Coluna 0618 – 09.02.2018 -edita@rnasser.com.br |
Citroën
faz festa na Rétromobile
Festa maior do antigomobilismo francês, a
Rétromobile, fevereiro 7 a 11, na referencial Porte Versailles, Paris, reúne o
finor do colecionismo de automóveis antigos: venda de peças e acessórios para
as provectas máquinas, literatura nova e antiga, e marcante leilão tocado pela
Artcurial. É o maior evento francês na especialidade, e uma das referências
europeias no setor.
Citroën aproveitou a ocasião, levou
automóveis antigos para assinalar sua presença e, ante ocasião para festejos,
lançou garatéias ao espaço histórico: dois de seus produtos icônicos tem
comemoração neste ano. O mítico 2 CV marca 70 anos, e sua versão aventureira, o
Méhari, meio século. E iniciou preparar festejos para sua festa maior, o
centenário em 2019.
Coisa ampla,
empresa arrematou com novidade de poucos conhecida: um dos quatro remanescentes
do Projeto TPV – trés petite voiture -,
a origem do 2 CV de produção abortada pela II Guerra Mundial.
Em 1948, pós
Guerra em uma Europa devastada, a Citroën apresentou o 2 cv no Salão de Paris.
De aparente surpresa, o curioso veículo logo mostrou seu brilho: era prático,
com portas destacáveis, formas arredondadas, pequeno motor de dois cilindros,
dianteiro, caixa de marchas comandada por alavanca no painel. Um exemplo de
simplicidade genial. Por trás de sua criação, o engenheiro André Lefebvre – pai
de quatro veículos marcantes: o Traction,
no Brasil conhecido como 11 e errôneamente tratando-o como Ligeiro; seu genial
sucessor ID e depois DS; o 2 CV; o furgão H. Junto, o escultor Flamínio
Bertoni. Conseguiram criar veículos díspares, porém no pico máximo da
utilidade.
Era o carro ideal
para o pós Guerra, servindo ao agricultor para levar família e cargas; da
professora; do padre. Econômico, fácil de operar e manter, refrigerado a ar,
criou um mito, superando 5,1 milhões de unidades em 42 anos em fabricação –
1948-1990. Mereceu, até, produção independente na Argentina como 3 cv.
Em 1968, em meio
aos protestos de jovens por liberdade numa surpreendida Paris, Citroën
apresentou o Mehari. Era tão inovador em criatividade, materiais, uso e
proposta quanto o 2 cv. Não era substituto, porém versão com pretensões
esportivas. Carroceria em plástico ABS, como disse a Citroën em descrição muito
própria em adjetivos, dava-lhe aparência fresca, desinibida, despretensiosa,
rompia os parâmetros dos conversíveis da época. Pouco dinheiro para comprar e
usar, um jato d´água para lavar, e a característica ímpar de andar ‘a beira mar
sem sofrer oxidação. Sucesso popular.
Arte
Dada a sólida identificação dos automóveis com
gerações de franceses, Citroën encomendou duas obras de arte a Stéphane Gillot,
diretor de TV com hobby de reviver o imaginário em torno de objetos industriais
do passado, exibindo sua visão sobre o Méhari e o 2 CV. Citroën expôs também o
novo C3 Aircross e incentivou presença de clubes de marca.
Roda-a-Roda
Dupla aptidão – Porsche iniciou vender nova geração de seu
Panamera, dita Sport/Turismo: características esportivas em sedã. Três versões:
4E – Hybrid, R$ 529.000; Turbo, R$ 988.000; Turbo S E-Hybrid R$ 1.212.000.
Híbrido é substancialmente mais barato por não pagar imposto de importação.
Mais – Opção de bancos para dois ou três
passageiros atrás; carroceria longa em versão Executive; maior capacidade no
porta malas, tipo viagem familiar com espaço e performance.
Nova rodada – Segunda geração do sedã Honda
City implementou visual trocando para choques, grade frontal, grupo óptico para
marcar modelia e dar impressão de maior volume ao pequeno sedã.
Foco – Objetivo é mostrar-se mais equipado em
relação aos novos concorrentes no segmento, Fiat Cronos – a ser lançado dia 21
-, e VW Virtus entrando em vendas – e daí implementar conteúdo, e abrir leque
para cinco versões e preços.
Dentro – Ampliou equipamentos como trancas e vidros
elétricos, ar condicionado, direção também elétrica, ar condicionado digital
para as versões superiores, e quatro bolsas de ar frontais. Motorização padrão,
quatro cilindros, 1,5 litro, flex, até 116 cv. Transmissões mecânica ou CVT de
cinco velocidades.
Quanto – DX, transmissão manual: R$
60.900,00; Personal, para clientes com necessidades especiais, CVT:
R$ 68.700,00; LX - CVT: R$ 72.500,00; EX - CVT: R$
77.900,00; EXL - CVT: R$ 83.400,00.
4x4, Auto – Para tornar o EcoSport mais competitivo
Ford formulou versão Storm com solução exclusiva em sua faixa de preço: tração
quatro rodas auto aplicável e transmissão automática com seis velocidades.
Motor 2,0 Duratec, 176 cv, mais potente na cilindrada. Suspensão independente
nas 4 rodas.
Mais – Atenção para cuidados na decoração, grade
frontal identificativa, embora com aspecto camional, e trato interno com couro,
revestimento do painel macio ao toque, frisos acetinados, laranja. Preço
competitivo: R$ 99.900.
Trilha – Na Europa nova versão do Ka, aqui apresentada como
Freestyle – nome de série especial do EcoSport, transformada em versão -, será
chamada Ka+ Active. Será versão mundial, aqui em junho.
Logística – Fiat adiou e depois mudou local de
apresentação do novo sedã Cronos, trazendo-o de Córdoba, Argentina, para a
Barra da Tijuca, RJ. Descomplicou. Malha aérea para levar passageiro de fora de
S Paulo à cidade argentina exige passar por Guarulhos, SP, e Santiago, no
Chile. Dias 21 e 22.
Questão – O Cronos será feito em Córdoba, mas tem
engenharia brasileira liderada por Claudio Demaria, o número 1 da área a partir
de Betim, MG, e o Brasil será seu maior comprador, absorvendo metade da
produção.
Projeto - Cristiano Rattazzi, sempre no. 1 da Fiat
Argentina, grandes planos: exportar ao México parte dos 50% sobrantes. Sem o
nome Fiat, mas Dodge. Segue o caminho do picape Strada, exportado como RAM 750.
Enfim – Volkswagen acertou data
de apresentação de seu picape Amarok com a novidade do motor V6, 3,0, diesel:
23 de março.
Números – Abeifa, associação dos importadores de
veículos, exibiu 2.422 unidades licenciadas em janeiro. Na dança das
estatísticas, crescimento de 24,5% relativamente aos números do primeiro mês de
2017. Parece bom, porém menor 27,1% ante os números de dezembro. Setor mantém o
otimismo da venda de 40.000 unidades durante este exercício.
Espelho – Veículos importados deveriam cumprir função
institucional de balizar o mercado ao permitir comparação entre produtos
estrangeiros e os nacionais. Mas isto não ocorre. Os importados custam mais
caro se comparados com nacionais do mesmo porte, e assim mercado se restringe
aos publicitariamente chamados Premium, os melhor equipados e mais caros.
… - Considerando as marcas sem operação local, trazidas
por representantes, sua presença no mercado é pífia: 1,3%.
Surpresa – Curando as feridas causadas pela retração de
mercado – que falta de saudade da Presidenta e seu governo
desgovernado -, Mitsubishi surpreendeu-se com premiação. Do sítio
Reclame Aqui ganhou a láurea RA 1000, como empresa de mais rápido atendimento
para sanar reclamações de clientes. É a primeira fabricante de veículos a
receber a láurea.
A Sério – GM quadruplicou sua fábrica de motores em
Joinville, SC. Passou de 15 mil para 61,8 mil m2 de área coberta, ampliando
capacidade produtiva de 120 mil para 420 mil motores.
Razão - Catarinenses agradecem novos empregos aos
sindicatos do Vale do Paraíba, SP, onde movimentos grevistas convenceram a GM a
buscar operação distante, porém sem maiores sustos.
Costumes – Decisão histórica
da Arábia Saudita permitindo a mulheres dirigir, abriu novo mercado mundial.
Nissan inaugurou temporada de conquistas com vídeo no qual incentivam mulheres
a experimentar condução instruídas por parentes. O vídeo pode ser encontrado no
link My.Nissan/She-Drives.
Ecologia – No Distrito Federal, dentro de um ano, os
lava-jato não poderão utilizar água na limpeza dos veículos, apenas produtos
ecológicos. Medida é a Lei Distrital 6,089/18, já contando prazo.
No Girls – Moças bonitas posando junto a carros de
Fórmula 1 serão referências do passado. Liberty Media, atual controladora dos
direitos da categoria, buscando meios de atrair maior atenção às provas, mudou
o sistema.
But Kids – Em seu lugar, jovens pilotos de fórmulas inferiores
e karts. Justificativa, divulgar o automobilismo e festejar os melhores pilotos
– na cadeia aspiracional ‘a Fórmula 1, pico do automobilismo de competição.
Pode ser boa solução institucional, mas na plasticamente
…
Gente
– Charles Marzanasco, jornalista, 25 anos na assessoria de imprensa
da Audi, detentor da cultura da marca no Brasil, saiu. OOOO Tim
Kunisis, 51, executivo, novo presidente das marcas Maserati e Alfa Romeo. OOOO FCA
entende completo o projeto básico de refundação das marcas com novos produtos. OOOO Enfatizará vendas nos EUA e
produção SUVs, como o Maserati Levante e o Alfa Stelvio. OOOO
Renault
investe na produção de motores
Crescimento sustentado no mercado brasileiro e
América do Sul levaram Renault a investir R$ 750 milhões em duas fábricas
dentro de sua área industrial em São José dos Pinhais, Pr. A Curitiba Injeção
de Alumínio, mobilizou duas mil pessoas em equipes em 11 países, aplicou R$ 350
milhões, recebeu equipamentos e tecnologia para incrementar a produção de
blocos, por injeção de alta pressão, e baixa pressão para fabricar cabeçotes
SCe do motor 1,6.
O êxito no emprego dos motores 1,0 SCe e 1,6 SCe,
caracterizados por baixo consumo de combustível, e ótimo torque em baixas
rotações, sua perfeita adequação à variada linha de produtos justifica a
aplicação de R$ 400 milhões na Curitiba Motores, CMO.
Renault tem planos de maior penetração nos mercados
nacional e nos vizinhos da América Latina, e dispor de capacidade industrial é
fator preponderante. A CMO já produziu 3,5M de motores, exportando 1,4M. A
unidade industrial contempla novas linhas de usinagem para motores, e
virabrequim em aço para os motores 1,6 SCe feitos em casa, e cabeçotes
produzidos na vizinha CIA. Na grande equipe montada mundialmente chama atenção
a participação dos técnicos e engenheiros da Renault Sport, cedendo tecnologia
ESM – Energy Smart Management -, e a bomba de óleo com vazão variável para
reduzir consumo, tecnologias absorvidas de sua equipe de Fórmula 1.
Luiz Pedrucci, presidente após larga carreira na
empresa, crê na disponibilidade das novas capacidades para aumentar a
competitividade e aumentar o índice de produção local. Olivier Murguet,
presidente da Renault América Latina, vê o investimento como incontestável
prova da crença no país, sua recuperação econômica, e a importância estratégica
para crescer vendas na América Latina.
Renault fará inauguração formal das novas unidades
dia 06 de março.
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