Coluna 3914 - 26.09.2014 edita@rnasser.com.br
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Híbrido, tímido
Demorou, mas o Governo Federal atendeu a parte das
sugestões da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, no estabelecer
política para os carros híbridos. Classificou-os, quinta feira passada, pela
CAMEX, Câmara de Comércio Exterior, como Ex tarifário até o final do próximo
ano.
Na prática significa deixar de pagar os
inexplicáveis 35% do Imposto de Importação. Pela exceção legal, o valor dos
gravames alfandegários poderão variar de acordo com o humor oficial. Atualmente
ficarão isentos deste imposto os veículos híbridos a ser montados aqui,
importados em método CKD, totalmente desmontados.
Na beirada da legislação, uma regra: imposto varia de acordo com os
misteriosos parâmetros do Inmetro para medição da eficiência energética: limite
de isenção é 1,68 mega Joule/km. Daí, até 2,07 mJ/km pagará 2% de II.
Veículos prontos, sem previsão de montagem local, tabela diferente: 2%
de II até 1,10 mJ/km; 4% até 1,68, e 7% daí a 2,07.
Curiosidade
Pomposo comunicado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior trata a redução do imposto alfandegário, como “parte
das medidas necessárias para a criação de um mercado e atração de investimentos
para a produção nacional de veículos que usem novas tecnologias de propulsão“.
Entretanto, visto o mercado e os híbridos nele
existentes, a decisão parece enquadrar-se em conceito distante da aritmética e
da engenharia, ao contemplar apenas os híbridos sem recarga por tomadas de
parede. Ou seja, os dotados de motor a gasolina capaz de mover o veículo e
acionar gerador de energia para baterias ou outros motores.
Os outros, híbridos dependentes de recarga em tomadas elétricas, foram
barrados no baile do incentivo e, pelo texto, estão fora do parâmetro definido
pelo Brasil em sua nova política de estado.
O receio de cobranças populares quanto à possibilidade de o carro
híbrido da elite ser recarregado com a mesma energia utilizada pela ascendente
Classe C em seus aparelhos de ar condicionado, impediu as facilidades, e os
recarregáveis continuarão pagando 35% de Imposto de Importação.
A caminho
Dois veículos à venda no país se enquadram na categoria favorecida: Ford
Fusion e Toyota Prius, de prometida produção com a criação de facilidades.
Fusion e Prius devem ter – espera-se –, proporcional redução de preços,
pois dentro do cipoal tributário do país, todos os impostos são calculados
sobre o valor apurado, que é o do veículo, frete, despesas de porto e os 35% do
valor sobre o preço do veículo.
Roda-a-Roda
Ferrari, FCA – Como ficará a Ferrari, pós
demissão de Luca De Montezemolo, após 23 anos à frente da empresa? Tudo
e nada, por recente declaração de Sergio Marchionne, CEO da Fiat Chrysler
Automobiles, FCA, e próximo da Ferrari.
Dúvida – Com mineirismo impregnado por suas
mensais vindas ao Brasil, disse o CEO, “nada está incluído, e nada está
excluído”, deixando especulações no ar sobre eventual venda da marca,
avaliada em US$ 5B, pouco menos da metade da atual dívida do grupo. A Ferrari,
por projeto do defenestrado Montezemolo, é extremamente rentável. Faz 12% dos
lucros, vendendo apenas 0,16%.
Esforço – Dentre as medidas para afastar a
inviabilidade, mesmo associada à chinesa Dongfeng e ao estado francês, a PSA
criou nova marca de luxo, a DS. Primeiro conceito, o Divine, aparecerá no Salão
de Paris, 2 de outubro.
Personalidade – Três veículos, anteriormente
Citroëns, integram a nova marca. O Divine, criado especialmente, é prévia do
caminho partindo das bases comuns de Citroën e Peugeot: sofisticação e design.
Tem cristais Swarovski nos faróis, carroceria, interior. Motor conhecido, o 1.6
THT turbo, equipamento de Peugeots e Citroëns, porém 270 cv - mais de 100 cv
relativamente às versões conhecidas.Estes motores com injeção direta e turbo são
generosos.
Crise – Braço alemão da GM, a Opel reduzirá
produção na Rússia, operando em um turno diário, e apenas 16 dias de
funcionamento nos três meses finais do ano. Fábrica em St Petersburg produz
Opel Astra e Chevrolet Cruze.
De volta – Na operação russa, em sociedade com a
AvtoVaz, está o jipinho Niva.
Pioneiro – 2015 Mitsubishi inicia vender o primeiro
híbrido 4x4 do mercado, o Outlander PHEV. Três motores. Um 2.0 ciclo Otto, 121
cv e dois eletrossíncronos, um em cada eixo, produzindo individualmente 80 cv.
Luxuoso, seguro, premiado ao máximo no Euro NCAP, ANCAP e JNCAP. Preço
indefinido - dólar, presidente, tudo influi.
Soma – Em termos de produto, melhor do mundo
tecnológico: tecnologia do plug in – de ligar na parede – iMiEV; robustez e DNA
de Pajero 4x4, e controle de tração e estabilidade do Lancer Evolution.
Autonomia de 52 km, recarga completa em R$ 3,50 e consumo. Não se inclui na
redução do ex tarifário contado acima.
Mercado – Ao constatar existir mais de 70% dos
Porsches já fabricados, marca criou programa Porsche Classic, de treinamento à
rede internacional de concessionárias para reparos, serviços e peças originais
de época. É número muito grande de clientes para ficar fora da
autorizadas.
Mitsufiat – Por acordo entre matrizes Mitsubishi e a Fiat Chysler, Mitsubishi
tailandesa produzirá versão do próximo modelo Triton, portando emblema Fiat.
Com ele a antiga marca italiana quer presença em segmento onde não participa.
Como fica – Mitsubishi Motors do Brasil
perguntada, respondeu por circular garantindo, o acordo não atinge o mercado
brasileiro, onde a MMCB tem fábrica e direito exclusivo de distribuição e
comercialização.
Fiatbishi – Inquirida, Fiat declarou não ter
informação da parte prática, do como tal avença irá funcionar. O picape misto
de Mitsubishi com Fiat não atrapalha os planos do Stradão –
modelo maior que o líder Strada, contado pela Coluna semana
passada, e 2º. Produto da fábrica em Goiana, Pe.
Nada disto – JAC repele boato circulando no meio,
teorizando que a matriz chinesa ao tornar-se majoritária na construção de
fábrica em Camaçari, Ba, teria peitado o governo federal condicionando
implantação do projeto ao emprego exclusivo de mão de obra e equipamentos
chineses.
Peugeot – Novos Peugeot terão mais apuro em tecnologia
e conforto, deixando de competir nas partes baixas do mercado. Este definiu a
mudança. Versão mais equipada do 208 vende 25% do segmento. Mais simples,
apenas 6%. Ao público Peugeot significa refinamento, sem vez para
simplificação.
Tapa – Toyota criou oportunidade para fazer
notícia e tentar revitalizar o Etios. Contidas novidades na versão XLS: piscas
nos retrovisores externos, novas cores branca e azul. Dentro, concessões ao
motorista, como banco ajustável em altura, comando do vidro elétrico e
Bluetooth.
Ajuste – Instrumentação continua no centro do
painel, desconcentrando o motorista, e indicador de combustível agora é
digital. Há versão superior, Platinum, com estofamento em couro, tela com GPS,
som, câmera de ré e TV.
Acaba - É o último retoque. Próxima versão,
por determinação superior, corrigirá as mal feitas adaptações de projeto para
colocar direção à esquerda, deixando instrumentação e sistema de ventilação
para direção à direita.
Ligeirim – Audi inspirou-se nos pit stops das corridas e
racionalizou ações de assistência nos concessionários. Negócio prevê três
primeiras revisões em até uma hora, e espaço confortável para espera. Trânsito
nas cidades, e o atrapalho no vai e vem, definiu o programa. Por enquanto em S
Paulo. Até o final do ano em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba.
Flex – Motor 1.6 THP da PSA, presente em Citroëns e Peugeot, flex. Com álcool
produz 170 cv, contra 163 de origem. Demorou. Fácil fazer flex em motor turbo.
Motor – GM deu um tapa no picape S 10 marcando modelia 2015.
Superficial mudança da cor do painel e das laterais. Novo engenho – nem tão
novo, lançado nos EUA em 2011 – é L4, 16 válvulas, dois comandos variáveis para
admissão e escape. Injeção direta, flex. Transmissão com 6 velocidades à
frente.
Curiosidade – Importado, dados discrepam dos fornecidos pela matriz dos EUA. Lá,
potência de 196 cv a 6.300 rpm e torque 18,5 m.kgf. Aqui diz potência idêntica,
porém torque dispara: 26,3 m.kgf. A álcool 206 cv e 23,7 m.kgf. Nova linha
propele o antigo L4 2.4 e 147 cv, anciliaria derivada do Monza, para a versão
de entrada.
Game – Para lembrar-se líder e seguir um de seus slogans – a
empresa que mais entende de rua no Brasil – Fiat criou jogo com dicas de boas
maneiras, tecnologias e para evitar vacilos no trânsito. É o
Vacilândia, jogo para smartphones e tablets.
Em fiat.com.br/vacilaonao e filmes
no youtube.com/fiat.
Festa – MWM, fábrica de motores, e MAN, de
caminhões e ônibus, festejam 40 anos de parceria. MWM fornece
motores MaxxForce 3.0H, 4.3H, 4.8H Euro lll, 6.5H e 7.2H Euro III
para exportação, e os MAN D08 Euro V (4 e 6 cilindros) ao mercado local e
internacional, em caminhões e ônibus MAN.
Carol – Deixando a revista O Mecânico,
onde foi repórter e editora, jornalista Carolina Vilanova tem novo veículo, o
Portal Oficina News. Notícias diárias e semanais sobre transporte, oficinas,
partes, manutenção. Veja em www.oficinanews.com.br.
Com orgulho a Coluna está
lá.
Re call – 675 caminhões Ford Cargo 2042 e 2842
chamados a revendas para troca de parafusos de fixação de travessas e
componentes ao chassis. Jogo duro. Há perigo do caminhão se desmanchar nas ruas
e estradas. Para saber mais, 0800 703 3673 ou www.ford.com.br.Ford
anda em má sequência de problemas de montagem em seus produtos.
Fiat – Em evento mais ameno, troca de óleo
do câmbio, Fiat chama modelos Punto, Idea, Doblo Adventure, Bravo fabricados
entre 1º de fevereiro de 2012 e 22 de fevereiro de 201. Tens ? Confira 0800
707 1000 ou www.fiat.com.br.
Gente – Mario Guerreiro, português,
jornalista, 56, promoção. OOOO Diretor na comunicação na matriz,
será Vice Presidente da área da VW of America. OOOO Desafio. A
marca quer crescer no importante mercado norte-americano em seu projeto de
liderar a atividade. OOOO Michael Lange o substitui. OOOO Marcus
Vinicius Aguiar, engenheiro, mineiro, ex Fiat, mudança. OOOO
Diretor de Relações Institucionais, Governamentais e RSE da Renault. OOOO Christophe
Musy, francês, engenheiro, novo diretor mundial de peças e serviços da PSA,
sobre Peugeot e Citroën. Novos tempos. OOOO
Corrida
longa no Brasil começou com Mercedes
Mercedes-Benz
Challenge, temporada própria
com oito provas – próxima aos 19 de outubro, Curitiba -, utiliza automóveis da
marca em categorias diferentes: os modelos C e os CLA, ambos com preparação
AMG, a divisão esportiva da marca. Veículos iguais, preparação oficial e
idêntica, a temporada se destaca pela qualidade dos pilotos e, bem organizada,
provoca divulgação e agrega conceitos à imagem da Mercedes. Competitividade,
valentia, rendimento.
Os automóveis utilizam o motor de quatro cilindros mais potente do mundo, o 2.0, 4 cilindros, 16 válvulas, injeção e turbo. Tração nas 4 rodas e transmissão com 7 marchas.
Os automóveis utilizam o motor de quatro cilindros mais potente do mundo, o 2.0, 4 cilindros, 16 válvulas, injeção e turbo. Tração nas 4 rodas e transmissão com 7 marchas.
Corridas fazem parte do DNA da marca. No Brasil
sua apresentação se deu com a promoção das 24
Horas de Interlagos, primeira de tal duração no país e monomarca no mundo,
disse a imprensa à época.
Representação da marca no Brasil, a carioca
Distribuidores Unidos, no Rio de Janeiro, mais o Automóvel Clube do Estado de
São Paulo organizaram a prova em Interlagos, então nosso único autódromo, com
largada às 16h do dia 18 de agosto de 1951.
A Unidos disponibilizou 18 veículos da série
170, gasolina e diesel, escolhendo pilotos destacados no Rio, S Paulo e Porto
Alegre. E teve uma dupla feminina, com unidade diesel. Darly Ribeiro e Juze
Fittipaldi, mãe de Wilson e Emerson.
Tempos distantes. A sede da empresa era no Rio
de Janeiro e a Mercedes aproveitou a prova, a media horária e a resistência
para promover o produto, convidando o público a vê-lo em revendedor na Praça da
Bandeira, RJ.
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