O francês Eric Saul, criador do International Classic
Grand Prix, teve uma agenda intensa neste começo de semana. Organizador do
campeonato e também piloto, Saul aproveitou a passagem por São Paulo para
conversar com um grupo de jornalistas.
"Eu havia ouvido falar muito bem da pista de Goiânia e minha primeira
visita confirmou as expectativas. O autódromo é muito bonito e, do pouco que
pude avaliar, tem um traçado técnico, com curvas difíceis, ao mesmo tempo em
que é muito seguro", elogiou, após dar uma volta pela pista no carro
guiado por Roberto Boettcher, um dos grandes pilotos da história do
motociclismo nacional e hoje administrador do autódromo goianiense.
No dia
anterior, acompanhado por Bob Keller, promotor da etapa brasileira e igualmente
piloto do ICGP na categoria 250, Saul explicou aos jornalistas a dinâmica do
campeonato, enfatizando a competitividade e o sucesso das provas de motos
clássicas na Europa. "Esta será a primeira corrida do ICGP válida pelo
campeonato realizada fora da Europa", explicou. "E isso é muito
importante para a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) ratificar o
caráter de Campeonato Mundial da competição."
Em Goiânia, Saul correrá com sua Chevallier número 3, a mesma máquina que ele
pilotou nos campeonatos mundiais das categorias 250 e 350 nos anos de 1981 e
1982. Ele tem em seu currículo duas vitórias no Mundial (GPs da Itália-1981, na
categoria 250, e Áustria-1982, na 350), o quarto lugar no Mundial da 350 em
1982 e o título da disputadíssima Kawasaki 400 Cup (campeonato que revelou
vários talentos franceses) em 1975.
Desde 1999, Saul concilia as funções de
piloto e organizador de corridas. Fez o ICGP tornar-se referencial entre os
campeonatos de motos clássicas - e com espaço para crescer ainda mais. E mostrou
que seu talento continuava intacto ao conquistar três títulos do ICGP na
categoria 250, em 2007, 2008 e 2010.
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