De
China, para Brasil
Fato inimaginável há alguns anos, o mercado
brasileiro de automóveis ser plotado pelos moradores da China. Mas é a verdade
de seguir o também surpreendente maior mercado de automóveis no mundo. Assim, o
Salão de Pequim – Beijing Auto Show -
abril 20 a 29, exibiu, pelo menos, cinco (!) novidades a aparecer também em
produção ou importados em avenças comerciais com o Brasil.
VW
Santana
Bom nome, produto de boa imagem aqui, mas o
citado apenas aproveita o nome do produto bem conhecido no Brasil. No caso, é o
seguir o conceito original do Renault Logan da VW, versão a mercados em início
de intimidades com o ser automóvel, carro espaçoso sobre plataforma antiga.
Muito adequado ao Brasil, agora em segunda versão, será construído sobre o VW
Polo. Salão do Automóvel, outubro.
GM
Cruze 2
Segunda geração deste coreano criado pela
Daewoo, bem vendido, com projeto revisado pela Divisão Chevrolet nos EUA,
aplicando sua tecnologia. Daí o nome: Projeto
Phoenix, pois desenvolvido nesta mancha fértil em meio ao deserto do
Arizona. Reforços estruturais para resistir a países ásperos como os do bom
mercado latino americano, e atualização de motores reduzidos em volume e peso:
1,5 litro, quatro cilindros, 16 válvulas, 114 cv – pela potência não deve dispor de comandos variáveis para as válvulas ou
injeção direta. Idem, com turbo compressor e 150 cv. Bom sítio argentino
Autoblog diz, motor de três cilindros – eflúvios
do fugaz acordo com a PSA Peugeot-Citroën, nota do Editor – com turbo
também o equipará. É razoável. Caminho é reduzir área cúbica externa e
deslocamento interno dos motores. Transmissões com dupla embreagem. Indefinido
local de produção, se Argentina ou Brasil. Salão do Automóvel, outubro.
Novo
Vento, o anti Mercedes CLA – Linhas definitivas a partir da proposta do designer brasileiro Marco Pavone, a VW
deu vida ao conceito NMC – New Midclass
Coupé. Ainda sem nome, embora o digam Vento CC. Usa plataforma MQB,
queridinha do grupo VW, polivalente e poli marcas, hoje base de novo Golf e
Audi A3. Motor dos VW deste porte e Tiguan, quatro cilindros, 2,0, 16 válvulas,
injeção direta, turbo, 220 cv, transmissão DSG – de duas embreagens – e sete
velocidades.Será feito no México. Não é para ser mais
um, porém mira precisa, ter mais porte que o Mercedes CLA, pequeno sedã
recordista em surpresa e preferência.
Peugeot
408 – Segunda
geração do modelo argentino e aqui disponível. Pequeno aumento na medida entre
eixos e perfil mais aerodinâmico, elegante queda do teto, e distribuição de
volumes visando esportividade – grande capô, habitáculo recuado, porta malas
curto -, dão-lhe sensação de ser maior e bem disposto em performance. O leão,
símbolo da marca, desceu para a grade em estilo, digamos, amercedado.Na China, motor 1.6 com turbo de alta
pressão. Multi uso, vai de 163 cv, como anunciado, a 270 cv de potência,
dependendo da aplicação do produto, da vontade do diretor comercial, o
conhecido Fator T.R. (na prática, T
grande por roda). Conceito Peugeot Exalt, usa o engenho com potência maior.
Previsão de ser mostrado no Salão do
Automóvel, com produção argentina.
Citroën
C-RX – Novidade
para instigar especulações é o conceito Citroën C-RX, dito como desenvolvido
pelos chineses da Dongfeng, sócia da marca. Sobre plataforma do C3, fabricada
em Porto Real, RJ, base do Peugeot 2008, lançamento pós Copa – a mesmo perfil e
público. Peugeot e Citroën são a PSA.Possível,
é. Mas será provável ? Carlos Tavares, novo comandante, em projeto de
salvação, disse cortar modelos assemelhados entre as marcas. Possibilidade há,
se o C-RX for apresentado no Mercosul como o primeiro produto da DS, marca
Premium anunciada pela PSA.
Roda-a-Roda
De
novo
– A informação sempre existiu como especulação contida: o utilitário esportivo
Cayenne Porsche era o veículo de produção com maior lucratividade no mundo -
incríveis US$ 25 mil/unidade. Porschistas o chamam Filho de Satã, pela distância e morfologia em relação aos
esportivos da marca. Mas vende e dá lucros.
Fonte – Agora a agência Bloomberg Businessweek diz ser a Porsche
fabricante mais rentável do mundo: ganha médios US$ 23 mil/venda, margem de
18%.
Mais - Lamborghini seria
muito rentável se vista individualmente, mas é somada como Audi, a quem
pertence. Na média ambas lucram US$ 5.200/veículo. Volkswagens, US$ 850, 2,9%
de lucro líquido.
Razões – Diz a publicação,
simples entender. Desde a crise de 2009, quem muito podia, continua podendo muito.
Outros, consumidores dos veículos baratos, foram afetados e ora andam em lenta
recuperação. Ou seja, mercado dos carros caros vai bem. Mais baratos, brigam
entre si e crescem pouco ou nada.
Mais – Trimestre com
recordes de venda, a Audi dá gás no entusiasmo sobre seu produto igualmente
entusiasmante, o A3 Sedan. Importou outra versão, com motor e preços menores.
O que
? -
Em lugar do motor 1.8, agora 1.4 TFSI – o mesmo sistema significando turbo com
injeção direta de combustível -, 122 cv, cerca de 20 quilos de torque iniciados
a 1.400 rpm; câmbio com duas embreagens e sete velocidades, performance e
economia. Duas versões: Básica R$ 94.800, e Attraction R$ 99.900.
Por
pensar
– Carro bem equipado, melhor desenvolvido mecanicamente, feito na Alemanha,
passa por enorme logística de transporte, paga 35% de imposto de importação, e
os demais sobre ele incidentes, e concorrerá com a versão Altis, do Toyota
Corolla, feito em São Paulo. No Brasil aritmética é ciência excitante.
Sucessor – Mark Fields, executivo navegando
com êxito na crise da Ford, deve ser indicado sucessor de Alan Mulally, o atual
CEO em busca de aposentadoria. Fields é o operacional abaixo do mandão.
Caminhos – Faz parte da paz com acionistas
e mercado antecipar anúncios de sucessão. A Ford quer faze-la plana e manter
Mulally por perto, com lugar em seu Conselho. Mas a Microsoft já o convidou
para recomeçar, ser CEO.
Prévia – Antes de colocar os produtos
nos concessionários da marca e para fazer movimento nestes tempos pré Copa, a
Nissan inicia cadastrar interessados em seu New March, produzido na recém
inaugurada fábrica em Resende,
RJ. Dê uma olhada: http://nissan.com.br/novidades/.
Sorrisos – Sorri, contido, o eng Paulo
Bedran, um dos atuantes na área de automóveis do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, mais de duas décadas de emoções no mercado, de
carro 1.0, Câmara Setorial, novas montadoras, crises com a Argentina, ... Do
ramo.
Razão – Também engenheiro, nortista e
descendente de libaneses, Carlos Ghosn, presidente da Renault-Nissan, anunciou
R$ 500 milhões no fazer dois novos produtos: pequeno utilitário esportivo
Captur e o picape Duster.
E, - O Captur teve pré lançamento
como importado, quando o governo federal criou o programa Inovar Auto, barrando importações para fomentar produção local.
Será o primeiro produto pós programa.
Mais – Nele, plataforma do novo Clio,
permitindo imaginar a produção deste no Brasil. Há tempos o Clio, avô do atual,
é feito na Argentina. O Captur é menor, porém mais cuidado e equipado, e terá
preço acima do Duster. Outro mercado.
Mais - Fazer o picape seria fácil,
exceto pelas diferenciações impostas: 1 tonelada de carga e tração nas 4 rodas,
para diferenciar-se dos concorrentes Fiat Strada e VW Saveiro, sem estes
predicados. Se bobear, versão diesel com motor argentino.
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Petrobras – Protestos, pedido de CPI
específica – como deve ser -, discursos sobre a lulopetralização da Petrobras e
os descaminhos da empresa que, dentre outras conquistas, levou ao buraco o FGTS
dos que acreditaram em implementar a poupança, e se descobriram em grande
prejuízo.
Programa – Nenhum dos discursos de
candidatos à Presidência tocou num dos pontos fulcrais do negócio – a divisão
da administração pública, em todos os setores, para ser gerida ou apropriada
por políticos e seus procuradores próximos aos governos. Enquanto mantido o
sistema da vantagem pessoal ou partidária, não há orçamento, impostos que
resistam à impunidade autorizada. Nem futuro.
Por lembrar – O Mensalão apareceu por conta de um protegido do PTB colocado nos
Correios. E existem muitos partidos e muitos órgãos públicos. Enquanto não for
restaurada a legislação garantindo os postos aos funcionários de carreira – e
vedando a partidarização da administração -, tudo continuará.
Chamada – Re calls em 238 Ford Fusion 2013, para troca do reclinador do
encosto dos bancos dianteiros, chassis R104192 a R331925. Sítio
do Ministério da Justiça – http://portal.mj.gov.br/recall.
Sem
chupar
– Nada de engolir combustíveis e líquidos não desejados. Empresa paulista criou
a bomba Magiflux, para transferir líquidos sem chupar a mangueira, usar funil e
afins. Motoristas de caminhões diesel atuais, de marcas obrigadas ao uso do
Arla 32, aditivo anti poluição, gostarão mais. O Arla é de trato agressivo.
Para – Serve a tratores,
máquinas pequenas, lanchas, karts, jet
skies, carros de coleção. Mergulhando a mangueira pela ponta com válvula
contendo esfera, e movimentos de vai e volta, o líquido se acumula até formar
altura para escorrer ao outro recipiente. Daí, faz o serviço em 12
litros/minuto. Nos postos, mercados, lojas, entre R$ 30 e R$ 45. Mais? www.magiflux.com.br
Ecologia
– Módulo
de farol baixo em led, criado pela
Magneti Marelli foi incluído na lista de Eco Inovações da União Europeia. Para
integrá-la produtos devem provar redução significativa de CO2. Comparativamente a
uma lâmpada halógena, consumindo 68 watts, o módulo E-Light Marelli usa 11.
Situação
– Novas
regras, V6, turbo, 1,6 litro de deslocamento e gerador de energia por calor,
mudou o cenário da Fórmula 1 quanto aos motores. Encerrada a 4ª. prova, os
alemães tem 90% dos pontos possíveis. A Renault, pluri campeã, foi para o fim
da fila.
Fonte – Conta Wagner
Gonzalez em http://autoentusiastas.blogspot.com.br/
dos 404 pontos marcados, 154 foram por Rosberg e Hamilton; 287 por pilotos
usando motor Mercedes. Se a fase europeia não exibir mudanças, emoção da
disputa e interesse sobre a categoria diminuirão.
De
volta – O
complicado relacionamento entre pilotos dos EUA e a Fórmula 1 caminha para novo
degrau, de esperado convívio pacífico. Gene Hass, sócio da equipe Stewart-Hass
conseguiu licença de competidor na categoria junto à FIA. 2007 viu a última
participação do país com Scott Speed. Carro próprio.
Maserati.
O centenário do tridente
Em 1914 em Bolonha, Itália, cinco irmãos
Maserati – Alfieri, Bindo, Carlo, Ettore, Ernesto e Mario - montaram oficina para
construir carros de corrida. Deste é a logo do tridente, inspirado na estátua
de Netuno, em praça na cidade. Logo ampliaram ações – construir, correr,
administrar corridas e o negócio. Gestão não era o forte familiar e, logo após
a morte de Alfieri, em 1932, venderam a empresa à Orsi, mantendo-se
colaboradores, mudando-a para Modena. Deu certo, indo competir com estrelas
mundiais, vitória na Targa Flório e nas 500 Milhas de Indianápolis, EUA.
No pós Guerra disputou corridas mundo afora
com outras italianas, a estatal Alfa Romeo, a recém surgida Ferrari. Fez carros
memoráveis como o A6GCM e o 250F vencedor da temporada evoluída à Fórmula 1,
com Juan Manuel Fangio.
Viver de corridas era inviável e a empresa
iniciou construir carros esportivos, como o 3500 e o 5000 sobre o mesmo chassis
em alumínio, e criações com estilo como o Mistral Coupé, Spider e o Ghibli, por
Vignale.Boa em produtos, ruim em gestão, nova crise
em 1968 associou-a à Citroën. Mais problemas, a PSA assumiu a francesa,
descartou a italiana. Voltou a capital oficial.
Nos anos ’70 assumiu-a o polêmico
italo-argentino Alejandro De Tomaso, dos esportivos sob seu nome, resgatando-a.
Pouco tempo. O coração freou-o e o governo italiano conduziu a Maserati à Ferrari.Nova gestão, transferindo o eng Eugenio
Alzatti da vice presidência da Fiat no Brasil para geri-la. Gente,
equipamentos, espírito, o novo sedã Quattropuorte,
grande e performático, colocaram-na em caminho de prestígio. Em 2005 a Fiat
assumiu-a, e novo projeto acelera suas vendas, previstas em 50 mil unidades
neste ano de comemorar o primeiro centenário.
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