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Coluna 4113 09.10.2013
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1913, o sucesso do automóvel começa aqui.
Se há marcos importantes
na história de transformar o automóvel no principal ícone da história do Século
20, um deles é o desenvolvimento do conceito da linha de produção. O processo
supera dividir o processo em estações de trabalho, com operários, maquinário e
as peças dispostos ao lado de um caminho onde as partes são agregadas e se
transformam em veículos.Antes, com
esforços, movimento e tempos desperdiçados, com trabalhadores andando para
buscar peças e fixá-las, um Ford levava 12 horas para ficar pronto. Com o novo
conceito, inspirado na sequencia de atividades de um matadouro bovino para
separar carnes e ossos, o tempo reduziu-se – inicialmente a 90 minutos. Ao
final da produção do Modelo T, com uma fábrica central e montadoras pelo mundo,
reduziu o tempo a 24 segundos !
Mais
O ganho de
produtividade permitiu a Henry Ford, capitão da implantação dos procedimentos,
aumentar o salário dos funcionários, reduzir o preço do Modelo T, de 800 para
295 dólares, e deflagrar os conceitos de qualidade das peças, tempo,
produtividade, logística, liderar a produção, expandir-se mundialmente. Uma
curiosa consequência de varejo, para aprimoramento de qualidade, a Ford treinou
seus operários para usar paquímetros – uma espécie de régua enfeitada e de
grande precisão, capaz de aferir medidas de peças. E passou a produzi-los
vendendo-os preços baixos para melhorar a qualidade dos serviços de manutenção.Parece conceito
antigo, mas hoje a Ford se volta a ele e à produtividade. Unifica, em todo o
mundo, produtos e processos. Muito reduziu a variedade de plataformas, hoje 15
para todos os seus veículos em todo o mundo. Até 2017 quer apenas 9 e nisto
pretende ganhar 30% em produtividade.
Novo
Troller muda tudo: processo, carroceria, motor, mercado ....
“-
Vamos dar um salto: teremos as melhores carrocerias em fibra do mundo.”
A frase, de entusiasmado executivo da Ford,
refere-se aos trabalhos com o jipe Troller, marca assumida há cinco anos, para
mudar de regime de incentivos, deixando endereço na Bahia, onde tem sua maior
fábrica, para o Ceará, terra do Troller. Pensava-se, a produção se extinguiria
a produção junto com o encerrar dos atrativos pró industrialização. Mas os
planos em andamento, com mudança de nova fase e produto a ocorrer em janeiro de
2014, exibem mudança de planejamento.A Ford resolveu bancar a exceção mundial:
ampliou a fábrica; mudará o fazer adotando a injeção de fibra de vidro –
aplicado na moldagem da carroceria do Chevrolet Corvette -; ampliará a
capacidade industrial de 140 para 500 unidades/mês. O produto muda. A Ford
pediu a João Marcos Ramos, seu designer
chefe, estudo conceitual para medir interesse no Salão do Automóvel 2012. As
respostas foram positivas e o jipe-conceito sofreu poucas mudanças para ir à
produção, incluindo a curiosidade de criar espécie de DNA visual, ponte entre o
produto herdado e o novo de sua criação. Mantém-se a grade com barramento
horizontal e, em evidência, o emblema frontal.
Mecânica muda tudo. Abandona o chassi
original e o motor diesel MWM, adotando a estrutura mecânica do picape Ranger,
reduzindo a distância entre eixos, motor diesel 3.2 litros, 20 válvulas, 5
cilindros, 200 cv e aproximados 45 kgmf de torque, caixa de transmissão Aisin.
Para compatibilizar a usina de força com o pequeno peso do Troller, destacou um
de seus engenheiros com maior conhecimento e sensibilidade, Jorge Abdalla,
acertador do Focus geração 2, para deixá-lo ágil sem beirar o perigo.A mudança do processo industrial melhora
excepcionalmente a qualidade das partes em fibra de vidro, padroniza-as em
medidas e peso, acabando com as variáveis comuns ao processo semi artesanal da
fibra de vidro com mantas e aplicação de gel. O uso da mecânica Ranger abre o
leque comercial, permitindo exportar o veículo para a América Latina, mercado
inicial do picape feito na Argentina, pois de fácil manutenção pelo existir
revendedores, peças e mão de obra.
Roda-a-Roda
Melou – Juiz da Suprema Corte de Nova Yorque
condenou o contrato de exclusividade com a Nissan para o fornecimento de carros
elétricos pelos próximos 10 anos, revogando postura municipal que determinava
que a renovação da frota deveria ser feita exclusivamente por Nissans NV200.
Efeito – O negócio tinha dois focos:
para a Nissan lucro e divulgação institucional como exemplo para outras
cidades. Para NY, boa imagem às pretensões políticas de seu prefeito Michael
Bloomberg. Não é elétrico ou híbrido e custa quase US$ 30 mil, uns R$ 66 mil.
Periférico – Revendedores GM já vendem o
Tracker, pequeno utilitário esportivo da GM do México. Dizem concorrente do
líder do segmento, o Ford EcoSport. Não é com menor espaço interno, menor porta
malas, preço maior. Modelo anterior, argentino, motor 2.0, tração nas 4 rodas,
custava R$ 60 mil.
Para
Trás - Não há competição
entre os motores, 1.6 Sigma para o Eco e 1.8 para o Tracker. O do Ford é
moderníssimo, todo em alumínio, e o GM tem base na geração do Monza 2, circa 1982, com bloco em ferro.
Transmissões
- Iguais em números,
diferem em formulação. Automática de 6 velocidades no GM e mesma quantidade no
Ford, de sistema mecânico, duas embreagens. Consome menos energia, gasta menos.
Tracker sai de R$ 72.000.
Negócio – A fim de um bom automóvel por preço idem? Últimas unidades do
modelo atual do Renault Logan. Terá pequeno retoque estético.
Descobertura – Agrale de tratores sem
revendedor em Brasília, praça importante por insuspeitada atividade agrícola e
óbvio relevo institucional como Capital Federal. Interessado em comprar trator
ou peças deve ir a Goiânia, Go.
Pedágio – Uma das empresas
concessionárias de estradas paulistas, a OHL não cumpriu ¾ dos investimentos
contratuais, fez enorme distribuição de lucros, e foi-se. A ANTT, agência de
transportes terrestres considerou-a adimplente, permitindo a distribuição de
lucros.
E ? – Descumprimento tem punição
interessante – redução de dois centavos num dos pedágios mais caros do país.
Caminho – Petrobrás faz 60 anos; não
explicou a mágica besta de receber aplicações do Fundo de Garantia aos que nela
acreditaram, comprando ações caras que viraram mico; recebe nota desclassificatória
em avaliação mundial, mas gasta fortuna em publicidade, enfatizando a coragem
histórica de sua fundação. Sobre as gestões catastróficas que a desmoralizam
aqui e fora, nada.
Praticidade – Tintas Wanda, agora multi
AkzoNobel, criou linha prática para reparadores. Em vez das tintas preparadas
por máquinas misturadoras, voltou a oferece-las prontas. Poucas opções. Além da
praticidade da compra, permite diluição com até 30% de thinner PU, diz Sandro Lemos, executivo da empresa.
Foco – São as quatro cores mais
populares no mercado: Brancos Geada, Banchisa e 9004 e Preto Cadillac. Coisa
rápida para aplicação rápida e serviço rápido para demandas de pouca exigência.
Nicho – Para preencher o espaço nas
cilindradas entre 400 e 600 cm3, Honda fará em Manaus a série CB500, em três
versões: F, naked – pelada; R,
esportiva; e X, tipo On/Off Road. Quer vender 20 mil
unidades em 2014.
E, ... – Dois cilindros, 471 cm3 de
deslocamento, 50 cv, seis marchas, ABS nos freios a disco. É a linha divisória
entre as motos de meninos e as de homem. F
neste mês, R em novembro, X, abril. F a R$ 22.000. ABS mais R$ 1.500.
Goiânia – Único autódromo goiano ganhou
projeto da Confederação Brasileira de Automobilismo, a CBA: refazimento da
pista em asfalto adequado, nova torre de controle, estacionamentos, 22 novos
boxes. Previsão, R$ 27,3 milhões pelo governo do estado. Decisão soterra
proposta de transformá-lo em condomínio residencial, desejo de alguns
iluminados espíritos públicos.
Coerente – Asfalto antigo – recapagem
feita sem técnica há alguns anos e que durou meses – será removido no bom
circuito de 3.820 m. Há pressa eleitoral e querem reinaugurá-lo em abril de
2014 – e aproveitar a confusão em torno do Autódromo de Brasília, absorvendo as
provas.
Mão de
obra – A fim de melhorar sua condução, esportiva ou
como motorista superior ? A Mitsubishi Racing Experience oferece curso de
pilotagem intensiva em Lancer Evo R, coordenado pelo multi campeão Ingo
Hoffman, no circuito privado Velo Citá, em Mogi das Cruzes, SP. Aprovados podem
requerer carteira de piloto – ou apenas dirigir bem. Mais ? racingschool@mmcb.com.br
Data – Dia 4, 43º.
aniversário da primeira vitória de
Emerson Fittipaldi na Fórmula 1. Referencial, deu o campeonato póstumo a Jochen
Rindt, seu companheiro na equipe Lotus. Mais, arrombou a porta da categoria,
com 8 campeonatos mundiais por brasileiros: 2 Emerson; 3 Piquet e 3 Ayrton.
Resgate – Comemorando 40
anos do “Raid de Integração Nacional”,
périplo ligando todas as capitais com três automóveis – Corcel, Belina e
Maverick – o Museu de Caçapava, inicia o projeto de restaurar este último, hoje
em seu acervo. Quase novo quando doado ao Museu Roberto Lee, foi vilipendiado e
teve peças e acabamentos removidos, ficando em petição de miséria.
Começo – Foi pelo furto
que o Museu Nacional do Automóvel denunciou o fato ao Delegado de Polícia de
Caçapava e requereu auditoria de conteúdo à Secretaria de Cultura do Estado de
São Paulo. Não efetivada porque a herdeira do Museu resolveu sua
responsabilidade doando o resíduo do acervo, tombado pela Secretaria, à
Prefeitura de Caçapava.
Projeto – Quer ajudar doando peças, partes ou serviços
para recuperar o Maverick 6 cilindros ? Fale com o Marcelo Belatto, à
frente do Museu: www.museurobertolee.com.br.
Antes do Amarok, o Trakkbayan
Quem acha que a
experiência da Volkswagen no fazer picapes com motor dianteiro, suspensão
traseira com eixo rígido e feixes de molas na longitudinal começou com o bem
sucedido Amarok, não olhou a história. Há quatro décadas a empresa desenvolveu
um conceito o VW Transporter, o Typ, tipo, 200.
Tinha esta
morfologia e era carro para trabalho duro em mercados com pouca tecnologia.
Assim, chassis em aço, longarinas e travessas, suspensão traseira para
trabalho, dianteira por triângulos e barras longitudinais de torção. Motor
dianteiro, 1.500 cm3, boxer, transmissão frontal.
A carroceria não
era estampada, mas em chapa dobrada por simplórias máquinas, emendadas por
solda elétrica. Em resumo, fácil de fazer.
Construiu quatro
protótipos, testou-os mundo afora. Pelo Brasil dois, enfrentando os desafios da
época, a Belém-Brasília sem pavimentação e a Transamazônica em abertura.
Restaram duas unidades. Uma, em restrito museu da Volkswagen em Wolsburg,
Alemanha. Outra, no Museu Nacional do Automóvel, Brasília.
Melhorados, foram
à produção. Nas Filipinas, foi chamado Trakkbayan,
mais ou menos Carro do Campo, e
produção local pelo representante DMG.
Foi base para a
única evolução, o Hormiga, imagem de
trabalhador incansável, construído pela VW de México, bem melhorado, cabine
avançada, motor sob o banco dianteiro. Tanto nas Filipinas como no México
tiveram produção restrita.
Visto o Amarok,
definitivamente o passar do tempo muito melhorou o conceito.
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