Adriano Medeiros testou na
última semana o Tatuus-Cosworth, carro da tradicional Fórmula 3 Britânica. O
treino aconteceu na pista de Bedford, na Inglaterra, a convite dos
organizadores da categoria, e o brasileiro destacou o caráter formador da
série, que revelou vários campeões mundiais de Fórmula 1, incluindo os
brasileiros Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, entre vários
outros que fizeram carreira na principal categoria do automobilismo mundial.
Medeiros, que já competiu em diversas categorias
na Grã-Bretanha, tem em seu currículo o título da Classic Formula Ford e
vitórias na NASCAR Euro Series, além de participações em provas de longa
duração. Coach respeitado na Inglaterra, Adriano competirá em 2017 no Britcar
Endurance Championship pilotando um BMW M3 formando dupla com Rob Hudson.
O teste no Bedford Autodrome aconteceu com pista
úmida, mas o brasileiro pôde sentir o potencial do Tatuus-Cosworth de 230
cavalos da categoria-escola britânica, vencida em 2016 pelo brasileiro Matheus
Leist.
"A primeira impressão é a de que o carro é
muito equilibrado. Ele responde bem e o nível de aderência é incrível. O piloto
pode realmente sentir a pressão aerodinâmica e a aceleração que o motor oferece
é incrível. É tudo o que um piloto pode esperar de um monoposto de alto
nível", disse.
Adriano referiu-se ao bólido como um equipamento
que testa os limites do piloto. "Imediatamente eu me senti em casa com o
carro. Ele traz bastante tecnologia, câmbio com paddle shift atrás do volante, e
toda engenharia de ponta está lá. A maneira como o carro responde, ele faz
exatamente o que você quer. A F3 é uma categoria que já faz os competidores
começarem a se acostumar com o downforce, e o desafio técnico que ele oferece vai
ao encontro de todas as expectativas", continuou.
Segundo ele, isso permite uma curva de aprendizado
mais íngreme, preparando os competidores para os desafios seguintes da carreira
para quem busca a Fórmula 1, por exemplo. "Tudo na F3 Britânica é guiado
para o aprendizado. É um carro incrível, em que o piloto é colocado sob demanda
em circuitos técnicos de baixa e alta velocidade. E na Inglaterra pode-se
viajar para a maioria das pistas economizando com a logística. Eu absolutamente
recomendaria para qualquer um", afirmou.
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