Sem
crise, a Nissan chega
Pode parecer curioso, em meio a queda de
vendas e de atividade industrial, estoques ultrapassando as cercas, Nissan
inaugure complexo industrial, incluindo fábrica de automóveis, de motores, e
condomínio de fornecedores de peças. É de se entender. Decisões para tais
investimentos, no caso R$ 2,6B, dados foram considerados há vários anos. E,
após deflagrado o processo, não se interrompe, mesmo com mudanças nas condições
externas, como ora no mercado doméstico.Instalação considera o país como quarto
produtor, quinto ou sexto mercado, e promissora usina de lucros, para o projeto
da Aliança Renault-Nissan vender mais de 50% fora de suas bases de origem.
A pretensão com a Nissan é conseguir 5% nas
vendas domésticas, e a capacidade produtiva, quando alcançada, será de 200 mil
veículos/ano e idêntico volume para motores. É fábrica completa: estampa,
solda, arma, faz motores, injeta plástico, monta e audita tudo. E terá pista de
testes, melhor declaração de interesse. Hoje, acredite, apenas duas montadoras
as possuem, Ford e GM.
O que
Fica em Resende, RJ, beiradas da Via Dutra,
a 150 km do Rio, a 250 de S Paulo e, até pouco tempo, suas referências eram ser
a cidade perto de Penedo e Mauá, destinos turísticos de final de semana; era
incluir o Pico – depois descuidada Reserva Natural do Itatiaia –; ser sede da
Academia Militar de Agulhas Negras. A instalação da VW Caminhões, hoje MAN, e
da Peugeot-Citroën nas beiradas mudou tudo, levou o lado ruim do capitalismo, e
Resende é apenas uma cidade com bom recolhimento tributário e todas as mazelas
da rápida mudança de status.
Automóvel para abrir o negócio, o New March
– New por um tapa no estilo frontal
do conhecido modelo hoje em últimas unidades mexicanas. Final do ano, o Versa,
sedã quatro portas sobre a mesma plataforma. De motor, 1.6, 16V, flex – Nissan
e não Renault como o atualmente produzido pela associada no Paraná.
Fábrica de automóveis são basicamente
iguais. A diferença está no conteúdo, e a Nissan quer fazer assim: as pessoas
farão as diferenças, em especial pelo entusiasmo. Presenciei cena interessante
durante visita em fevereiro. Wesley Custódio, diretor de produção, explicava o
diferencial de criatividade do operário brasileiro, exemplificando um dos 300
que realizaram cursos de integração ao produto e processos fora do Brasil.
Indicou, o operário brasileiro substituíra a ajuda de três colegas na função de
prender o tanque do March à plataforma, desenvolvendo pequeno braço elevador
elétrico. Alça a peça e o funcionário Bruno Tavares, faz a fixação. E chama: “- Ô Paulão, vem cá.“ Dito Paulão é
Paulo Cunha, engenheiro, gerente de produção. Foi, simulou como seria e saudou
o obreiro.
Andando no restante da linha de montagem
ainda em fase de aquecimento, perguntei:“-
Paulão ? Nem dr Paulo, nem engenheiro, nem seu Paulo ?”. É, explicou. “Na fábrica são todos iguais. Se houver
diferença, existirão degraus, a transmissão da criatividade ficará
inibida.Todos iguais no mesmo objetivo de fazer o melhor produto no Brasil.”
Há um código de comportamento da marca, agregando profissionalismo,
criatividade e perseverança. Parece uma boa tática a ser aferida pelo tempo e
pelos clientes.
Hoje emprega 1.500
pessoas, 15% mulheres – maior percentual na indústria, podendo chegar a 2.000.
Na produção, 88 robôs em
funções de maior precisão ou risco. E o processo dispensa correntes,
transportadores ou plataformas, e os caixotes de peças paralelos à linha de
montagem. Robôs autoguiados por faixas magnéticas no solo conduzem carrinhos
com as peças necessárias para montar a unidade específica. Assim elimina o
risco de aplicar um componente a mais em versão simples ou, em ocorrendo,
faltar para aplicar na versão melhor equipada.
Na evolução do processo industrial, por regras de
economia, ecologia e segurança, na pintura a aplicação da base e do verniz
segue a do primer, encurtando o
processo, reduzindo o consumo de energia. Os robôs utilizam cartuchos para a pintura,
reduzindo a perda de tinta e solventes, diminuindo a emissão de compostos
orgânicos voláteis (COVs), a base das fórmulas é a água.
Responsabilidade
Há um pacote de ações de sustentabilidade, descarte
ecológico, formação de bosques, cuidados ecológicos, criação de pequeno
cinturão verde – 5 ha - para resgatar a rica Mata Atlântica dizimada pela
cultura do café no Vale do Paraíba, prédios com menor demanda de recursos
naturais. Mantém instituto para projetos sociais, com apoio ao esporte,
educacional, constrói em Resende um Centro Municipal de Educação Infantil –
aplicação da visão empresarial numa escola pública. E criou o Time Nissan para
auxiliar na formação de atletas brasileiros.
A nova unidade se inclui no projeto Nissan Power 88. Ao gosto de Carlos
Ghosn, o brasileiro líder da Aliança Renault-Nissan, indica, até 2016, quer 8%
das vendas mundiais e lucro operacional de 8%.
ps: a
operação de fixar o tanque, desenvolvida por brasileiros antes mesmo de começar
a produção, foi adotada nas fábricas Nissan no México e no Japão. Como disse o
citado Bruno, “entramos
no ônibus agora – mas já estamos na janela ... “
PSA: Receita para sobrevivência
1. Personalidade de linhas entre
Peugeot e Citroën;
2. Criação de marca Premium –
DS, como a Coluna noticiou;
3. Escriturar lucros até, no
máximo, 2016;
4. Disponibilidade de caixa de
2B de Euros para 2016-2018;
5. Margem de lucro em automóveis 2% em 2018 e de 5% para 2019-2023;
6. Investimento em pesquisa e desenvolvimento;
7. Criar cultura interna.
São os novos mandamentos PSA Peugeot-Citroën por Carlos Tavares, vice
presidente da Renault chamado a salvar a concorrente francesa.
A holding, para se viabilizar
economicamente, tomou como investidores o governo francês e a chinesa Dongfeng.
Tavares, um dos executores do êxito na entre aliança Renault e Nissan sabe
conviver com sócios com outras visões e conceitos.
Econômico texto exibe partes práticas, como o fim de quase metade dos
atuais produtos de Peugeot e Citroën, concentrando plataformas, reduzindo-os
tipos a 26 – para que, por exemplo, os
iguais Peugeot Partner e Citroën Berlingo, ou Peugeot Boxer e Citroën Jumper ? Peugeot,
marca mãe, com 13, Citroën comprimida em sete e, desta, a DS, com cinco até
2020. É complementariedade sem autofagia, adotada por Renault com Nissan.
E foco em mercados extra Europa, em especial Ásia, Rússia e América
Latina. Quer Eurásia e Mediterrâneo, e em processos para maior competitividade.
O projeto é o Back in the Race
– a grosso modo De volta à competição
– típico de Tavares, conhecedor e corredor com automóveis. No campo começou
bem: a Citroën aderiu ao WTCC, o campeonato europeu para marcas, e venceu na
abertura da temporada, no Marrocos, com o argentino José-Maria López e seu nove
vezes campeão de rallyes, o francês Sébastien
Loeb.
Foco onde seu sócio chinês é poderoso, mostrou veículo adequado no Salão
de Pequim o Peugeot Exalt, sedã grande, preferência dos chineses, quatro
poltronas independentes, e âncoras culturais como tratamento interno na chinesa
ébano, logo próprio, mescla do leão da Peugeot com caule e folhas de bambu, e
chapa com material lembrando pele de tubarão. Híbrido, motor BMW/Peugeot 1.6
THP, 270 cv, transmissão com seis velocidades. E elétrico com 67 cv (50kW)
sobre o eixo traseiro. Um 4x4 muito rápido.
Não cita cancelar o projeto da plataforma EMP2, do fugaz acordo com a
General Motors, e que, a ser produzida na Argentina, base para Peugeot, Citroën
e GM.
Aprendizado – Veículo mais
vendido do mundo é o picape F 150 Ford.A liderança é angústia para descobrir,
satisfazer o cliente, manter e aumentar vendas.
Brabus, 2 – Mesma empresa preparadora de Mercedes criou a variante Classic
para restaurar antigos da marca. Mostrou exemplos no recente Salão de Genebra,
mas os visitantes não entenderam: acharam, os antigos, como usual, eram
decoração histórica. Não era, era apresentação de serviço
.
Mais – Leva-los-á à Techno Classica em Essen,
Alemanha, cenário para exibir 280 SL W113 Pagoda, W111 280 SE 3.5
Cabriolet, R107 Mercedes 560 SL e um chassi rolante de 300 SL. É dos maiores
encontros de antigos da Europa.
US$
? – Restaurações adjetivadas como insuperáveis em
qualidade e autenticidade – questionável pois difícil ultrapassar as feitas
pela própria Mercedes. As operações de desmontagem, correção e trato, explicam preços
referenciais: 2.500 horas/homem, pesquisas e peças anotam US$ 560 mil nas
chaves do 280 SE Cabriolet.
Assinatura - Mercado mundial, coisa para US$ 100 mil. Recordista, em leilão,
US$ 340 mil. Não é restauração, é grife. E não é Brabus. É Carus !
Tradição
–
Soa grosseiro lembrar o carimbo aposto a ex-presidente – a vanguarda do atraso – em comentário sobre a Morgan, talvez o último
fabricante inglês de automóveis. Mas a marca tem métodos construtivos ainda
associados ao seu nascimento, há 100 anos.
Método – Desconsiderando a
mecânica, atualizada legalmente, as carrocerias lembram veículos e disposição
morfológica dos anos ’30: longo capô, habitáculo recuado, bancos de condutor e
passageiro próximos ao eixo traseiro. Tudo coberto por estrutura de madeira,
sobre a qual as chapas são curvadas por artífices com tempo de casa às vezes
quase assemelhado ao da marca...
Garantia – Ferrari
garantirá 12 anos seus motores e câmbios, e sua extensão – um seguro -, para
todos os componentes. Um plus à
atual, com três anos. Vale a veículos produzidos após 1º. de maio e a
existentes, mas com inspeção.
Vaga – Tens perfil ? A Corporação GM procura novo
profissional de comunicações. Empresa tem algumas convulsões internas com
novidades como re calls entrando na
área de indenização e, pela primeira vez, uma presidente.
Congelamento – Por conta do re call de demorado aviso, com origem na
chave de ignição, e problemas em 2,6M de veículos, a direção da empresa, após
conversa com ex procurador da República liderando investigações, deu licença
remunerada e afastou dois engenheiros envolvidos no desenvolvimento da peça.
Resultado – BMW comemora
recordes para suas marcas no primeiro trimestre: 90% para automóveis; 70% Mini
e 9% em motos. Mais vendidos, em automóveis o Serie 3, 1.984 unidades; Mini
Hatch, 405. Resultados turbinados por produtos e preços, sem aposição 30 pontos
percentuais sobre o IPI pelo fato de a empresa estar instalando fábrica em
Santa Catarina.
Busão – Volvo entregou
mais 379 ônibus para o transporte público de Bogotá, nos rastros do projeto
Transmilênio, que botou ordem no sistema. Duzentos híbridos e 179
convencionais. A marca lidera a frota.
Também – Re call para bicicletas Mega Bike, aro 16”,
referência 61, lote 58?092912. Problemas com os freios e torção. Dúvidas, 0800 600 7975 ou www.megabike.com.br e http://portal.mj.gov.br/recall.
Tecnologia – PPG, uma
das atuais marcas de tintas automotivas no Brasil, para o sistema de mistura
nas lojas, criou quinze novos concentrados
para tintas sólidas, metalizadas e de efeito. Inclui preto azulado e
componentes para preparação.
Gente - Jensen
Button, piloto de Fórmula 1, merchandising. OOOO Fora das pistas dirigirá modelos
Rolls-Royce para promover a marca. OOOO No Brasil Rolls é um dos
carros de uso do tri campeão Nelson Piquet. OOOO Porém a BMW, dona da marca, não capitaliza o fato. OOOO Hideki Kamiyama, japonês, executivo,
promoção. OOOO Novo presidente da
Honda Argentina. Do ramo, antes vendas em todo o mundo, incluindo direção
comercial no Brasil. OOOO Wolfgang Dürheimer, engenheiro, ex BMW e Porsche, responsável por
Motorsport na VW, promoção: presidente da Bugatti. OOOO
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