Coluna-0717 24.02.2017 - edita@rnasser.com.br
Novo
Nissan NP300 Frontier custará uns R$ 160 mil
Nissan
apresentará dia 15 seu picape mexicano NP300. Para o mercado brasileiro
acrescentará o indicativo Frontier.
Importação
antecipa o modelo a ser produzido a partir de maio de 2018 no espaço Nissan
dentro da fábrica da aliada Renault em Córdoba, Argentina. Projeto amplo,
divulgado em primeira mão mundial pela Coluna, terá base
mecânica e muitos componentes comuns, permitindo faze-lo com identificação para
três marcas, Nissan, Renault e Mercedes.
Configuração
mecânica tem como base chassi em longarinas com reforços transversais, motor
diesel reduzido em tamanho, peso e cilindrada, indo de 2,9 litros para 2,3
litros, entretanto mantendo as medidas de potência e torque do motor antigo,
respectivos 190 cv e 450 Nm. Nissan ainda vende os picapes da geração anterior
fabricados até o final de dezembro nas beiradas de Curitiba, Pr.
A primeira
fornada para 2017 disponibilizará apenas a versão topo de linha, XE, decoração
implementada, cabine dupla, tração nas 4 rodas, transmissão automática com sete
velocidades, rodas em liga leve, controle de estabilidade, freios com ABS e
EBD, diferencial de deslizamento limitado – hoje só encontrável nos Ford Ranger
–, trio elétrico, ar condicionado, câmera de ré, tela com várias funções
incluindo GPS. Picapes destinados ao Brasil sofrerão mudanças de suspensão e
direção aplicadas na linha de produção mexicana.
Nissan no Brasil se dedicou a
adequar o produto às exigências caracterizadoras do mercado nacional, seus
buracos, desnível nas ruas, tipo de condução do motorista e suas curiosas
exigências de fazer produto grosseiro e rústico, como são os picapes em geral,
oferecer noção de status social.
A partir
de julho de 2018, quando iniciar ser importada da Argentina a gama crescerá com
versões de menor preço, os carros de trabalho, SE de tração simples nas rodas
traseiras e XE nas 4 rodas, e caixa de marchas de operação mecânica e 6
velocidades.
Restante é
comum: suspensão frontal independente, e traseira com eixo rígido e feixes semi
elípticos de molas. Garantia? Até quando os 5 anos oferecidos para o Ranger
instigarão a Nissan a copiar? Ou manter os 3 anos para o mercado mexicano?
Quanto
custa ?
Pergunta
difícil pois não existe regra, parcela ou delta padrão a ser aplicado sobre o
preço de custo + impostos + transporte + lucros para atingir número final a ser
apresentado aos imaginados clientes. A regra definidora do preço final está
ligada a condicionamentos de mercado, e é apenas o valor máximo suportável pelo
comprador.
Um
exercício aritmético permite projetar a versão inicial, única e completa, a
tomar como referência o número 166,630. Ele considera o preço do mesmo produto
na Argentina, e o alvo comum na categoria, o picape Toyota Hi Lux em pacote
completo. No vizinho país o Nissan NP300 Frontier custará $ 744.000 pesos,
contra $ 840.000 pedidos pelo Toyota. Ou seja, aproximados 9% a menos. Reduzido
tal percentual dos R$ 184.000 de preço sugerido pela Toyota para o mercado
brasileiro chega-se à referência numérica.
Em março o novo Corolla
Em curto
prazo, durante o mês de março, Toyota apresentará versão atualizada do Corolla.
Mudanças contidas, de meio de ciclo, não passarão pela plataforma nem pelo
habitáculo ou motorização, mantida em motores de quatro cilindros, 1,8 e 2,0
litros de cilindrada, sem alteração de potência, 140/144 e 150/153 cv. Apenas
recalibrações nestes tempos de xerifia impondo melhor consumo e menores
emissões. Transmissão CVT com etéreas 7 velocidades.
Mudanças
externas contidas. Na dianteira a composição para lamas, grade e faróis será
alterada. Os faróis se alongarão rumo à Coluna A da carroceria. No painel
posterior trato assemelhado, com mudança das lanternas.
Internamente
aplicação de conquistas eletrônicas e de comunicação, a infodiversão. Não
haverá versão turbo com injeção direta, como o faz a Honda com o Civic Touring,
responsável por 15% das vendas e pelas filas de espera, apesar de impensável
concorrência com Mercedes, Audi, BMW e custar muito acima do VW Jetta, todos
com motores turbo e injeção direta.
Maior
mudança será incorporar o sistema de estabilidade e tração, de criticada
ausência. Fonte acreditada informou ter a Toyota acatado sugestão dos Wise Boys. Expressão antagônica, pois em
tradução livre o Wise é visto como Sabido, e o formar de conhecimento e
temperança os distancia da idade dos Boys.
Fórmula interessante a Toyota uniu informal e gracioso grupo de consultores, os
Wise Boys, meia dúzia de jornalistas
na melhor (?) idade e os instiga a opinar sobre temas de seu interesse. Solução
deu certo para passar a limpo e Etios e levá-lo ao patamar de vendas projetado.
No rol dos
jornalistas especializados são chamados Amigos
do Rei, alusão à amizade desenvolvida com Mark Hogan, então presidente da
GM no Brasil e hoje membro do Conselho na matriz Toyota, tendo sob suas funções
administrar a marca em ambiência tropical.
Roda-a-Roda
Sedã GT
– Quatro portas, quatro passageiros e performance
esportiva, é o novo Porsche Panamera 2018. Mudou quase tudo relativamente ao
modelo anterior, alterando formas para enfatizar a identificação de
performance.
Como – Motor
dita versões: 4S V6 2,9 turbo, 440 cv e Turbo V8,
4,0, 550 cv, dois turbos. Em performance, 4S faz 0 a 100 km/h em 4,3s, Turbo 3,6s.
Com chofer -
Opção de carroceria com extras 15 cm em distância entre eixos para mais
conforto aos passageiros do banco posterior. É a versão Executive. Os Panamera
segunda série tem câmbio automático de 8 M e tração total.
Quanto -
4S – R$ 758 mil; Turbo – R$ 981 mil. Carroceria
Executive R$ 50 mil.
No Salão de
Genebra, pós Carnaval, apresentará versão Station
Wagon.
Negócio – Entre
a GM negar vender, e a PSA - Peugeot Citroën declarar estar comprando, o IG
Metall, sindicato alemão dos metalúrgicos, o Conselho Empresarial da Opel e o
Grupo PSA, em reunião deram seguimento ao interesse da PSA em assumir a Opel e
sua controlada inglesa Vauxhall.
Mais um –
Land Rover terá 4o. produto em linha, entre Evoque e Range Rover
Sport, novo SUV será o Velar. Quer concorrer com Porsche Macan e ser o mais
vendido da linha como produto avant garde,
o LR mais avançado.
Ford – Ka
2018 criou referência no mercado. Não se identifica por mudanças estéticas, de
conteúdo ou mecânica, mas por simplórias e fugazes propostas de
comercialização, preço, juros, prazo.
Reflexo –
Preço a partir de R$ 41.490 e financiamento em 30x com juro dito 0% para versões
SE Plus e SEL. SE tem juro dito Zero em até 24x. Motores 1,0 três cilindros 85
cv, e 1,5, quatro cilindros, 16 válvulas, 110 cv. Até março.
Futuro –
Ausentes os atrativos para diferenciação, automóvel perdeu o charme como
produto, nega sua origem, e fabricante fomenta a noção de ser apenas bem sem personalidade,
mera commodity.
Boutique
– Vanguard Roadster, moto Premium, proposta do designer Edward
Jacobs, ex Confederate Motorcycles, fábrica de contadas unidades. Pacote
completo, de motor a chassis, com preocupação de função sobre forma.
Vai ? –
Racional – cinco parafusos juntam a mecânica formando a estrutura -, motor
próprio, V2, tubos, cabos, escapamento embutidos. Quase artesanal, preço
estimado em US$ 30 mil, uns R$ 100 mil. Deve ser nova categoria, a Moto
Boutique.
Mercado –
Após evoluir o modelo 700 GS transformando-o em 800 GS, BMW voltará a
produzi-lo. Muda e simplifica a 800 para ter a nova 700 como moto de entrada na
marca. Aguarda dar fim ao estoque remanescente.
Semi novos –
Peugeot mundial amplia sua atenção no mercado de usados, investindo na também
francesa autobiz SA. Empresa gere aquisições de clientes e revendedores, planos
de recompra garantida de Peugeots e Citroëns.
Negócio - Mercado
de usados supera o de novos 10x. Opera na Europa, mas deve permear à América
Latina, ponto de apoio ao crescimento mundial da marca.
Mito -
Filmete empolgante, Rendez-Vous, ou O Encontro, pelo diretor Claude
Lelouch, é passado na Paris dos anos ’60 com direito a câmera respondendo às
vibrações de um Ferrari conduzido com maestria, com direito aos urros do motor acelerando
até o ponto onde moça aguarda o intrépido condutor.
De novo –
Ford fez nova produção com o Mustang. Sem o som áspero do motor Ferrari, sem
cantar pneus apesar de andar rápido. Ao final, à chegada, é um rapaz quem
espera a condutora – daí o rodar mais contido. Está aqui: https://www.youtube.com/watch?v=tpPg95XUNGY
Amarrado –
Relatório anual de congestionamentos de trânsito no Brasil feito pela TonTon,
Rio de Janeiro lidera ao consumir entre 47 e 81% mais do tempo de deslocamento.
Na prática, 164 horas/ano parado no trânsito. Salvador, Recife, Fortaleza
seguem a capital carioca. São Paulo engole 30% de adicional de tempo, e
Brasília, sempre festejada pelo bom trânsito, aparece em 8º lugar.
Limpadores –
Para resolver um dos maiores problemas dos motoristas, ultrapassar caminhões
sob chuva, Semcon de tecnologia desenvolveu os PAW – Pro Active Wipers, limpadores pró ativos.
Solução - Reconhece quando ocorrerá borrifada
repentina acionando os limpadores com antecedência. Funciona com software localizando veículos grandes
nas proximidades e informações sobre rodovias molhadas.
Tecnologia –
Jurid, de freios, lança novo fluido para automóveis e veículos comerciais.
Novidade é a classificação DOT 5.1. Não usa líquidos higroscópicos, mas
silicone. Tem vantagens de suportar maior pressão de frenagem, durar mais, e de
não atacar borrachas, exigência de donos de veículos antigos.
Razão – Fluido
de freios é o responsável por levar a pressão exercida pelo motorista sobre o
pedal de freios ao elemento frenante, as lonas ou pastilhas. É fundamental ter
resistência a não ferver sob pressão.
Mudança
– Pé na Tábua, corrida de Calhambeques, adiada. Reacertos
na pista em Franca, SP, para reparos e incremento em segurança. Segundo
semestre, mantidas as provas para motos antigas, 15 a 18 junho, e Kombis 01 e
02 julho.
Amnésia
- Antigomobilismo no Brasil é assunto de
interesse apenas para seus muito apaixonados. Fabricantes não se preocupam com
suas histórias, tantas vezes cheias de glória no passado.
Lembrança - Última
semana o único jornalista brasileiro a lembrar dos 50 anos do veterano
Ford Galaxie (maior e mais luxuoso veículo nacional, jamais igualado em
conforto e charme) foi o alagoano Fábio Amorim, publicando matéria na Gazeta de
Alagoas e no seu portal www.acelerandoporaí.com.br
Estivesse em linha, Galaxie teria completado cinco décadas em 16 de fevereiro.
Gente – Edson Orikassa, engenheiro,
missão. OOOO Presidente da AEA – Associação Brasileira
de Engenharia Automotiva. OOOO Muito a discutir e defender: políticas
industriais, última fase do Inovar-Auto e possível renovação, manufatura
avançadas, a 4.0, Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias, Veículos e
Emissões. OOOO Hiroto Saikawa, japonês, executivo,
promovido. OOOO Novo CEO – o executivo nº 1 – da Nissan,
substitui Carlos Ghosn, agora presidente do Conselho. OOOO
Ghosn conduz Renault e agora a recém assumida Mitsubishi, e a Aliança
Renault-Nissan-Mitsubishi OOOO
Caminhões
e ônibus. Mercedes liderou em 2016
Mercedes encerrou as comemorações de seus 60
anos de Brasil com resultados de crescimento em cenário negativo, mantendo
liderança de vendas de caminhões e ônibus. Números são creditados aos produtos,
à rede concessionária, à empresa, mas principalmente ao entrosamento entre tais
agentes em torno de um rótulo feliz: As
estradas falam, a Mercedes-Benz ouve.
Roberto Leoncini, Vice Presidente de Marketing,
Vendas, Peças e Serviços, explica a liderança pelo fato de a empresa, apesar da
queda de vendas à metade, manteve novidades, aperfeiçoamentos e lançamentos,
produtos e serviços, cumprindo o ouvido de operadores e transportadores a
respeito de melhorias nos veículos. Empresa mantém crescimento. Em caminhões,
de 26,7% em 2015 para 29,6% em 2016. Nos ônibus acima de 8t, de 52,4% para
58,4%. No total foram 19.982 Mercedes entregues.
Produto de destaque foi o caminhão Actros de
aplicação rodoviária – há versão off road
– mais que dobrando os números de vendas. Considerado totais, para aplicação em
estrada e fora delas os números de crescimento chegaram a 75%.
Em números, 903
unidades ante as 504 vendidas em 2016, traduzindo crescente aprovação pelos
clientes. O Actros tem qualidades reconhecidas nas operações do agronegócio,
cargas frigorificadas, tanques de combustíveis e produtos químicos, transporte
de grãos, de containers e como caminhão cegonha. Característica importante para
a definição por sua escolha é a conformação mecânica mix road, com capacidade para opera vários tipos de estrada –
asfalto, terra ou qualquer outro tipo de pavimento, exigências do agronegócio
brasileiro.
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