Coluna 4316 -
21.10.2016 - edita@rnasser.com.br
|
Novidades
Alfa
No processo de relançar a marca com apresentação pontual e
de per si de produtos, ampliando leque de versões, preços e clientes, Alfa
Romeo aproveitou recém findo Salão de Paris para exibir novas versões. Estão
abaixo do Giulia Quadrifoglio e seu
poderoso motor V6, 2,9 litros e 510 cv de potência.
Novos brotos na centenária árvore são das famílias Veloce e Super. Nomes felizes, décadas de identificação de
produtos-ícones como a esportiva Giulietta, o ágil sedã Giulia 1600, agora aplicados
às versões de menores preço, performance e status. Imagem ajudará fazer
números de venda.
Motorizações previstas: novo L4 2,0 – evolução do árdego
1,75 do Alfa 4C – turbo, 16 válvulas, injeção direta e saudáveis 280 cv.
Parâmetro de tecnologia, produz 400 Nm de torque – como o fez o Dodge Dart com
motor 5,2 litros. E novo engenho diesel, 2,2, 210 cv e 470 Nm em torque. É diesel
e se destina aos admiradores do Sr. Rudolf Diesel. Ambos inteiramente em
alumínio, transmissão automática de 8 marchas, tração permanente nas 4 rodas
dita Q4.
ES fará esportivos
Nova fábrica de veículos leves, criada em São Bernardo do
Campo, SP, a D2DMotors registrou razão social, logo, e assinou compromissos com
o Governo do Espírito Santo e a Prefeitura de Jaguaré. Promete construir
unidade industrial próximo ano, e a partir de 2019 produzir na pequena cidade
ao norte do Estado – 160 km da capital Vitória.
Diz Eduardo Eberhardt, líder do projeto, é realização do
sonho de produzir veículo destinado ao lazer, com o que há
de mais novo em tecnologia, aliado ao estado da arte em design, com acabamento
primoroso, valor extremamente competitivo, aliado ao mais importante, o
desenvolvimento 100% nacional.
Informações discrepam entre projeto industrial para dois
veículos, um conversível e um utilitário esportivo, e o informe oficial de
investimentos, definidos em R$ 22 milhões em três fases para implantar a
unidade e atingir a produção de 300 unidades/mensais em capacidade máxima.
Valor parece insuficiente para desenvolver produtos –
afinal a empresa comprará de fornecedor externo base mecânica, a partir de
motor e transmissão e deve adequá-las aos prometidos veículos -, implantar
edifícios industriais, equipá-los para produção – e construir veículos.
Parte das dúvidas deve ser esclarecida durante o Salão do
Automóvel – novembro 10 a 20 -, onde Ebercon/D2D dizem estarão presentes,
possivelmente com protótipos e dados.
Empresa é de participações, tendo nascido como
desdobramento da atividade principal, a fabricação de auto peças pela familiar
Arteb, e atua nos segmentos imobiliário, alimentos, bebidas, beleza, e agora
automotivo.
Para o Espírito Santo, ocasião do Salão do Automóvel será
memorável: conseguirá, após várias promessas, incluindo marcas como Lada e
SsangYang, apresentar produtos automotivos de produção local, como os ônibus
Volare montados pela Marcopolo em São Mateus, e os projetos da D2DMotors.
No Salão Fiat irá aos
extremos
Novidades da montadora mineira fixar-se-ão nos extremos
de sua linha de produtos, o Mobi e o Toro. Para ambos, versões com novas
motorizações.
No menor aplicará o motor 1,0 com três cilindros, 6
válvulas, 72-77 cv e 110 Nm de torque, recém apresentado como equipamento do
Uno. Nova versão será distinta tecnologicamente, de maior preço, acima das hoje
existentes, movidas pela última geração dos motores Fire, mantidos nos demais
Mobi.
Caso e posição idênticos no Toro, inovando com motor 2,4
da família Tigershark. Configuração em alumínio, desenvolvimento comum com
Hyundai, a ainda exclusiva invenção Fiat, o cabeçote Multi Air, conjunto
produzindo 190 cv e 240 Nm de torque. Fruto de pesquisa junto a clientes,
demandando por esportividade, porém sem atração por motor diesel, não haverá versão
de trabalho, mas apenas em performance, para ocupar nova posição de mercado.
Nova versão estará entre as hoje existentes 1,8 Otto e 2,0 Diesel.
Transmissões mecânica de seis velocidades e automática, com nove.
Chery já vende QQ nacional
Primeira chinesa com produção no país Chery iniciou
vender seu segundo produto nacional, o pequeno QQ. Reúne apelos como a ótima
relação entre conteúdo e preços – com ar condicionado, direção hidráulica e
vidros laterais dianteiros com acionamento elétrico custa R$ 29.990; rodas
leves e outros confortos, R$ 31.990. Outros apelos, nota AA no índice de
economia oficial. Seu motor 1,0 de três cilindros, 12 válvulas pela austríaca
Acteco não brilha em performance: produz 69 cv, mas baixo peso auxilia o
rendimento. Outro argumento de vendas é integrar a relação Car Group, do Cesvi Brasil, dos carros com menor custo para
reparos, aliviando o bolso do consumidor e reduzindo custo de seguro.
Estilo atualizado, integrando frontal e grupo óptico com
o habitáculo, alguns excessos como as maçanetas das portas traseiras, e
problema típico dos hatches pequenos
– como acabar o produto.
Transmissão mecânica cinco velocidades, suspensão frontal
McPherson, traseira por eixo rígido.Fábrica não apresentou o produto, apenas comunicou.
Roda a Roda
Ocasião – Para agilizar participação no recém aberto
mercado do Irã, PSA formou joint venture com a SAIPA, para
importar, distribuir e produzir Citroëns adequados ao país.
Bússola – Porsche fechou números dos três primeiros
trimestres. Cresceu 3%: 178.314 veículos, liderados por 718 Boxster e Macan.
Maior mercado não é Europa ou EUA, mas China.
Fim – BMW suspenderá a produção do Mini Paceman ao
final do ano. Atraente e simpática como quase todos os carrinhos da marca,
versão nunca se encontrou – ou ao mercado.
P'ra frente - Ford adiou para 2018 opção de
transmissão automática no Troller. Frustrou revendedores, há tempos cobrando a
versão. Razão oficial: conter investimentos.
Negócio - Comerciantes veem como tiro no pé não
atender projetada e significativa massa de clientes. Promessa feita em 2013
garantia a opção em dois anos. Passados três, postergada para 2018. Troller
hoje vende 1/3 da capacidade industrial instalada, e o pequeno quantitativo
limita concessionários.
Mais – Após apresentar SUV Compass com motorização
diesel e tração total, Jeep lança versão com motor 4 cilindros, ciclo Otto,
2,0, 16 válvulas e dois variadores para as válvulas. Produz 159-166 cv, 19,9 –
20,5 m.kgf de torque.
Tudo – Exclusivamente em transmissão automática de 6
velocidades, suspensão Mc Pherson nas 4 rodas, confortos, refinamentos
internos, boa performance. Tudo para ser o mais vendido da marca, superando o
Renegade.
E ? – Preços x conteúdo bem distribuídos. Versão de
lançamento, Opening Edition, a R$ 109.490. Inicial Sport,
simplificada, R$ 99.990; Longitude, primeira a contar as aletas
para mudar marchas no volante; e Limited, a R$ 124.990.
Tapa – Nissan apresentou o novo March em
Paris, mas não deu esperanças de atualizar o modelo local. Aqui, sem novidades
insistirá na política de criar versões e edições especiais. Para o Salão do
Automóvel, a Midnight Edition, marcada por detalhes em preto contra
o vermelho da carroceria, para choques mais agressivo.
Frota – Localiza, maior rede de aluguel de
carros na América Latina, incluiu Jeeps Renegade em sua frota. Empresa abre
leque de opções, incorporando Chevrolet Cobalt, Nissan Versa, Volvo S60 e BMW
320i GT.
Novos tempos – Projeto VAMO, em Fortaleza para
compartilhamento de carros elétricos, ganhou mais duas estações. Disponibiliza
8 carros elétricos chineses, de aluguel. Quer chegar a 20 na próxima etapa.
Fácil – Negócio simples, interessado se cadastra e
marca data, hora, estação para recebimento. Tarifa inicial de R$ 20 para
primeiros 30 minutos. Após, de R$ 0,80 a R$ 0,40/minuto dependendo da extensão
da locação.
Negócio – Dana de autopeças aproveitou a conjuntura,
baixa liquidez, e a situação de seu fornecedor SIFCO, em recuperação judicial,
e fez oferta pela empresa. Juiz e credores satisfeitos, Dana assume e ampliará
capacidade de oferecer sofisticados produtos forjados.
Paridade – Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) em seu
projeto PLC 170/2015, pega carona na regulamentação dos carros antigos para
levar alguns conceitos aos antigos modificados, os hot rods.
Supressão – Antigos totalmente originais, reconhecidos
no Código de Trânsito Brasileiro como De Coleção, dispensam
uso de equipamentos tornados obrigatórios após sua produção. Parlamentar quer
rotular os Antigos Modificados como os com mais de 30 anos de
produção excluindo-os da obrigatoriedade de uso de encosto de cabeça, air
bags, controle de emissões poluentes e de ruídos.
Dubiedade – Pelo texto, em pouco tempo, tais
alterações atingirão veículos recentes, permitindo retirar equipamentos
originais de segurança. E se o conceito dos Hot Rods é
aumentar performance, itens de segurança devem ser implementados – e não
abduzidos.
Argentinices – Argentina tem três
colecionadores poderosos, do tipo maior fortuna do país, concorrer na Mille
Migla Storica, expor no encontro de Pebble Beach. Nível
superior ao do nosso antigomobilismo.
Racha - Última Autoclasica, há dias, em
Buenos Aires, mostrou um cisma: Goyo Pérez-Compenq, que se ausentara por
discordar de não premiação, voltou premiado. E os outros faltaram.
Jeitinho – Coincidência ou não, Daniel
Sielecki, o mais internacional dos colecionadores argentinos, mesmo ausente
levou um mimo: prêmio pela FIVA, a Federação internacional. Autoclasica foi
o único evento sul americano a constar da lista da Unesco no ano da preservação
histórica, e para comissão, seu Ferrari 195 Inter, s/n 181 EC, não restaurado,
merecia a distinção.
Mercedes E, o sedã mais
inteligente
Classe E Mercedes é referência
mundial, cunhada durante 10 gerações. Entre os Classe C e o topo Classe S, é o
sedã mais vendido da marca, visto como o mais rentável da linha. Melhorá-lo é
sempre desafio para equilibrar qualidade e conteúdo, sem arriscar a liderança.
Mercedes bem cumpriu a missão com
novo modelo, iniciando ser vendido no mercado brasileiro sob a denominação de E
250. Há em três versões, em mecânica comum, novo motor 2,0 litros, quatro
cilindros, injeção direta com 8 pulsos e 200 bar de pressão, gerando 211 cv de
potência e 350 Nm de torque a apenas 1.200 rpm – ou seja, grande
disponibilidade de força a partir da marcha lenta. Para melhor aproveitar a
característica de andar em baixas rotações, nova transmissão 9G Tronic, com
nove velocidades e menor tempo de mudança. Dinamicamente 6,9 s para ir a 100
km/h e corte de velocidade a 250 km/h.
Nova carroceria, maior 43 mm,
ampliado 65 mm em entre eixos, intensa aplicação de alumínio e aço ultra-ultra
resistente, reduziu 65 kg relativamente à geração anterior, e Mercedes fez
trabalho de mestre em aerodinâmica, trazendo a resistência a Cd 0,22. Linhas
mantém identificação de agilidade, com amplo capô e a solução por ela criada de
fazer o teto fluir mantendo aparência de cupê.
Grande ganho foi no conteúdo,
implementando prazer na condução. A tecnologia Intelligent Drive o
torna o degrau próximo da autonomia com novidadosa capacidade de acompanhar o
fluxo de trânsito entre 60 e 200 km/h, freando autonomamente quando necessário.
Outros ganhos tecnológicos estão no sensor de mudança de faixa e nos faróis
Multibeam LED, cada um com 84 lâmpadas LED, aumentando capacidade de iluminação
sem ofuscar motoristas em sentido contrário, de funcionamento digital.
Três versões: Exclusive
Launch Edition,R$ 325.900; Exclusive R$ 319.900; eAvantgarde, R$
309.900.
Nenhum comentário:
Postar um comentário