Um decreto
complementar do programa Inovar Auto pode dar um novo impulso aos carros
híbridos e elétricos no Brasil. Publicado no Diário Oficial em 20 de maio, o
decreto inclui modelos de propulsão híbrida e elétrica nos cálculos de eficiência
energética a serem atingidos em 2017, prazo final para que os fabricantes e
importadores de automóveis se enquadrem nas metas estabelecidas pelo programa
do Governo Federal. "É um grande estímulo que pode se tornar ainda maior
se houver uma desoneração de impostos para os híbridos e elétricos",
comenta Marcel Visconde, presidente da Stuttgart Sportcar, importadora oficial
da Porsche no Brasil.
A Porsche oferece há alguns anos o Cayenne e o Panamera híbridos (propulsão por motores a gasolina e elétrico). Em setenbro, a marca lançará no Salão de Frankfurt o 918 Spyder, o primeiro superesportivo híbrido ser vendido ao público. Com potência total de 887 cv, o 918 Spyder poderá ter suas baterias carregadas na tomada (plug-in). Esta tecnologia é a mesma do recém-lançado Panamera E-Hybrid, capaz de percorrer 33 km/l graças à propulsão híbrida.
No Brasil, a Stuttgart Sportcar foi a primeira importadora a apresentar um
modelo híbrido vendido ao público - o Cayenne, uma das atrações do estande da
Porsche no Salão do Automóvel de 2010. Na sede da Stuttgart Sportcar, em São
Paulo, o Cayenne e o Panamera híbridos estão à disposição demonstração a
clientes. "Todos os que andaram nesses carros emitiram opiniões
favoráveis, mas a tecnologia híbrida tem preço maior que a convencional porque
ainda não há escala de produção suficiente para amortizar esse custo",
explica Visconde. Por essa razão, o Cayenne e o Panamera híbridos são vendidos
no País somente por encomenda.
O programa Inovar Auto foi estabelecido pelo Governo Federal em 2012. Um de seus propósitos é fazer com que, em 2017, todos os automóveis vendidos no Brasil tenham índices de emissões bastante inferiores aos atuais. Visconde acredita que seria extremamente produtivo iniciar um diálogo entre as marcas de automóveis que possuem modelos com tecnologia híbrida e os setores do Governo Federal ligados à indústria. "Várias marcas produzem veículos híbridos e elétricos no exterior, mas poucas os trazem para o Brasil. A criação de uma pauta de estímulo comercial, via desoneração de impostos, certamente incentivaria as vendas de híbridos, além de facilitar a transferência de tecnologia para uma futura produção desses carros no Brasil", finaliza Visconde.
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