Por Fernando Calmon
Cada vez mais pessoas estão gastando mais tempo no interior dos automóveis. Simultaneamente, crescem as despesas com seguros de saúde, cuidados físicos em academias, treinadores particulares e atividades de promoção do bem-estar fundamentais na vida moderna. Os fabricantes despertaram para o fato de que o ambiente interno dos carros e até caminhões faz parte desse sentimento positivo, que leva os motoristas não só a guiar com mais segurança, mas também se sentir relaxados e menos cansados ao fim de sua jornada diária ao volante.Esse conjunto de recursos, quando bem estudados e aplicados, forma o que se chama de segurança preventiva, uma iniciativa que passou a ser bastante desenvolvida nos últimos anos. Inclui programas de exercícios estudados para quem passa horas ao volante e precisa manter a boa forma para atender as demandas diárias em base sustentável.
Criou-se o termo conforto ativo que marcas, como a Mercedes-Benz, vêm cuidando com crescente interesse. Parceiro externo nessa missão, o professor doutor Dietrich Grönemeyer destaca: “Alguém que se sinta relaxado ao volante e disponha de tecnologias inovativas, tem grande chance de tomar decisões corretas em situações de risco. Estresse do motorista também responde por dores nas costas, um mal nacional em vários países, que atinge da mesma forma até os jovens.”
Bem-estar nos veículos é alcançado por meios passivos e ativos. Medidas de movimentação na espinha dorsal, por exemplo, indicam a tensão nas costas do motorista. Nesse caso, especial atenção deve ser dada aos ajustes do banco e até a sua forração. Um bom banco pode permitir, em pausa para descanso, aquela soneca reparadora de 20 minutos. Especialistas em sono confirmam a melhora substancial na concentração, no tempo de reação e no desempenho geral ao dirigir.
O conforto energizante, digamos, deriva de uma combinação de fatores. O habitáculo, por exemplo, deve prover espaço para pessoas de diferentes estaturas. Volante e banco precisam se adaptar a necessidades individuais. Boa suspensão e isolamento acústico do motor colocam ruídos e vibrações de fora. Ar-condicionado deixa o motorista de “cabeça fresca”, no bom sentido.
Em carros mais caros há outras soluções: controle por voz de interruptores e comandos; assistência para visão noturna; sistema de iluminação inteligente acompanha o volante em curvas, além de manter profundidade e intensidade variáveis do facho dos faróis; velocidade de cruzeiro adaptativa de forma automática; sensores de chuva, iluminação e estacionamento. Numerosas tarefas rotineiras, que antes só cabiam ao motorista lembrar ou comandar, agora são automáticas, como o sensor de saída de faixa de rolagem sem acionamento de sinalização que inclusive reconduz o carro à trajetória correta ao atuar no volante.
Sistemas de detecção de sonolência e advertência (vibratória, auditiva e visual) começam a cair de preço e já são de série até em carros menores. Olfato não foi esquecido, desde materiais de acabamento e forração, à fragrância do perfume de ambiente oferecida por marcas como a Citroën. Sem contar a incrível qualidade dos sistemas de áudio modernos.
PERFIL
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
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