Não é generosidade, mas obrigação
legal. A nova gasolina, com 50 ppm de enxofre deveria estar em produção há
tempos, mas a Petrobrás, fornecedora de todas as marcas postergou, como o fez
com o diesel S10. Mesmo preço.
Idem – Mudada a base, a Shell incrementou o
percentual de aditivo anti fricção de sua V Power para diferenciar-se da
concorrente Petrobrás Grid. Agora é V Power Nitro+
Mais um – Mercado em expansão o de picapes e
utilitários esportivos instiga fornecedores. Bridgestone apresenta novo pneu
radial Dueler A/T Revo 2, para dupla aplicação, no asfalto e fora dele. Nas
medidas 255/70R 16; 175/70R 14; 265/70R16; 235/70R16 e 205/65R15.
Ocasião – Você é moça, bonita, leva jeito
para pin up, aquelas moças rechonchudas, com roupas justas – ou não -,
usualmente identificadas com carros norte americanos dos anos ’50, ’60, hot
rod, etccc ?
O que – Se a fim, cadastre-se. O Curitiba
Motor Show, 16 e 17 de agosto, fará concurso, dará R$ 1.000 de prêmio, ensaio
fotográfico com Fabiano Guma, publicado na revista Rod&Custom. A
fim ? (www.curitibamotorshow.com.br)
ou (https://www.facebook.com/ctba.motorshow)
Registro – As montanhas de dinheiro gastos no
colar imagem no futebol da Copa do Mundo, tem resultado apurado pelo índice
YouGov BrandIndex: as marcas Kia e Itaú foram as de maior percepção no evento.
Gente – Caio Moraes, jornalista,
multimídia, novidade. OOOO Novo editor da revista mensal Car. OOOO Jerry
Johansson, sueco, diretor de manutenção da Scania Brasil, premiado. OOOO
Melhor Gestor de Manutenção da Europa. OOOO Aqui para
implantar Manutenção de Classe Mundial em São Bernardo do Campo, SP.OOOO
OOOO Frédéric Drouen, francês, ex diretor do Banco Peugeot e da marca no
Brasil, transferência. OOOO Suiça, grupo PSA.OOOO Miguel
Figari, chileno, engenheiro de comércio, diretor da PSA no Chile, promoção.OOOO Diretor
Geral da marca Peugeot no Brasil. Sucede Drouen. OOOO Gabriel
Patini, engenheiro, transferido. OOOO Da Russia a S Paulo.
Organizar fábrica e produtos Land Rover Jaguar no Brasil. OOOO Andréa
Ayarroio, assessora de imprensa da VW, passou. OOOO Muito antes do
combinado. OOOO
Mercedes iluminou caminho para indústria nacional
Na relação das estrelas responsáveis pela
implantação da indústria automobilística brasileira, excetuando-se os
formuladores do governo, e o grupo de industriais pioneiros de auto-peças, na
relação das fabricantes a de maior brilho é, inequivocamente, a Mercedes-Benz.
Tinha fama e história mundiais, vindo a pioneira
operação em outro continente. Todas as demais aqui presentes não escapavam às
classificações de, estar presentes como montadoras de CKD ou SKD, pouco mais
que juntar peças, ou empresas e produtos sem futuro nos mercados de origem.
A Mercedes veio por representante e logo percebeu
mercado, lucros, potencial, implantando fábrica e liderando o negócio. Sua
vinda, em 1953, antecede o governo JK e o projeto GEIA, e a instalação em São
Bernardo, seguindo representantes de marcas Chrysler e Nash foi aval mundial ao
programa.
Chocolates
O primeiro balanço publicado pela Mercedes-Benz, provou
o acerto da insistência de Alfred Jurzikovski em trazer a marca ao Brasil. No
ano empresarial julho 1956/junho de 1957, entre lucros, lucros suspensos e
reserva legal, registrou Cr$ 122 milhões ante capital de Cr$ 470 milhões. Um
resultado de reverência mundial.
Jurzikovski, polonês, era exportador de cacau,
percebeu a carência do mercado brasileiro para transportes. Conseguiu a
representação, iniciou montagem de CKDs de caminhões e ônibus no Rio de
Janeiro. Expansão instigou a Mercedes a vir, associar-se, implantar-se,
crescer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário