Coluna1515 -10.Abril.2015
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Tríplice
Aliança em picape com três caras
Leitor da Coluna
sabe, foi aqui onde leu, com antecipação, dos planos e da definição da
Mercedes-Benz em fazer um picape para 1t na Argentina. Também foi aqui
informado da decisão da Renault em aproveitar a base do novo picape NP 300
Nissan, para fabricar um com sua marca no vizinho país. Internamente o picape
Renault é chamado Raptur.
Agora, da mistura de informações, a matriz da
Mercedes-Benz confirma: terá seu picape, e não será produzido solitariamente,
mas produto de Tríplice Aliança. Há século e meio acordo com tal título foi
costurado para unir Argentina, Brasil e Uruguai para varrer da competição sul
americana o então valente Paraguai. O acordo renasce agora com vezo comercial,
mas os inimigos são outros, os custos.
Alemã Daimler, controladora da marca Mercedes, francesa
Renault e sua associada japonesa Nissan ampliaram seus entendimentos de troca
de conhecimentos e meios, e cada marca terá um picape made in Argentina. Aos compradores pode parecer curiosidade
a Renault fazer um Mercedes ou um Nissan, mas purismo de fidelidade à marca é qualidade
ou defeito de consumidor. Para as marcas, todos os veículos são quase iguais, e
os métodos são capazes de padronizar as diferenças. No caso a base do picape
será do Nissan NP 300, sob seu desenvolvimento, e quase pronto. Assim, Mercedes
ou Renault não precisam investir em desenvolvimento. A Nissan não tem operação
industrial na Argentina, mas a Renault a tem na sexagerária planta de Santa
Isabel, em Córdoba, onde produzirá para as três marcas. Coisa rápida, 2016.
Elegante, chegou o Peugeot 2008
No
ano das novidades em crossovers, SAVs
e SUVs, chegou novo participante, o Peugeot 2008. Concorrente a ser
considerado, bem dotado em conteúdo, harmônico em preços.Baseia-se
no hatch 208, dele herdando os bons
acertos de suspensão, direção e freios.
A
morfologia, cruza entre hatch e monovolume,
gerou produto interessante, espaçoso, bem equipado, e a Peugeot focou em duas
versões bem completas em decoração e conteúdo, Allure, motor 1.6, flex, 122 cv, transmissão mecânica de cinco
velocidades, R$ 67.190, ou automática com quatro. A R$ 70.890. Versões
intermediárias e topo com a Griffe,
também flex 1.6, mas o THC, motor turbo produzido com a BMW, 173 cv a R$
79.590. Nesta a transmissão é mecânica de seis velocidades, sem opção
automática. (O câmbio com quatro
velocidades não suporta o torque do motor, e a carroceria não espaço para
admitir a transmissão com seis.)
Preços
e conteúdos bem definidos entre o 208 e os novos frequentadores do segmento,
recém lançados Honda HR-V e Jeep Renegade. A Peugeot foca no trato interno para
gabaritar o 2008 na nova postura da marca, identificar seus veículos como
elegantes e refinados. Versão básica mais complete do segmento: rodas em liga
leve, central multi midia com tela por toque em 7”, GPS, ar condicionado bi
zona, 4 air bags, ABS, trio elétrico, luz diurna de LEDs.
Na
versão Griffe com motor turbo há regulagem para melhorar a aderência em pisos
como lama e barro, facilitador para pequenas dificuldades em estradas não
pavimentadas.
Vendas
a partir de maio, e projetadas a 1.000 unidades mês, número contido ante o
pantagruelismo de Jeep e Honda, buscando mais de 4.000 u/m cada.
Com
o 2008 a Peugeot foge de identificá-lo com a falsa imagem de jipinho. É um veículo multi função,
espaçoso, andar de automóvel, 20 cm de altura livre, porém estável. Concede andar
em pisos ruins, mas sem vender a ilusão da capacidade de arrancar toco ou
rebocar caminhão Scania carregado, como sugerem outros com a mesma morfologia.
Renault
Espace. Paralelo ou substituto ?
Há três décadas o Renault Espace criou o segmento
dos monovolumes modernos – já andara por ele no pós Guerra com coisa parecida,
o Galion, mas destinado a cargas, entrega de lavanderias - neste nível. O novo
mesclava ampla área interna, conforto e rodagem automobilística – aqui foi
reproduzido pelo Comendatore Toni
Bianco sobre Ford Belina, no fim dos anos ’80.
Voltou agora em edição revista e melhorada, no
conceito de Crossover, outra mistura
entre espaço e rodar automobilístico. No caso, grande, e baixo em seus 4,85m de
comprimento, 1,68m de altura, 2,88m entre eixos, 660 litros no espaço de carga.
Vende a imagem de dinamismo e usou o conceito Citroën do para brisas amplo,
chamando-o Lumiére.
Demanda – ou crença do construtor – dos tempos
atuais, muitos itens de conforto eletrônico, com ênfase ao sistema Renault
Multi Sense, instalado num tablet em
tela de 8.7” no console central, de onde se controlam as diversas funções,
incluindo regulagem de direção, suspensão, motor e câmbio.Na Europa, motores a diesel e gasolina. Este, 1.6
turbo, 200 cv, e 26 kilos de torque, somados a transmissão com duas embreagens
e 7 velocidades.
Aqui
Chegará ao Brasil, pois incluído no plano de
produtos da empresa mostrado pela Coluna
há três semanas. Motorização incerta. A atual geração, incluindo o 1.6, está em
fim de linha, mas inexiste sinalização quanto a produzir nova geração com
injeção direta de combustível e turbo compressor.
Questão básica a flutuar é se o Espace será
produzido em paralelo ao Renault Duster, ou se o substituirá ?
Roda-a-Roda
Respiro – Marca famosa por
tecnologia, velocidade e performance, Lancia veio em descenso, parando em
modelo único, o pequeno e charmoso Ypsilon. Agora, no Salão de Nova York a FCA
apresentou o Lancia Delta HF Integrale.
Futuro – Apesar de
utilizar a plataforma Cusw - compact us
wide – do Alfa Giulietta, base ao Chrysler 200, o Integrale indica tração nas 4 rodas, e novo motor, V6, 2.5 litros,
295 cv, encolhido a partir do 3.6 Pentastar. Anúncio foi feito no 1º. de abril.
Tempo dirá se real ou brincadeira.
Futuro, 1 – Salão de Seul
mostrou o caminho de estilo a Kia na próxima geração. É o Novo Concept, desenvolvido em casa, na Coreia do Sul sobre sua
plataforma C. Proporções sugerem rendimento esportivo ao sedã de quatro portas.
Próxima geração de médios deve incorporar seus conceitos.
Idem – Caminho de
novidades no segmento dos sedãs com aura de cupê foi aberto pela VW no Salão de
Genebra, com o Sport Concept Coupé
GTE, em plataforma MQB, base de Golf e Polo. Parte dos conceitos estará no
Passat CC.
Topo –
Outro
concorrente ao Porsche 911 na faixa de performance x preço: além de Audi R8, AMG
GT, o novo McLaren 570S. Menor ao irmão 650S, tem motor V8 3,8 bi turbo e gera
570 cv, 60 quilos de torque, entre eixos traseiro, transmissão dupla embreagem,
7 velocidades. Carroceria e chassis em fibra de carbono, para uso diário. Faz 0
a 10 km/h em 3,2s, indo a 328 km/h como final.
Atualização – Nova série do
Mercedes Classe B. Reformulação na dianteira e no interior, mantém a
motorização 1.6 injeção direta, turbo, fazendo 156 cv, e foco bem ajustado de
ser carro de família, formulação e rótulo responsáveis pelas vendas de 380 mil
unidades desde o lançamento em 2005. No Brasil, mais de 10 mil. Três versões, a
partir de R$ 128.900.
Ocasião – Jeep escolheu
boa data para anunciar início vendas e retorno da marca ao Brasil. 4 de abril,
4/4, lembrando, seu Renegade tem opção 4x4.
Aumentos – Apesar do
mercado mostrar atrativos e descontos para desovar estoques, frear a produção
com férias antecipadas – e demissões – para harmonizar a boca do forno e o
tamanho do balcão, preços tendem a subir.
Inevitáveis – Estoques grandes permitiram conviver com inflação, mas o
aumento do dólar deve insuflar os preços, nos importados – já em ascensão-, e nos
nacionais. Nestes, muitos dos itens caros, como equipamentos eletrônicos ou
seus componentes, são importados, e terão influência nos aumentos.
Parou ? – Vendas da indústria automobilística marcaram os resultados
menos piores do ano. Primeiro trimestre foi 17% menor em relação a idêntico
período do ano passado. Pode significar o fim da queda, próxima ao patamar de
estabilidade, talvez a 20% inferior aos números de 2014.
Mais – Governo
Federal ainda não se preocupou com a queda nos negócios de automóveis fazendo
decair o valor das revendas. Tornaram-se extremamente atrativas a investidores
estrangeiros querendo montar redes de distribuição no país. Hoje há algumas,
com atrativo retorno de capital aos investidores.
Mais – A Sabó,
nacional de autopeças, a maior dentre as poucas sobreviventes da razia ocorrida
há duas décadas com a abertura da economia, vendeu sua divisão de borrachas à
italiana Reflex&Allen. Quer se
instalar no Brasil.
Incentivo – Campanha
desenvolvida pela agência Hava - Liberdade
para sua aventura -, tenta motivar usuários do SAV Aircross a sair da
frente do computador e ir aproveitar a vida.
Gente
–Mudanças na Honda, prestígio ao pessoal da
casa. Júlio Koga e Carlos Miyakuchi, vice presidentes nas fábricas de
automóveis e motocicletas. OOOO Alexandre
Cury, diretor da operação motocicletas. OOOO Marcos M Oliveira, número 1 para as revendas 4R, e Sérgio Bessa,
diretor comercial automóveis, agora diretor de Relações Públicas. OOOO Jorge Portugal, 49, argentino, engenheiro, vice presidente de vendas da
Volkswagen. OOOO Ocupava o mesmo
cargo na VW Argentina. OOOO Vitória e bom começo de gestão de David Powels,
novo presidente da empresa no Brasil, cobrando mais resultados ao defenestrado
ocupante anterior – que não se reportava a ele, mas à matriz. OOOO
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