As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo
Industrial de Manaus (PIM) registraram avanço no volume de produção no primeiro
bimestre. Em janeiro e fevereiro saíram destas empresas 164.938 unidades, alta
de 10,7% sobre o mesmo período do ano anterior (148.965). Os dados são da
ABRACICLO, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores,
Motonetas, Bicicletas e Similares. Com este resultado, a entidade reforça a
projeção de avanço de 5,9% do setor para o acumulado do presente ano. O desempenho
isolado de fevereiro também foi superior com 83.632 motocicletas fabricadas,
alta de 24,2% sobre o mesmo mês de 2017 (67.319 unidades). Na comparação com
janeiro (81.306 unidades) o aumento foi de 2,9%.
Na análise das vendas no atacado – para as
concessionárias – também houve alta nos dois primeiros meses do ano com 146.760
unidades, ficando 8,4% superior em relação a igual período de 2017 (135.446
unidades). Em fevereiro, o crescimento foi de 9,5%, com 74.793 motocicletas
ante as 68.310 unidades vendidas no mesmo mês de 2017. Na confrontação com
janeiro (71.967 unidades) o avanço foi de 3,9%.
Entre as categorias mais comercializadas nos primeiros
dois meses do ano, destaque para a Street, que aparece no topo do ranking com
51,5% de participação (75.555 unidades); em segundo lugar está a Trail, com
22,4% (32.876 unidades) e em terceiro a Motoneta, com 13,4% (19.703 unidades).
Já o Scooter ficou com a quarta posição (9.633 unidades), o que representa
participação de 6,6% em relação ao total. Em quinto lugar, aparece a Naked com
3.441 unidades, correspondendo a 2,3% do mercado. Já na análise referente ao
mês de fevereiro, Street teve 52,2% de participação, com 39.075 unidades,
seguida da Trail com 21,9% (16.407 unidades), Motoneta com 13,3% (9.972
unidades), Scooter com 6,6% (4.937 unidades) e Naked com 2% (1.532
unidades).
Confira a seguir as características básicas das
motocicletas de cada categoria:
Street– Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada
ao uso urbano.
Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada
destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não
pavimentado.
Motoneta – motociclo tipo underbone, pilotado
com o condutor na posição sentado, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada
e dotado de câmbio automático ou semiautomático.
Scooter – Motociclo pilotado com o condutor na
posição sentado e dotado de câmbio automático ou semiautomático, concebido para
privilegiar o conforto.
Naked – Motocicleta sem carenagem, com motor
propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em
terrenos pavimentados. Semelhante a uma motocicleta versão “sport”, sem a
carenagem.
Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada
destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.
Off Road – Motocicleta de qualquer cilindrada
destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.
Custom – Motocicleta caracterizada por sua
vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de
“estradeiras”, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.
Sport – Motocicletas de cilindradas médias ou
superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.
Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas,
provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50
centímetros cúbicos.
Touring – Motocicletas usualmente de alta
cilindrada concebidas para a utilização em turismo e viagens de grandes
distâncias.
Emplacamentos
Com base nos dados do Registro Nacional de Veículos
Automotores (Renavam), as vendas no varejo totalizaram 139.984 unidades no
primeiro bimestre do ano, o que demonstra aumento de 9,3% sobre as 128.091
motocicletas emplacadas no mesmo período de 2017. No desempenho isolado de
fevereiro também houve um crescimento de 4,1%: 62.991 unidades sobre as 60.495
licenciadas no mesmo mês do ano passado. No entanto, na comparação com janeiro
(76.993 unidades) houve recuo de 18,2%. “Esta diminuição de um mês para outro
foi sazonal, ocasionada em função do feriado prolongado de Carnaval e não afeta
a projeção de crescimento para o ano”, afirma Marcos Fermanian, presidente da
ABRACICLO. A redução está relacionada a quantidade menor de dias úteis de
fevereiro em relação a janeiro, ou seja, 18 e 22 dias, respectivamente.
As boas perspectivas estão baseadas principalmente no
desempenho das vendas diárias de motocicletas no mês de fevereiro que se
mantiveram estáveis em 3.500 unidades na comparação com janeiro, mesmo com
menos dias úteis. Já na confrontação com fevereiro do ano passado (3.361) houve
avanço de 4,1%.
Exportações
As exportações apresentaram crescimento expressivo no
primeiro bimestre. Em janeiro e fevereiro foram enviadas para outros países
15.300 motocicletas, o que representa alta de 35,3% sobre o mesmo período de
2017 (11.312 unidades). Os principais destinos foram Argentina e Estados
Unidos. Somente no mês de fevereiro foram embarcadas 6.866 motocicletas,
correspondendo ao recuo de 2% sobre o mesmo mês do ano passado (7.008 unidades)
e de 18,6% sobre janeiro (8.434 unidades)
Projeções
atualizadas
MOTOCICLETAS - PROJEÇÕES 2018
|
||||
2017
|
2018
|
Quantidade
|
Variação %
|
|
Produção
|
882.876
|
935.000
|
52.124
|
5,9
|
Atacado
|
814.573
|
850.000
|
35.427
|
4,3
|
Varejo
|
851.013
|
865.000
|
13.987
|
1,6
|
Exportação
|
81.789
|
85.000
|
3.211
|
3,9
|
Fonte: Abraciclo / Associados
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