Coluna 0918 – 02.03.2018 edita@rnasser.com.br
Amarok V6: mais potência, mais freios, mais clientes.
Volkswagen lançou comercialmente versão com motor V6 de seu picape Amarok. 3,0 litros de deslocamento, 225 cv e 550 Nm em torque – 56,1 kgmf pela medida antiga e mais conhecida. Se a anterior, mantida em linha, L4, 2,0 e 180 cv oferecia bom comportamento dinâmico, expandir o motor em 50% abre distância, e a união de características aproximam-no dos automóveis, distanciando dos caminhões. Para acelerar, 0 a 100 km/h em 8s – medida de automóvel de respeito; para frear, idem, em freios a disco nas 4 rodas, com exclusivo ABS off road.
Volkswagen lançou comercialmente versão com motor V6 de seu picape Amarok. 3,0 litros de deslocamento, 225 cv e 550 Nm em torque – 56,1 kgmf pela medida antiga e mais conhecida. Se a anterior, mantida em linha, L4, 2,0 e 180 cv oferecia bom comportamento dinâmico, expandir o motor em 50% abre distância, e a união de características aproximam-no dos automóveis, distanciando dos caminhões. Para acelerar, 0 a 100 km/h em 8s – medida de automóvel de respeito; para frear, idem, em freios a disco nas 4 rodas, com exclusivo ABS off road.
Tração total automática, transmissão hidráulica com
8 velocidades. O sistema de direção, mais preciso, adequa-se ao conjunto de
performance.
Não é para arrancar toco; levar mudas de café às
beiradas das matas ciliares no Espirito Santo; carregar transformador para
reparar linha de transmissão elétrica nas grimpas de algum morro; ou trabalhar
em garimpo. Não há impedimento mecânico, mas o há pela configuração e preço: a
versão V6 é apenas encontrada padrão elevado de decoração e conteúdo, bancos
com regulagem elétrica, revestidos em couro, o sistema de infodivertimento mais
completo do segmento, liderado por tela com 16 cm, câmera de ré, traçam seu
destino. Não é para peão, mas para fazendeiro ou seu herdeiro agroboy. Este,
alias, deve ser o maior usuário de outra habilidade do Amarok: ao premer um
botão muda-se a pressão dos turbo compressores, obtendo-se 10 % adicional em
potência. Dura apenas 10s, bastante para superar dificuldades imprevistas.
Sistema foi pioneiramente aplicado nos picapes Mitsubishi L200 feitos no Brasil,
e Fiats com motor 1,4 turbo, mas faz a maior presença.
Motor apresenta características modernas, com
injeção direta de diesel sob elevada pressão e turbos com geometria variável.
Nele, comandos acionados por corrente, afastando o pesadelo das quebras das
correias dentadas nos motores L4.
É produto curioso, desafiando a lei da
obsolescência do estilo, segundo a qual veículos devem mudar de carroceria a
cada 8 anos. O Amarok tem mais e apenas passou por sutil mudança estética. A
versão V6 não motivou alterações, e mesmo assim o picape VW levou, pela segunda
vez, e com exclusividade, o IPUA 2018 – prêmio de picape internacional do ano. Fundiu a cuca dos formuladores de
produto dos concorrentes, em especial os líderes de mercado neste segmento
médio, Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger.
Empresa fez pré série com 450 unidades vendidas num
dia, acertando em formulação e preço – R$ 185 mil, considerado excepcional se
comparado com líder no mesmo padrão de decoração: Toyota HiLux a R$ 192 mil.
O argumento de ter força, rapidez e velocidade; aparato
eletrônico de segurança, incluindo freios para descidas; volume de equipamentos
e acessórios; excelentes bancos dianteiros, deve ser ouvido pelos interessados.
Do Amarok 7 versões, incluindo chassis, cabine
simples, dupla, motores com 140 cv e 340 Nm, 180 cv e 42,8 kgfm, e o V6 com 225
cv de potência.
Não é produto para volume, versão V6 tem vendas
projetadas de 30% do mix, mas Pablo
Di Si presidente da VW na América Latina, crê num puxador de vendas pela
exclusividade do V6, da potência e torque superiores aos concorrentes. Hoje o
Amarok está em 4° lugar.
O bom Salão de Genebra
Quem conhece, reconhece: Genebra tem o
melhor Salão de Automóveis da Europa. Contido, bem dividido, permite ser
observado em dois dias sem maior sacrifício. Frankfurt ou Paris, em
alternância, exigem fôlego para percorrer, em media, 14 km de alamedas.
Nesta edição,
aberta ‘a imprensa na terça-feira 6, e a público de 8 a 18 de março, são
esperados 10 mil jornalistas nos dois primeiros dias, e 700 mil visitantes
interessados nos 180 exibidores, 900 veículos expostos, 110 em apresentação
européia ou mundial, com ênfase à crescente onda de Super Carros. No dia de
abertura, entrevistas com CEOs a cada 30 minutos, e as mais aguardadas são as
do sempre novidadeiro Sergio Marchionne, da FCA; do presidente da Volkswagen
sobre os efeitos do Dieselgate em sua companhia e, nesta edição, do número 1 da
Mercedes, para explicar a venda de quase 10% da empresa a um chinês.
Dia 5, os 60 jornalistas integrantes do Car
of the Year, mais prestigiosa láurea na indústria automobilística europeia,
escolherão o veículo mais representativo do ano. Dos 37 veículos listados e
aprovados na primeira semana de testes de estrada, numerosas avaliações, e a
última bateria de avaliações nas proximidades de Paris, contando com os
fabricantes para aclarar dúvidas – e fazer lobby -,
depuraram-se sete finalistas: Alfa Romeo Stelvio; Audi A8; BMW Series 5;
Citroën C# Aircross; Kia Stinger; Seat Ibiza; Volvo XC40. Resultado incógnito,
mas a julgar pelos prêmios recentemente recolhidos, chances há de o SUV Alfa
ser o vencedor.
Em outubro os elétricos Zotye
Prometida operação comércio/industrial da chinesa
Zotye terá início em outubro com venda de dois modelos: o urbano E200 e o
sedã 4 portas Z500 EV. Picape Stark, produzido pela catarino/cearense TAC,
quase comprada pela Zotye, e motonetas elétricas como divulgado anteriormente,
foram descartados. Aquisição da TAC não se viabilizou, e o projeto solitário
tomou outro caminho.
Negócio principia com a homologação dos veículos
junto ao governo brasileiro e pequena importação de lote completamente montado,
à espera da definição conceitual do governo federal em nova legislação hoje
gestada sob o carimbo de Rota 2030. Ali estarão os parâmetros para a indústria,
desenvolvimento tecnológico, incentivos para alcançá-los, incluindo tributação
sobre híbridos e elétricos. Após, incremento em volumes e, acredita, até o
final de 2019 te-los-á montados no Brasil em crescente agregação de partes
nacionais. Segundo Cadu Barbosa, diretor da Zotye para relacionamento governamental,
tal índice deverá atingir 70% em 5 anos.
A fábrica em instalação em Goianésia, GO – a 180 km
ao nordeste de Goiânia – galvaniza um processo industrial atraindo instalação
de fornecedores de auto partes – baterias, eletrônicos, pneus, etcccc - e a formação
do Parque Industrial Automotivo de Goianésia.
Os
produtos
O E200 é um sub compacto – veja-o como o Smart
Fortwo da Mercedes : 2,73 m de comprimento; 1,60m de largura; 1,81m entre
eixos. Motor elétrico com 81 cv, velocidade final de 120 km/h, autonomia de
180km/carga, interior refinado em decoração e conectividade.
Quanto ao Z500, está em outro oposto do mercado.
Grande para os padrões nacionais em 4,75m e 2,75m de entre eixos, tem motor com
128 cv, e autonomia de 250 km/carga.
Os chineses, quem diria, sócios da Mercedes
Notícia surpreendente, um chinês comprou 9,69% das
ações da Daimler, controladora da Mercedes. É Li Shufu, comandante e principal
acionista da China Zhejiagn Geely Holding Group, proprietário de, por enquanto,
quatro marcas de veículos: Geely; London Taxi; Volvo; Lotus. Com US$ 9 Bi
tornou-se o maior acionista individual do fabricante de Mercedes automóveis,
caminhões e vans. Em segundo lugar no controle acionário da empresa
está Kwait Investment Authority, com 6,8%.
Na prática conseguiu seu objetivo – ter acesso à
tecnologia de carros elétricos Mercedes. Indelineável separação entre pessoa
física, holding, e
empresas controladas, quer lançar marca própria nos EUA, carro luxuoso, sob a
marca Lynk&Co, e produzir veículos autônomos com base Volvo.
Os Xing-Ling, com insuspeitado poder, vem-se
espraiando pelo mundo. Há dois anos propuseram assumir 30% da PSA – Peugeot
Citroën DS -, forçando o governo francês a associar-se para evitar o controle
estrangeiro sobre a pioneira marca. E neste turvo mundo das finanças
empresariais, dizem-nos aptos a adquirir a FCA – Fiat Chrysler Automobiles,
empresa assumindo feição financeira e controladora de dezena de marcas, nas
quais a cada dia se percebe o fazer automóveis apenas como negócio sem causa.
Mas vale o registro da surpresa, de alguém
preencher o cheque de US$ 9 Bi de sua conta pessoal. Não foi associação, fusão,
troca de ações, mas negócio de compra, um saque da conta bancária.
Roda-a-Roda
SIM ? – Luca de Meo,
executivo, carreira rápida na Fiat e atualmente na VW, onde preside a espanhola
Seat, declarou ao jornal Expansión, estudos da marca para
vender e produzir carros na América Latina. Seat vende no México e esteve na
Argentina e Brasil ao início dos anos ’90, deixando os dois mercados sem
maiores explicações e clientes pouco felizes.
Não – André Senador,
diretor de assuntos corporativos na VW Brasil, consultado, desconhece a
pretensão. Marca pertencente ao conglomerado VW, para produzir localmente seria
em instalação industrial Volkswagen.
Difícil - Seat não está no radar de
produtos da VW do Brasil, às voltas com muitos lançamentos. Importador
independente não parece opção.
Começou – Citroën iniciou produzir na Argentina
seu sedã C4 Lounge. Lançamento dia 14, vendas em seguida.
Dúvida – Renault inaugurará
fábrica de peças e motores à base de alumínio. Até agora não conseguiu
confirmar presença do Presidente Temer.
Mimo – Compradores da pré venda
de Fords Mustang levarão brinde adicional: capacete cópia do utilizado pelo
piloto Dan Gurney à apresentação do modelo em 1964.
Opção – Décima quarta iniciativa
de divulgar veículos e serviços elétricos entre 18 e 20 de setembro, no
Transamérica Expo Center, S Paulo, SP.
Mercado - É o Salão Latino
Americano do Veículo Elétrico, agora organizado pela NürbergMesse, mais uma
empresa alemã de organização de eventos chegada ao Brasil.
Jogo duro – Nissan avisou produzir nova
geração do utilitário esportivo Terra sobre chassis tradicional, de longarinas
e travessas. Parece retrocesso, em especial pelas ásperas sensações de
condução, mas empresa quer faze-lo a partir da China e suas descompromissadas
condições. Com ele inicia nova divisão de negócios, de comerciais leves.
Melhor
– Pirelli foi escolhida Fabricante de Pneus do Ano, na Expo Tecnologia
de Pneus em Hannover, Alemanha. Pesaram para a depuração o foco nos pneus
Prestige, para veículos de alto valor; maior número de homologações –circa 2.000
-; parcerias com 28 universidades; e o lançamento do Connesso.
Novidade – O Connesso é um pneu
transmissor para celular ou nuvem, de informações com análise de dados de
pressão, temperatura e desgaste.
Democradura – Parece
descrição do fim do governo revolucionário, mas é apenas apreciação sobre as
cores mais vendidas de automóveis em 2017. A ditadura do Preto e do Prata deu
abertura ao Branco, agora líder. 78% dos veículos de 2017 foram pintados nestas
cores.
Como é - Branco liderou com 40%; preto e
prata em segunda posição, seguidos por marrom, verde e vermelho, segundo
análise da fabricante BASF.
Verdade – Resumo do negócio, quanto menor
o automóvel, mais viva a cor.
Mais luz - Phillips inicia vender lâmpadas com
até 3 mil horas de vida – usuais oferecem apenas 700h. É a LongLife EcoVision,
boa para veículos com larga rodagem diária. Há nos tipos H1, H4, H7 e H11,
aplicáveis à grande maioria da frota nacional. Custa uns R$ 25, e as comuns em
torno de R$ 17.
Negócio – BP/Castrol e Renault
firmaram entendimento através da Renault Sport Racing, departamento esportivo
da marca, incluindo Fórmula 1 e Alpine. Patrocínio, fornecimento de combustível
e lubrificantes, desenvolvimento.
De cá – Óleos BP/Castrol serão primeiro
abastecimento, como equipamento de fábrica, e recomendados nas trocas em todos
os Renault, Nissan, Mitsubishi. Tremendo mercado, ano passado venderam 11
milhões de unidades.
E ? – Capital não tem coração ou
patriotismo. A Renault é das mais antigas marcas francesas, mas o patrocínio é
britânico…
Gente – Rodrigo Soares,
executivo, desafio. OOOO De gerente de vendas a nº 1 em comunicação
e imprensa Porsche. OOOO Boa base acadêmica, era da Mercedes-Benz
onde implantou MB Challenge – as corridas com carros da marca. OOOO
Do ramo, conhece o produto, exigências nem sempre consideradas na contratação de
executivos como interface a público interessado, como o é o de jornalistas
especializados. OOOO
Factory 56, o automóvel
recomeça
Uma
proposta com cunho histórico e atualização industrial iniciou ser tocada pela
Mercedes-Benz Cars, a divisão de automóveis da corporação Daimler. Empresa
fixou a pedra fundamental e em paralelo á construção principia moldar métodos e
equipamentos direcionados ás novas exigências mundiais de ecologia e
informatização no projeto e construção de automóveis. Pretende a Mercedes
repetir fato gravado na história, a produção do primeiro veículo auto móvel o
Patent Wagen, de 1886. Markus Schäfer, membro do Conselho da Mercedes-Benz
Cars, Produção e Suprimentos, sintetizou a importância da empreita: Como inventora do automóvel, estamos
reinventando a produção.
Vista
como apta a ser a mais moderna do mundo, a Factory 56 engloba a síntese de três
conceitos: Digital, Flexível, Verde, e com foco sobre as pessoas. O rótulo pretende identificar um novo conceito de
construção dentro das exigências para a futuro, em meio á atual demanda por
enormes mudanças quanto aos métodos de projeto e fabricação. Quer corporificar
as três tendências, ser consistentemente digital, flexível, e com processos
rotulados de verdes, criados e implantados com proteção à ecologia e meio
ambiente.
A iniciativa recebeu, à
cerimônia de fixação da pedra fundamental, importante manifestação de
reconhecimento oficial. A Dra. Nicole Hoffmeister-Kraut, ministra da Economia,
Trabalho e Construção Habitacional de Baden-Württenberg, estado no sudoeste
alemão, a 35 km de Sindelfingen, onde está a sede da Mercedes, comemorou a
entronização da pedra fundamental e a construção da nova usina no estado, como
local privilegiado para a indústria a longo prazo, garantir a prosperidade do
país através da função das indústrias em produção e mobilidade do futuro, ressaltando
a tarefa do Estado em apoiar tal inovação.
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