A Fiat
Automóveis comemora 37 anos de operação no Brasil. A fábrica de Betim, Minas
Gerais, foi inaugurada no dia 9 de julho de 1976, três anos depois da
assinatura do Acordo de Comunhão de Interesses entre Fiat e Governo do Estado
de Minas Gerais, que reuniu o presidente e neto do fundador da empresa,
Giovanni Agnelli, e o governador Rondon Pacheco.
Desde sua
inauguração, a fábrica de Betim superou a produção de 13 milhões de automóveis
e comerciais leves, dos quais mais de 5 milhões são flexfuel. Entre os maiores
sucessos produzidos em Betim destacam-se o Uno, com mais de 3,9 milhões de
unidades, e o Palio, que supera a marca de 3 milhões de veículos.
A Fiat celebra a
data como líder do mercado brasileiro e continua a crescer e tornar-se cada vez
mais moderna, impulsionada por um plano de investimentos anunciado para o Grupo
Fiat Chrysler no Brasil que soma R$ 15 bilhões entre 2013 e 2016. As
prioridades da empresa são a ampliação da capacidade de produção, o
desenvolvimento de novos produtos, a inovação tecnológica e de processos, a fim
de permitir que a empresa continue a surpreender os consumidores brasileiros
com automóveis e comerciais leves de qualidade, seguros, confortáveis e
eficientes.
A fábrica de
Betim é a maior unidade de produção do Grupo Fiat Chrysler no mundo e continua
a ampliar sua capacidade de produção, através da expansão física e da adoção de
novas soluções tecnológicas e de processos, que a tornam cada vez mais moderna
e eficiente. A capacidade de produção será elevada das atuais 800 mil unidades
ao ano para 950 mil veículos ao final de 2014. Paralelamente, avançam as obras
da segunda fábrica de automóveis no Brasil, em Goiana, Pernambuco. Essa será a
mais moderna planta do Grupo Fiat Chrysler no mundo, reunindo as melhores
práticas de produção, organização, logística e as mais avançadas soluções
tecnológicas adotadas globalmente. A nova unidade, a ser concluída em 2014,
terá capacidade de produção de 250 mil veículos ao ano.
Os investimentos
em produtos, tecnologia e processos abrangem também as unidades de produção de
motores e transmissões. A divisão de Powertrain da Fiat Automóveis conta com
três fábricas em Betim, sendo duas de motores (Fire e Fire EVO) e uma de
transmissões. A Fiat também é abastecida pela planta de motores de Campo Largo,
Paraná, a mais moderna unidade produtora de motores midsize da América Latina. A
planta é responsável pela fabricação da família de propulsores E.torQ, nas
versões 1.6l 16v e 1.8l 16v, flex e a gasolina.
A inovação
permanente é a lógica que orienta os investimentos. O presidente da Fiat
Chrysler para a América Latina, Cledorvino Belini, observa: “A inovação está no
DNA da Fiat desde o seu nascimento há 37 anos, quando decidimos montar a
fábrica em Betim, contribuindo para descentralizar o desenvolvimento industrial
do País. Surpreendemos o mercado lançando o primeiro carro com motor transversal
do País, o Fiat 147, e daí por diante apresentamos inúmeras inovações, como o
primeiro veículo a álcool produzido em série, o Fiat 147, a primeira pick-up
derivada de um veículo de passeio, passando pelos primeiros veículo dotados de
motores turbo e airbags, o primeiro automóvel com motor 1.0 e, mais
recentemente, a adoção do diferencial locker em nossa linha Adventure.
Toda essa série de inovações depende de uma estrutura dedicada ao
desenvolvimento de novos produtos e processos.”
Para inovar sempre,
a empresa conta hoje com um grupo de mais de mil engenheiros dedicados ao
desenvolvimento de produtos – automóveis, motores e transmissões –, além de
estender estas atividades a toda sua cadeia de fornecedores. O sucesso dessa
estratégica resulta do investimento contínuo da Fiat no centro de
desenvolvimento de produtos denominado Polo de Desenvolvimento Giovanni
Agnelli, que conta com centros de computação para CAD/CAE, laboratórios de
engenharia experimental, centros para desenvolvimento de protótipos e o Centro
Estilo, que é o único da empresa fora da Europa.
Tal investimento
em engenharia e design está presente nos 16 modelos e mais de 200 versões que a
Fiat produz , para atender aos mercados do Brasil e de exportação. Essa ampla
gama de produtos e capacidade industrial fizeram da Fiat a empresa líder no
mercado brasileiro pelo décimo primeiro ano.
O espírito da
inovação também movimenta o time da Fiat na busca das melhores soluções para o
desafio representado pelo Inovar-Auto, o novo regime automotivo que estabelece
metas de eficiência energética que, para serem atingidas, envolvem a evolução
tecnológica de praticamente todos os sistema de um veículo – constituição e
desempenho do motor, redução do peso e do atrito, dentre outros aspectos.
Mineirização
A Fiat foi a
primeira fabricante de automóveis a instalar-se fora do cinturão industrial
paulista, inaugurando sua fábrica em Betim, em 1976. Nos primeiros anos de
operação, a empresa pagava o preço por esse pioneirismo. Cerca de 80% dos
fornecedores estavam localizados em São Paulo. A estimativa é de que cerca de
US$ 200 por carro eram consumidos só na logística dos componentes. Além da
questão do preço, a grande dispersão de fornecedores fazia com que qualquer
problema na entrega de uma peça ou componente afetasse o fluxo de produção dos
automóveis. O desafio era racionalizar a rede de fornecedores e melhorar a
logística.
Nos anos 1990,
foi implementada uma estratégia de atração de fornecedores para o entorno da
fábrica, em processo denominado de mineirização. A chave do sucesso desse
processo foi a mútua confiança de que um relacionamento mais estreito seria
proveitoso para ambos os lados. Os fornecedores precisavam produzir mais, para
viabilizar as unidades produtivas instaladas em Minas Gerais. E com os
fornecedores mais próximos, a Fiat podia produzir mais e com mais eficiência.
Com a instalação
dos fornecedores no entorno da fábrica, a Fiat ganhou agilidade e
competitividade, possibilitando tornar-se uma das mais eficientes empresas no
sistema de suprimentos just in time (JIT) e just in sequence (JIS), com ganhos
significativos com a redução dos estoques, liberação de áreas para a operação
industrial e menores custos com transporte, além de outros benefícios
logísticos. Combinada com investimentos para eliminação de gargalos e
implantação de ativos estratégicos, a capacidade produtiva no mesmo parque
industrial saltou de 500 carros por dia para os atuais 3,2 mil veículos
diários. A mesma planta produziu 190 mil veículos em 1990 e mais de 800 mil em 2012.
Atualmente,
cerca de 70% dos itens comprados pela Fiat proveem de fornecedores instalados
num raio de até 150 quilômetros da fábrica. Também a economia de Minas Gerais
ganhou com esse processo, pois as novas empresas instaladas no Estado diversificaram
o parque industrial mineiro, com maior geração de empregos e de tributos.
Sustentabilidade
Primeira fábrica
de automóveis do Brasil a conquistar a ISO 14001, a Fiat Automóveis completou
15 anos de certificação com números que sinalizam a consolidação da política de
gestão ambiental voltada para a prevenção de impactos e uso racional dos
recursos naturais. Desde 1994, a planta de Betim (MG) registra queda contínua
dos indicadores de geração de resíduos, consumo de água e de energia. No
período, para cada veículo produzido, o consumo de energia elétrica caiu 57%.
Já o consumo de água teve queda de 70%. A redução da geração de resíduos chegou
a 48%. Somente a reciclagem de papel e papelão, no período, foi equivalente à
preservação de mais de 1 milhão de árvores.
Nos últimos
cinco anos, os investimentos em gestão ambiental ultrapassaram R$ 30 milhões –
recursos que sinalizam a aposta da Fiat em tecnologias mais eficientes e
eficazes para prevenir e reduzir os impactos ambientais. Um exemplo é o
Complexo de Tratamento de Efluentes Líquidos, em atividade desde 2010 e um dos
mais modernos da América Latina, trazendo como diferencial os sistemas de
membrana (MBR) e de osmose reversa (OR). Com a instalação dos novos
equipamentos, o índice de recirculação de água elevou-se de 92% para 99%. Na
prática, significa a quase eliminação da captação da água potável da rede
pública para o uso industrial.
A decisão
estratégica de buscar a competitividade aliada à sustentabilidade tem conduzido
a Fiat a percorrer uma trajetória marcada pelo pioneirismo. Desde 2011, todos
os resíduos gerados são encaminhados para a reciclagem e o reaproveitamento. A
conquista desse índice é resultado do Aterro Zero – projeto que posicionou a
Fiat como a primeira fábrica de automóveis do País a conquistar essa meta. Os
materiais anteriormente enviados para os aterros licenciados foram alvo de
pesquisas e estudos, na busca por novas destinações.
A gestão de
resíduos também é oportunidade de inclusão social. Os materiais considerados
refugos da produção de veículos, tais como aparas de cinto de segurança, tecido
automotivo e pequenas peças descaracterizadas, passam para as mãos das pessoas
que integram a Cooperárvore, cooperativa do programa Árvore da Vida – Jardim
Teresópolis. Com criatividade, transformam-se em matéria-prima para a produção
de ecobags, bolsas, mochilas, pastas, nécessaires, carteiras, chaveiros, dentre
outros acessórios.
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