Os gaúchos Rogério Franz e
Mário Nardi venceram pela terceira vez o Rallye Internacional 1000 Milhas
Históricas Brasileiras, realizado na última semana (24 a 28/6). Na 4ª edição do
único rallye de carros antigos com a chancela da FIA - Federação Internacional
do Automóvel eles conduziram um Mercedes-Benz 280S 1969 e perderem apenas 188
pontos.
"Nosso rallye começou em Porto Alegre, pois
viemos rodando para participar da prova. Este ano foi mais tranquilo, porque
começamos liderando. Para isto, o Mário passou noites em claro calculando e o
resultado está aí, três vitórias em quatro participações", comentou o
engenheiro mecânico e piloto Rogério Franz. "Voltamos felizes para o Sul.
Pretendemos voltar em 2016 com outro carro, pois gostamos de variar",
assegura o navegador Mário Nardi. Na primeira edição do Rallye Internacional
1000 Milhas Históricas Brasileiras, em 2011, a dupla gaúcha venceu com Triumph
TR4 1962. A outra vitória foi em 2014, daquela vez conduzindo um Mercedes-Benz
350 SLC 1973.
Depois de percorrerem 1.788 km em cinco dias de
provas, passando por estradas históricas no interior de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais, a maioria dos carros chegou na tarde de domingo (28/6)
para receber a bandeirada de chegada no Shopping Iguatemi, na zona sul da
capital paulista. "Foi um rallye nota 1000. Não deu nada errado, pouca
gente quebrou, mas teve assistência. Agora vamos começar a trabalhar para o ano
que vem", avisa Eduardo Lambiasi, Diretor de Provas do MG Club, realizador
da competição.
Os veículos inscritos foram divididos em três
categorias, conforme o ano de fabricação. Na categoria Pós Guerra a vitória
ficou com a dupla de pai e filho Ricardo e Felipe Marujo, com Jaguar XK 150-S
1959, que também ficaram em sexto na classificação final, mesmo estreando em
rallyes.
"É muito gratificante você participar pela
primeira vez de um rallye desses e vencer. Eu participei pelo lazer, mas o meu
filho é muito competitivo. Este resultado é um estímulo para voltar no ano que
vem e também participar de outras provas", comemorou o médico e piloto
Ricardo Marujo.
Na categoria 1961 a 1970 os vitoriosos foram
Franz/Nardi, mas na reservada para os carros de 1971 a 1980 a glória ficou para
Antonio Chambel Filho e Ney Fonseca, com Mercedes -Benz 280S 1971. "Foi
uma surpresa para nós, não esperávamos ganhar, apesar de termos trabalhado
forte para isto. No meio da competição vimos que tínhamos chance e fomos
esmerando", contou Chambel Filho, acostumado a participar de corridas de
carros. "A confraternização e os momentos de descontração foram todos
maravilhosos. E o Marcedes-Benz se comportou como um tanque Panzer, é um carro
confiável e maravilhoso", elogiou o piloto.
A melhor dupla mista foi Leandro Pimenta e
Nefertiris Curi, com Fusca 1.300 1973, que ficaram em oitavo na classificação
Geral e terceiro na categoria 1971 a 1980. A melhor dupla estrangeira ficou na
16ª posição, formada pelos italianos Gastone Gonzato e Silvana Bianchini, que
estrearam com Porsche 911 SC 1980. Rose Salmon, a única mulher que estava
pilotando levou o seu Austin-Healey BT7 1960 ao quarto lugar na categoria Pós
Guerra e 29º na Geral. A dupla Maurício Marx/Carolina Vassilak, que começou
competindo com Romi-Isetta 250 1958 levou o prêmio ‘Espírito do Rallye’, pela
simpatia e esforço de continuar acompanhando a prova mesmo após a quebra do
veículo.
Os cinco primeiros na classificação Geral foram:
1) Rogério Franz/Mário Nardi, Mercedes-Benz 280S
1969, 188 pontos perdidos;
2) Fernando Stickel/Arthur Stickel, Mercedes-Benz
280 SL Pagoda 1970, 324;
3) Carlos (Goi) Cacciatore/Wagner Saccomani, Mini
Cooper S 1965, 481;
4) Christian Pons Casal de Rey/Mário Leitão,
Corvette Stingray 1963, 491;
5) Antonio Chambel Filho/Ney Fonseca,
Mercedes-Benz 280S 1971, 698.
Os cinco primeiros na categoria Pós Guerra foram:
1) Ricardo Marujo/Felipe Marujo, Jaguar XK 150-S
1959, 909 pontos perdidos;
2) Reinaldo Fantozzi/Thiago Almeida Prado,
Thunderbird 1957, 1.672;
3) Eduardo Azevedo/Cecília Azevedo, MGB Roadster
V8 1969, 5.243;
4) Rose Samon/Herve Salmon, Austin-Healey BT7
1960, 64.725;
5) Mário Andrade/Eileen Andrade, Jaguar XK 120
1960, 89.801.
Os cinco primeiros na categoria 1961 a 1970 foram:
1) Rogério Franz/Mário Nardi, Mercedes-Benz 280S
1969, 188 pontos perdidos;
2) Fernando Stickel/Arthur Stickel, Mercedes-Benz
280 SL Pagoda 1970, 324;
3) Carlos (Goi) Cacciatore/Wagner Saccomani, Mini
Cooper S 1965, 481;
4) Christian Pons Casal de Rey/Mário Leitão,
Corvette Stingray 1963, 491;
5) Marcelo Mantelli/Simone Bumbel, Volvo Amazon
122S 1967, 1.494.
Os cinco primeiros na categoria 1971 a 1980 foram:
1) Antonio Chambel Filho/Ney Fonseca, Mercedes
-Benz 280S 1971, 698 pontos
2) Paulo Martinelli/Paulo Martinelli Filho, BMW
2002 Tii 1973, 967;
3) Leandro Pimenta/Nefertiris Curi, VW Sedan 1.300
1973, 1.302;
4) Júlio D. Areia Filho/Letícia B. de Mello,
Mercedes-Benz 280 CE 1980, 1.330;
5) Cristiano Cittadino/Urbano Muffo, BMW 33 CS
1972, 1.444.
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