Internacionalização da VW. Vem aí o Jetta
nacional
Volkswagen anunciou a produção do sedã Jetta
em sua fábrica de São Bernardo do Campo, SP. Início industrial em princípio de
2015, mas quem quiser vê-lo deve ir ao Salão do Automóvel, S Paulo,
outubro/novembro.
Não é, como se poderia projetar, lançamento
mundial do sedã feito sobre a criativa plataforma MQB, onde se baseará o Golf
nacional, a partir do segundo semestre do próximo ano no Paraná. É o modelo
atual, bem conhecido, pois à venda aqui, importado do México, construído sobre
a plataforma PQ 35, estrutura dos Golf das gerações V e VI – a atual é a sétima
do Golf. Dois motores 2.0 a escolher. Um, aspirado, cerca de 120 cv, para
carros de frota e serviços, e outro turbo, 16 válvulas, em torno de 200 cv para
quem gosta de segurança e alegria.
O modelo não será exatamente igual aos
encontráveis nos revendedores da marca. Sofrerá mudanças estéticas de meio do
ciclo industrial, sinalizando existência e convivência entre plataformas para
os próximos três ou quatro anos. Relativamente ao atual modelo mexicano haverá
uma implementação de conteúdo tecnológico e de confortos, atual caminho de
sobrevivência no caminho escuro e pantanoso de nosso atual mercado.
Razões
Como a Coluna antecipou há dois anos, pelo fato de a administração de Thomas Schmall à frente da VW do Brasil ter conseguido re inseri-la na estrutura de importância da marca, definiu-se igualar produtos e produção. Fazer uma Conexão Tecnológica, como resume Schmall. Ou seja, por um lado atualizar o país relativamente aos veículos da marca feitos em outros países. A outra face é cortar gradualmente as exceções peculiares ao nosso mercado.
Como a Coluna antecipou há dois anos, pelo fato de a administração de Thomas Schmall à frente da VW do Brasil ter conseguido re inseri-la na estrutura de importância da marca, definiu-se igualar produtos e produção. Fazer uma Conexão Tecnológica, como resume Schmall. Ou seja, por um lado atualizar o país relativamente aos veículos da marca feitos em outros países. A outra face é cortar gradualmente as exceções peculiares ao nosso mercado.
O Brasil é base importante para a marca
cumprir seu desiderato: ser líder mundial em produção e vendas.
Produzir o Jetta – o nome na Europa é o de
uma corrente de vento frio e forte - no Brasil mostra outro desdobramento
da postura de comunizar mundialmente os produtos, também consequência de outra
definição igualmente contada na Coluna: a Volkswagen quer aumentar
sua participação no mercado da América do Sul. Nele, brilha na Argentina e no
Brasil, porém nos restantes países, embora mercados pequenos, é apenas marca
adicional em meio à briga de foice com produtos de todo o mundo. Dividir a
produção com o México, de onde importamos o Jetta, significa polir as armas,
aumentar as facilidades para exportar aos países vizinhos a partir do Brasil.
Paris, Salão, novidades
Em medida de fazendeiro, o Salão do Automóvel em Paris ocupa dois
alqueires goianos, ou quatro destas medidas paulistas: 96.000 m2, espalhados em
nove pavilhões. Abre à imprensa dia 2 e ao público, ansiado em sonhático e
inalcançado milhão de visitantes, dia 4, para apresentar umas cem novidades
entre produtos novos, meias solas, propostas de tecnologia. Em mais um ano com
redução de vendas em quase todos os continentes claro ficará, crise só ocorre
para quem conta dinheiro e analisa sua capacidade de compra. Aos gravitantes em
círculo maior, os carros que lhes falam aos sentidos, por exemplo Ferrari, em
seu modelo 458 Speciale A, de aperto, aberto, conversível. Motor
V8, 605 cv, 540 Nm para o mais veloz spyder da marca, em 499
unidades pintadas em amarelo com faixa azul e branca.
Lamborghini volta após quarenta anos com modelo em quatro portas.
Mercedes performático, agora em nova marca AMG com o GT apresentado à imprensa
há 20 dias. Paris conhecerá seu preço de concorrente de Porsche 911. Coisa de
rico elegante, Bentley Mulsanne Speed.
No pacote de tecnologia, o Citroën Cactus Airflow 2L. A sigla numérica
indica o consumo à moda europeia, 2 litros por 100 km rodados. E Peugeot 208
HYbrid Air, com a mais factível e barata tecnologia híbrida, o ar comprimido.
Citroën e DS, sua nova marca Premium, exibindo o sedã Divine.
No pacote da razoabilidade, o Jaguar XE, um downgrading na
marca. O menor de seus produtos, competidor de BMW Serie 3 e Mercedes Classe C,
vem puxado pelo novo motor Ingenium, dois litros, quatro cilindros, 16
válvulas, injeção direta, versões com 163 e 180 cv. Passo de coragem, os
indianos da Tata, donos da marca, abandonaram os motores Ford Ecoboost e
criaram produto próprio. Interessante, usa a mesma base em alumínio para fazer
versões nos ciclos Otto e Diesel, enquadra-se com folga na legislação de
emissões, e crava 25 km/litro! Será importado para o Brasil. Participará do
segmento onde seus concorrentes registram os maiores números de venda.
Produtos tangentes ao nosso pequeno mercado de importados, o Mini cinco
portas, o Renault Espace, resgatando um de seus sucessos. Bem enfatizado, o
novo utilitário esportivo Volvo XC 90 decepciona. Cópia enjambrada do VW
Tiguan.
Roda-a-Roda
Xing Ling – Lifan, chinesa com montagem em Montevidéu, inicia internar seu
modelo 530, primeiro automóvel após assumir a antiga representação. Marca hoje
monta no vizinho país o utilitário esportivo X60 e o pequeno picape Foison.
Voyage – Foco do chinês é o cliente do Voyage. Dimensões assemelhadas,
motor 1,5 litro, 16 válvulas, comandos variáveis, boa potência – 103 cv a 6.000
rpm e torque adequado: 13,5 m.kgf entre 3500 e 4500 rpm. Promete bom conteúdo:
freios a disco nas 4 rodas em liga leve, ar condicionado, direção, vidros,
travas e retrovisores elétricos.
R$? – Revendedores apontam para valor tangente aos 40 mil. Deve ser
menos. Quatro dezenas de milhar é preço de Fiat Gran Siena com mais espaço e
motor.
Mercado – Fiat iniciou vender seu picape Strada no México, cabine simples
e dupla com três portas. Entretanto não os apresenta com sua marca e tipo
conhecido aqui e na América Latina, porém como Dodge RAM 750. Pega carona na
imagem das agora primas parrudas e impositivas.
Mico – Jornalistas presentes à pré apresentação do Mustang na
Califórnia, acharam alguma coisa especial no rugido do automóvel, tracionado
por motor L4, de 2,3 litros, Ecoboost (turbo) com versões de 163 e 180 cv.
171 – Procura, asculta dentro e fora do carro, os da revista Road
and Track, retiraram o fusível elétrico do sistema de som – e o barulho do
motor se foi. Não era som de coisa mecânica, como um automóvel, mas som
eletrônico. O nome do engodo é Active Noise Control. Versões mais
potentes o dispensam.
Universal – Um século depois de Henry Ford apelidar o Modelo T como Universal
Car, a Ford se ligou e quer fazer o mesmo com o Mustang. Desenvolveu-o mesclando
com presumidas exigências de diversos mercados, para deixar de ser ícone norte
americano e ser carro de atuação mundial.
Risco – Ministério da Justiça informa, Ford abriu chamada pública para
trocar cilindros de ignição, fechadura da porta do motorista e chaves dos Novos
Ka. Razão, súbito e involuntário desligamento do motor, colocando usuários da
via em perigo. Má notícia, o Ka inicia vender com defeito de fábrica. www.ford.com.br.
E, - Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do mesmo MJ comunica,
Harley-Davidson chama para troca do cilindro mestre do freio dos modelos Street
Glide, Ultra Limited, CVO Limited e CVO Breakout 2013 e 2014. Para
conferir, 0800
724 1188.
Referência – Chip Foose, personalizador de automóveis, esteve no
Brasil como Embaixador da 3M. Revista Car and Driver pediu e, em sete minutos,
produziu customização para VW Gol: rodões, frente rebaixada, faixa colorida
envolvente, a partir dos para lamas frontais, passando pelas maçanetas.
Futuro - Simpático, disse tais trabalhos no Brasil tem
qualidade e criatividade. Preocupado pela queda de interesse dos jovens por automóvel, a seu
ver causada em parte pela ausência de oficinas práticas na grade curricular,
criará prêmio para a melhor customização feita por jovens entre 16 e 20 anos.
Apoio –
Mahle Metal Leve e Finep, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,
aplicarão R$ 285M no aprimorar tecnologia para o desenvolvimento sustentável do
país. Bobeamos e ficamos para trás em tecnologia e custos.
Pé no Chão – Toyota se prepara a voltar à antiga sede, onde ficava a produção
dos jipes Bandeirantes, na Estrada do Piraporinha, São Bernardo do Campo, SP.
Empresa superou a fase de deslumbramento, errou separando escritório e
produção, e fará economia deixando alugado endereço nobre em S Paulo, voltando
para seu imóvel.
CalendAlfa – Victor, revendedora de peças Alfa na França, preparou calendário
com cromos italianos. Coisa elegante e bem produzida. P’ra barato
não serve: 25 Euros – uns R$ 80. Afim ? www.victorparts.com
Mercado – Brasvel, conhecida empresa em Belo Horizonte, importadora de veículos
novos e agente de antigos, amplia serviços: lanternagem, pintura e restauração
em geral, pagamento em quatro vezes por cartão de crédito. www.brasvel.com.br
Boa – Irmãos Rogério e Roberson Azambuja, colecionadores de peso em Passo
Fundo, RS, negociaram com Carlos Eduardo Tato Warlich, o
prédio do museu Anos Dourados, desmobilizado há anos na turística cidade de
Canela.
Mais um - Reabri-lo-ão com exposição inicial de 60 unidades – metade do
acervo fraterno. Os Azambuja tem a mais relevante coleção de nacionais. O Museu
do Automóvel, nome fantasia, mesclará o acervo com importados.
Continua – O Museu Anos Dourados, dito Museu do Tato,
continuará em São Francisco de Paula, a 70 km de Gramado/Canela. Juntos com a
coleção Hollywood Dreams, focada em automóveis norte americanos e motos
Harley-Davidson, formarão a maior densidade geográfica museu de automóveis/km2
no país. Tomara que o Estado do Rio Grande do Sul aproveite a ocasião e promova
roteiros e viagens turísticas para conhecer o acervo.
Retífica RN – Coluna passada falou da nova regra isentando
Imposto de Importação aos veículos híbridos. Projetou redução de preços em
Toyota Prius e Ford Fusion. Raciocínio não vale para este, mexicano, importado
por cota isenta do I.I.
Gente - Arnaud Charpentier, francês, amplas experiências na
Nissan em ações internacionais, nova experiência. OOOO Diretor de
Marketing. OOOO Momento delicado, a marca tropeça nas baixas vendas
do recém-lançado March. OOOO Ex ocupante do cargo, Murilo Moreno,
que tornou a marca conhecida, saiu para ano sabático. OOOO Dá um tempo
pessoal. OOOO Bertrand Blaise, francês, 49, pós graduado em
comunicação, novo diretor mundial de comunicação da PSA, holding de
Peugeot e Citroën.OOOO
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