Coluna
0415 - 23.01.2015 edita@rnasser.com.br
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Junho, 24, renascimento da Alfa Romeo
Alfa Romeo marcou esta data para renascimento, coincidindo com o
centésimo quinto aniversário da fundação da marca. Nela apresentará novo sedã 4
portas com tração traseira, base para nova e prolífica família – sedãs
compacto, médio, grande, savs – Sport Athletic Vehicle
-, e um esportivo. Nome indefinido, tratado como Projeto 952, referido
como Giulia, mítico artífice do crescimento da marca nos anos ’60. Vendas no
quarto trimestre – veja o quadro.
Nos últimos dias vazaram – ou foram vazadas – informações sobre motores:
três, dianteiros longitudinais. Mais popular, gasolina, 4 cilindros, 2,0 litros
de cilindrada, 16 válvulas, com abertura variada, injeção direta, e a novidade
do cabeçote MultiAir, mágica exclusiva da Fiat oferecendo mais potência com
menor consumo e emissões, turbo.
Será o trator chefe da empresa, tratado como Global Medium Engine,
com potências variando, de acordo com a aplicação, entre 180 a 330 cv – 180
cv para tal configuração mecânica parece pouco.
Outro quatro cilindros será diesel, possivelmente dentro do atual
coquetel de custos e tecnologia, utilizando o mesmo bloco e componentes
internos, cilindrada em 2,2 litros, gerando potência entre 130 e 220 cv. Alfa
colabora com a VM Motori, fábrica de motores diesel controlada pela Fiat, para
implementar o recente V6 de 3,0 litros de deslocamento, capaz de rendimento
mais esportivo. Os 275 cv originais já cresceram a 340 cv, - bela
potência específica para um diesel -, mas
tal cavalaria não tracionará
o Projeto 952, apenas lançamentos futuros, o sav e um sedã
grande, ambos com tração total, programados para 2016 e 2017.
No total, entre 2015 e 2018 Alfa terá 8 modelos – e sairá da faixa dos
sub compactos, onde hoje está com o MiTo.
Topo da gama, motor V6 3.0 desenvolvido pela Ferrari para seus
automóveis e Maserati, foi reformulado, com cilindrada reduzida a 2,9 litros,
mantidos os dois turbo alimentadores, produzindo 480 cv – 520 para a
versão GTA. Existirão, ainda, versões com maior potência e tração total.
O automóvel quer marcar o retorno da Alfa à competição de mercado, indo
das 73 mil unidades vendidas em 2013 para 400 mil pretendidas em 2018,
justificando a teimosia e o bate pé em continuar com a marca, enfrentar
propostas de aquisição pela Volkswagen, manter-se no mercado com dois hatches,
o MiTo e Giulietta, fazer muitas notícias e vendas artesanais com o esportivo
4C, e aplicar US$ 5B no renascimento.
Como tamanho, o 952/Giulia será pouco superior a BMW 3, Audi A3,
Mercedes C. Talvez assemelhado ao novo Jaguar XE – 4,6m de comprimento.
Brasil
Dos poucos mercados onde não está presente, a Alfa retornará.
Na Argentina mantém-se e lá tem encomendas para 7 unidades do 4C, o
esportivo que alimenta iniciativas de mídia.
Roda-a-Roda
Ainda – No grande pega pela liderança mundial de produção de
automóveis e comerciais leves, Toyota conseguiu manter a coroa vendendo –
incluindo a marca Daihatsu e os caminhões Hino -. 10.23M. Leve vantagem, circa 1%,
sobre a Volkswagen, em marcha batida e determinada em assumir a dianteira.
Sinal – Crescimento de 3% da Renault na Europa e Rússia é creditado aos
carros de menor preço, o pequeno SAV Captur e os Dacia Sandero e Duster.
Sucesso do Captur foi fator fundamental para a Renault decidir-se por
ampliar investimentos e incluí-lo no leque da próxima dupla de produtos
nacionais.
Como - Sobre o projeto, e como a operação brasileira é mono plataforma,
deve ser um exercício de tesoura de aço para recortar a base aplicada a
Logan/Sandero/Duster e montar a carroceria Captur em cima.
Finor – Inglesa Aston Martin quer aumentar negócios na parte Sul da
América Latina. Representante no Chile contará com dois distribuidores, um no
Uruguai, outro na Argentina – no Brasil a operação é de Sérgio Habib, o sócio
da chinesa JAC, e independe deste ajuste. Dada a pequenez – o mercado uruguaio
é numericamente reduzido e na Argentina é uma mão de obra para o governo
liberar dólares pagamentos externos - não terão estoque, mas vendas por
catálogo ou, no máximo, voo a Santiago, onde há pequeno número de modelos e
versões.
Fica – Geely reformulou a administração e mantém projeto no Brasil,
informa José Luiz Gandini, presidente. Desde novembro nomeou 16 concessionários
e quer fechar o ano como 55 lojas. Em 2015 intenta vender 5 mil unidades de sedã;
carro de entrada a R$ 29.900; e SUV a ser lançado.
Situação – Gandini, mais conhecido como importador da Kia, está vivamente
preocupado com o descenso do negócio. De 99.000 unidades importadas há quatro
anos, imagina retração do mercado da marca para 20.000 – 1/5 do volume – neste
exercício. Queda igual só valor de ação da Petrobrás...
Piorou – Incremento de 30% sobre o IPI em marcas sem operação industrial
no Brasil, e os recentes aumento no PIS/Pasep, do IOF aumentando as prestações
no financiamento, e dólar caro garroteiam as vendas e apagam empregos na rede
de distribuição.
Passou - Governo descartou ter os importados servindo como referência
comparativa aos nacionais em preço e conteúdo. Aumentou as barreiras contra a
importação, afastou o comparativo, fomentou a falta de competitividade. Conta
alta para a sociedade, nossa protegida indústria não é competitiva.
Gás – No pacote de maldades seguindo os ensinamentos de Nicolló
Machiavel – aplicar o mau de uma vez só pois a memória do povo é curta – com a
volta da CIDE e o aumento do PIS/Cofins sobre gasolina e diesel, pode fomentar
a procura pelo álcool, sem aumento.
Festa – Nissan do Brasil comemora produção de 20 mil unidades do March e
iniciou fabricar o Versa, sedã 4 portas montado sobre a mesma plataforma.
Muda – Sem atingir as metas de vendas na Europa - 11 mil exemplares
contra previsão de 20.000 -, Ford reformulará o EcoSport, um seus carros
mundiais. Principais mudanças, a supressão do estepe pendurado na porta
traseira, rearranjo interno nos plásticos de acabamento e ajustes de suspensão.
Mudanças internas deverão atingir o Eco feito na Bahia.
Mais – Terceiro ano de mercado, Hyundais HB20 ganharam uns toques,
detalhes para marcar ano/modelo, como aplicação de rádio AM/FM com Bluetooth,
central multi mídia touchscreen, tela de 7 “; GPS.
Convergência – FCA, a antiga Fiat, agora englobando a marca
Jeep, sem data para iniciar vender os Jeep Renegade, feitos na nova fábrica em
Goiana, Pe. Isto só pode ocorrer pós inauguração, ora dependente de disponibilidade
de agenda da Presidente da República, do Governador de Pernambuco, e de Sergio
Marchionne, CEO da FCA.
Pedra – Mercedes fixará a pedra fundamental de sua fábrica de automóveis
em Iracemápolis, SP, dia 5 de fevereiro. Será mero ato formal/institucional
pois já faz obra em esforço de transformar antiga plantação de cana em fábrica
de automóveis, e na pequena cidade alugou e opera galpão para receber, revisar
e distribuir os automóveis importados.
Utilidade – Terceira fábrica da Volkswagen, unidade em São José dos Pinhais,
Pr, comemora 16º. aniversário tendo produzido mais de 23M de unidades, e se
prepara à fabricação do Novo Golf. No processo, economia em iluminação, uso de
água e energia, solda a laser, tintas à base d’água.
Ajuste – Mudou a data de realização da Fetranspor, a feira profissional
de transporte. Seria 26 a 30 de outubro, será de 9 a 13 de novembro. Razão, não
coincidir com o Salão de Tóquio. Não é motivação turística, mas exigência do
calendário da OICA, a entidade mundial dos fabricantes de veículos.
Promoção – A fim de pneus ? Bridgestone faz promoção “Feirão
de Fábrica” para segmentos Ultra Alta Performance, Alta Performance e
Camionete. É pela internet e garante preços até 20% menores, com entrega no
revendedor da marca mais próximo. A fim ? www.compreeganhebridgestone.com.br
Conselho – Em texto na Folha de São Paulo, menino de 10 anos ensina a
poupar, como o fez por três anos para comprar um Fusca 1976. Vale para todos: 1-
sonhe com alguma coisa que você quer ter; 2 – comece a poupar – não importa o
valor; 3 – só gaste o valor poupado antes de realizar o sonho se for muito
necessário; 4 – não empreste o dinheiro a não ser para alguém de confiança; 5 –
continue poupando sempre.
Super – Acima da atual situação, entesourado, enfastiado com Ferrari,
Maserati, Porsche e outros, caros e comuns ? Papai Noel te ouviu: a
francesa Bugatti dispõe à venda de oito unidades de modelo Veyron
roadster - conversível.
Plano - Não é estoque de fim de linha. Os automóveis sequer foram
construídos – cada um leva uma semana -, mas apenas o atingir do total
estabelecido no plano-produto.Mais de sete dígitos em dólares x impostos e taxas nacionais.
Um Mercedes olhando por cima
Um caminhão Mercedes-Benz todo-terreno, o modelo Zetros, candidatou-se a
registro no livro de recordes Guiness. Atingiu 6.706m de altitude, quase
chegando ao vulcão Ojo del Salado, no deserto de Atacama, no Chile, superando
marcas anteriores de Jeep Wrangler, logo ultrapassado por Suzuki Samurai,
cravando 6.688m.
É primeiro recorde com um veículo grande como um caminhão. Tentativas
anteriores foram realizadas em bicicleta, motos e jipes.
A equipe alemã Extrem Events marcou conquista após 10 anos
de trabalho, de viver duas semanas por ano no pico, de subi-lo em moto e jipe,
de muita pesquisa para encontrar o melhor caminho, de montar equipe disposta,
incluindo um chileno especializado neste pico, um andinista. Afinal, para a
aventura-recorde ter um equipamento confiável é uma parte do sucesso, mas não
basta engatar a primeira reduzida, olhar para o céu e ir subindo. Há que se
preparar.
O caminhão Zetros é versão militarizada, produzido pela Mercedes-Benz
alemã é para serviços nas Forças Armadas, áreas de reflorestamento, construção
pesada e mineração. Oferece cuidadoso entendimento harmônico em sua mecânica
para as missões de extremo esforço, e passou por poucas modificações, como a
adição de dois tanques para óleo diesel e água, e a substituição das rodas por
modelo mais largo - simples no eixo traseiro -, e pneus Pirelli, radiais, com 8
lonas, especial para andar em pedras. Ao motor, 7,2 litros, turbo, produzindo
330 cv, não impuseram mudanças.
O êxito passou por combinar habilidade para vencer o terreno pedregoso e
irregular, a queda de oxigênio reduzindo a potência do motor e a vitalidade da
tripulação, também penalizada pelo frio - nos últimos lances os batedores
externos, com alavancas para arrancar pedras no piso, blocos de gelo, e abrir
espaços para o Zetros passar, tendo sempre em vista o índice máximo de
inclinação lateral para enfrentar capotamento. Enfrentaram entre 20 e 30 graus
negativos, situações que exigiram uma parada de aclimatação a 5.000m de
altura.
No total a expedição durou 26 dias, entre chegar à parte baixa, abrir
caminho para atingir o pico, equilibrar o desgaste energético e poupar o
caminhão para ter o equipamento confiável.
Ao final os danos foram nos pneus, com seguido rompimento das lonas
contra as pedras vulcânicas - alguns chegaram com apenas três lonas, cortando
as demais. O Zetros, sem problemas, consumiu 1,1 litro de diesel por
quilômetro. O trunfo mundial se incorpora ao slogan do modelo: "qualquer
trabalho, qualquer terreno, a qualquer momento".
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