A Volkswagen avalia o novo plug-in híbrido Golf GTE em
condições tipicamente brasileiras. A iniciativa reforça o compromisso da
empresa em investir em tecnologias sustentáveis em todo o mundo. O modelo, que
foi apresentado no Salão de São Paulo de 2014, é a quinta opção de motorização
oferecida para o Golf no mundo, juntando-se às versões a gasolina, diesel, gás
natural comprimido e totalmente elétrico. Segundo a norma NEDC, o Golf GTE pode
rodar 100 km com 1,5 litros de combustível (66,66 km/l) e tem autonomia, em
modo totalmente elétrico, de até 50 quilômetros. A autonomia total chega a até
940 quilômetros.
GTI, GTD, GTE
A designação Golf GTE está alinhada com as siglas GTI e GTD – dois ícones
esportivos da linha Golf. Em 1976, o primeiro GTI gerou a expressão “hot hatch”
e, atualmente, é o compacto esportivo de maior sucesso em todo o mundo. O “I”
em seu nome refere-se à injeção eletrônica de combustível, enquanto o “D” em
GTD, apresentado pela primeira vez em 1982, remete à injeção de diesel. As duas
últimas versões desses dois modelos esportivos do Golf foram apresentadas em
2013.
O novo Golf GTE tem dois motores: um a combustão de 1,4l
TSI com 150 cv e um motor elétrico de 75 kW (102cv). Combinados, oferecem
potência de 150 kW (204 cv). Se o motor elétrico for a única fonte de força de
propulsão, o Golf GTE pode atingir velocidades de até 130 km/h.
Quando toda a potência do sistema é utilizada, o GTE vai
de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, atingindo velocidade máxima de 222 km/h. Ainda
mais significativo é o potencial de propulsão superior do Golf GTE, obtido
graças à combinação de um motor a combustão com um motor elétrico, que produz
torque máximo de 350 Nm (35,62 kgfm). Este valor coloca o GTE à frente de
outros modelos.
Apesar de sua potência e torque, o Golf GTE é um dos
carros mais eficientes do mundo em termos energéticos. O motorista que costuma
rodar principalmente em trechos curtos pode fazê-lo totalmente sem emissões,
usando apenas o modo elétrico. A bateria precisa de aproximadamente três horas
e meia para carregar completamente em uma tomada convencional.
Se a bateria for carregada em uma estação de recarga, o
tempo é reduzido para aproximadamente duas horas e meia. Graças às opções de
controle do Golf GTE, o motorista pode garantir que, mesmo ao percorrer longos
percursos, nas áreas urbanas apenas o motor elétrico seja utilizado.
A revolução do automóvel tem
nome – MQB
A variedade de produtos na linha Golf – TSI (incluindo o GTI), TDI (incluindo o
GTD), TGI (movido a gás natural comprimido), e-Golf e Golf GTE – é possível
graças à adoção da arquitetura modular transversal, conhecida pela sigla MQB. A
tecnologia de plataforma modular, utilizada pela primeira vez no atual Golf, a
partir de 2012, é considerada uma revolução na área automobilística.
Os engenheiros da Volkswagen criaram as bases para que um
modelo de grande produção, como o Golf, aceitasse todos os tipos de propulsão.
Isso explica como os modelos do Golf movidos a gasolina, diesel, gás natural,
eletricidade e híbrido podem ser produzidos de para-choque a para-choque nas
mesmas fábricas da Volkswagen. Assim que o desenvolvimento técnico possibilite,
o primeiro Golf com pilha a combustível (hidrogênio) passará a fazer parte da
linha.
Sistema plug-in híbrido do
Golf GTE
Conforme mencionado, o novo Golf GTE é movimentado por um motor turbo 1,4l TSI
BlueMotion Technology de 150 cv e um motor elétrico de 75 kW (102 cv).
Trabalhando em conjunto, os dois motores geram potência combinada de 204 cv. O
motor elétrico recebe energia de uma bateria de íons de lítio de alta voltagem
com arrefecimento líquido, que pode ser carregada por meio de um soquete
localizado atrás do logotipo VW na grade dianteira.
A bateria pesa 120 kg, aproximadamente 8% dos 1.524 kg
referentes ao peso líquido do carro. O GTE tem transmissão automática DSG de 6
marchas com função Tiptronic, desenvolvida especificamente para veículos
híbridos.
O sistema híbrido inclui ainda componentes eletrônicos de
força (que convertem a corrente contínua da bateria em corrente alternada para
movimentar o motor) e um carregador. Um servo-freio eletromecânico e um
compressor elétrico garantem a operação otimizada e energeticamente eficiente
dos freios e ar-condicionado, especialmente quando o GTE é utilizado no modo de
condição elétrico (“e-mode”).
Um carro elétrico ao toque de
botão
O Golf GTE pode ser utilizado em vários modos, que receberam nomes intuitivos.
O motorista pode, por exemplo, acionar um botão para entrar no “e-mode”, que
torna o Golf GTE um veículo totalmente livre de emissões. O condutor também
pode usar o botão para trocar para o modo “GTE”, que ativa o lado esportivo do
novo Golf.
Design e equipamentos
Exterior
A equipe do Chefe de Design da Volkswagen, Klaus Bischoff, criou um visual que
une a simbologia do GTI com a do GTE, criando assim uma identidade
inconfundível. Klaus Bischoff explica as diferenças: “A presença da
propulsão elétrica é expressada visualmente pela assinatura em “C” criada pelas
luzes de condução diurna do Golf GTE. Enquanto isso, todos os outros elementos
de design dianteiros remetem ao GTI.”
Nos pontos nos quais no GTI há a cor vermelha, no GTE é
utilizado a azul. “Uma barra transversal no radiador, entre os faróis, acentua
a esportividade dentro do contexto de mobilidade elétrica da Volkswagen”,
continua Bischoff.
Como o e-Golf, o Golf GTE com quatro portas é equipado
com faróis duplos de LEDs de série. As lanternas direcionais, luzes de
estacionamento e a luz de placa também utilizam tecnologia LED. Saias laterais
e um defletor na borda do teto criam paralelos adicionais com o GTI e GTD.
Interior
Como do lado de fora, o interior esportivo do Golf GTE revela uma clara relação
com seus dois outros companheiros da série GT. Apesar disso, como no exterior
do carro, os toques vermelhos do interior também foram convertidos para o azul.
Klaus Bischoff afirma: “A cor azul, característica da Volkswagen e-mobility,
cria contrastes atraentes nos bancos do carro, costuras decorativas e materiais
do design. Mais ainda, a iluminação ambiente azulada cria uma ligação visual
com o mundo da mobilidade elétrica”. As costuras decorativas azul-claro no
volante revestido de couro, nas bordas dos tapetes, bancos e na empunhadura do
câmbio combinam perfeitamente com as características exteriores do Golf GTE.
Instrumentos e mostradores
específicos
Touchscreen: Todos os modelos do Golf são equipados
com uma tela sensível ao toque (“touchscreen”). No caso do Golf GTE, esse
sistema Infotainment traz funções adicionais, como monitor de autonomia,
mostrador de fluxo de energia e estatísticas de emissão zero.
Monitor de autonomia: mostra a autonomia elétrica momentânea
do GTE, assim como a possível autonomia adicional em potencial através da
desativação de itens auxiliares que consomem eletricidade.
Mostrador de fluxo de
energia: apresenta
o fluxo de energia na aceleração (flechas azuis) e nas frenagens ou em
desaceleração (flechas verdes) como gráficos animados.
Medidor de energia: O medidor de energia suplementa o
conta-giros no lado esquerdo do painel de instrumentos, mostrando quanta
energia do sistema está sendo utilizada no momento ou a intensidade da
regeneração da bateria. O velocímetro foi mantido do lado direito. O mostrador
colorido que fica posicionado entre o medidor de energia e o velocímetro
(display multifuncional) também mostra permanentemente a autonomia com uso
apenas de eletricidade e o modo de operação utilizado no momento.
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