terça-feira, 8 de novembro de 2011

SONORIZANDO COM WELLINGTON MALTA: TUDO SOBRE MÓDULO DIGITAL

Wellington Malta

O mercado de som automotivo tem experimentado avanço tecnológico muito grande,  e numa rapidez impressionante, obrigando os profissionais do ramo a se reciclarem para acompanhar o ritmo das mudanças.

Os módulos de potencia, que até bem pouco tempo atrás nós só conhecíamos os velhos e bons boosters, evoluíram para os Mosfets, e chegamos hoje na era digital. Só para relembrar as diferenças:

BOOSTER – São módulos de potencia que trabalham com tensão de 12 volts, a grande maioria só tem entrada alta, não trabalha em bridge e não são dotados de recursos tipo: ganho, crossover, ventilação forçada etc.

MOSFET – Os módulos de potencia da classe AB, trabalham com uma fonte chaveada, recebem da bateria a tensão de 12 volts, elevam essa tensão  em média para 40 volts,  seu circuito utiliza  como um dos componentes os  FETS ( Field Efector Transistor) são amplificadores que tem um consumo menor do que os Boosters, trabalham em bridge, tem ganho , crossover, ventilação forçada, sistemas de proteção etc.


A nova geração de amplificadores digitais oferece mais vantagens do que os módulos explicados anteriormente, a diferença é basicamente a seguinte:

Um amplificador classe AB,  perde aproximadamente 50% de tudo que produz com calor, ou seja, metade do que ele produz é potencia e o resto  é desperdiçado com calor, o digital em média perde somente 19% com calor, 81% do que produz é potencia, a nova geração que vem por aí deve chegar a 95% de potencia e 5% de calor.

O consumo é outro fator importante no digital, ele  consome muito menos do que um Mosfet ou um Booster, exceto se o ganho estiver “arregaçado “ neste caso os consumos se equivalem.  O que faz com que o digital tenha menos calor e consuma menos?

Um amplificador Mosfet,  que tenha uma freqüência de 8khz, por exemplo, ele processa os  8 kHz de uma vez,   o digital trabalha com uma freqüência muito maior, em torno de 400 Khz. ( DPS 2900 da Boog) só que ele não processa tudo de uma vez, ele divide essa freqüência em 400 ciclos de 1khz, ou seja, ele picota a freqüência numa  seqüência como se fosse um abre e fecha contínuo, isto é o  que se chama de sistema digital.

O mercado infelizmente ainda não está preparado para a era digital,  é comum erros de ligação, e o numero de aparelhos danificados por mau uso, e por erro de instalação ainda é grande. Abaixo fiz uma pequena lista de cuidados que o montador deve ter na hora que for instalar um amplificador digital:

  • Nunca fixar o amplificador no chassi do veiculo, usar uma madeira ou fibra acrílica para fixar,

  • Nunca  fixar  o amplificador na caixa de som,  a vibração da caixa  vai afrouxar os componentes da placa

  • Alimentar o amplificador com cabo de força adequado recomenda-se cabo de 21 MM (AWG 4) a mesma bitola para a alimentação negativa.

  • Alimentação sempre tirada do positivo da bateria, o negativo também se recomenda pegar da bateria, principalmente em carros de fibra de vidro.
                                            
  • Nunca fazer as conexões com o módulo ligado, após fazer todas as ligações o módulo deve ser ligado, se a chave de fenda encostar na carcaça com o módulo ligado, a saída será danificada.

  • Os cabos de sinal (RCA) devem passar longe dos cabos de alimentação, e os cabos devem ser sempre de dupla ou tripla blindagem.

  • Não se deve usar o ganho todo aberto, isto vale para qualquer amplificador, em média se trabalha com no  máximo 50%, para evitar a famosa ‘onda quadrada”que danifica o módulo e os alto falantes.

  • Nunca exceda a impedância mínima do amplificador, principalmente quando a ligação for em bridge.

  • Muita atenção com a voltagem da bateria, se ela tiver muito abaixo de 12 volts, o módulo não vai acionar.


Finalizando, recomendo ao instalador que nunca tente adivinhar, se tiver dúvida consulte o manual, se a dúvida persistir  ligue para o fabricante, lembre sempre que o improviso pode se transformar em um grande prejuízo.



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