A Agrale desenvolveu, em
parceria com a Itaipu Binacional, um miniônibus elétrico que passará a integrar
a frota do projeto-piloto Curitiba Ecolétrico. Desenvolvido a partir do chassi
Agrale MA 8.7 e carroceria Mascarello, o miniônibus será utilizado pela Guarda
Municipal e pela Secretaria de Turismo.
O chassi de
ônibus Agrale MA 8.7 Elétrico possui sistema de propulsão Siemens com dois
motores elétricos de 67 kW, caixa somadora (caixa de engrenagens que une a
força dos dois motores em uma única saída para o eixo cardan), dois inversores
de frequência para gerenciamento dos motores elétricos e cinco baterias 100%
recicláveis e com alta densidade energética (capacidade total de 105 kWh). Isso
garante autonomia de até 150 quilômetros, com tempo para carregamento de oito
horas.
Entre as
inovações e diferenciais, o chassi Agrale MA 8.7 Elétrico conta com sistema de
reaproveitamento de energia em frenagem (que transforma a energia cinética do
veículo em energia elétrica para recarregar as baterias). Possui ainda
motocompressor (compressor de ar movido por motor elétrico) para alimentar o
sistema de freios pneumáticos, que é gerenciado eletronicamente de forma a
preservar energia, e uma bomba hidráulica alimentada por motor elétrico para
acionar o sistema de direção. Toda a integração do sistema elétrico (direção,
freios e propulsão) é controlada por intermédio de uma EVCU (Eletronic Vehicle
Control Unit).
Apesar de não
ser incorporado à frota de transporte coletivo da capital, a utilização do
miniônibus no projeto trará insumos importantes para o desenvolvimento
tecnológico da plataforma, que tem como finalidade a interação entre os
diferentes modais e o compartilhamento de veículos, entre outros benefícios.
Desenvolvido em
parceria entre Itaipu Binacional e Prefeitura de Curitiba, o projeto Curitiba
Ecolétrico teve início no dia 5 de junho de 2014, Dia Mundial do Meio Ambiente,
e já conta com uma frota de 12 veículos elétricos e dez eletropostos,
conectados a um centro de monitoramento e controle. Em um ano de funcionamento,
o Ecolétrico poupou o céu da capital paranaense de receber quase seis toneladas
de dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento
global.
O número
equivale a 4.722 litros de gasolina, ou 29,5 barris de petróleo (considerando
160 litros de combustível para cada barril de petróleo). Neste período, a frota
percorreu 47.226 quilômetros, o suficiente para dar, com sobra, uma volta
inteira na Terra pela linha do Equador.
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