Coluna 4916 - 02.12.2016 - edita@rnasser.com.br
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tapa no Amarok
Seis anos após seu surgimento o picape Amarok Volkswagen
passa pela primeira atualização instigada pelo mercado. Há 30 anos a antiga SR,
construtora de cabines duplas, retirou os picapes da posição de veículo de
trabalho, carro de entregas e lavradores, e conseguiu inseri-los na relação de
itens de desejo, competindo com automóveis caros ou importados usados. Modesta,
bem sucedida, criou nova faixa de compradores, os Macho Man, trocando automóveis confortáveis por picapes duros,
ásperos, camionais, trepidantes por seus adaptados motores diesel de
trator. A abertura das importações não
mudou o foco destes compradores, exigindo equipamentos e confortos,
colocando-os na linha direta de disputa com automóveis de relevo. Leitor sabe,
um picape com o mesmo nível de equipamento, custa acima das referências premium do mercado, como Mercedes C,
Audi e BMW 3.
Para atrair clientela às rentáveis versões com maior
conteúdo, reviu aparência frontal, mudando desenho de faróis auxiliares, grade
e para choques, aplicou rodas leves em tamanhos opcionais entre 16 e 20”.
Exceto placa de proteção para carter do motor e caixa de
marchas, mecânica se manteve intocada, liderada por motor diesel de 4
cilindros, 2,0 litros de cilindrada, potência variando por versão e aplicação:
carros de trabalho, frotas, um turbo compressor e 140 cv; aplicações
automobilísticas, não picapeanas, 180 cv obtidos por dupla de sopradores.
Mecânica de bom comportamento, transmissão mecânica de seis velocidades nas
versões de menor preço, e automática com oito marchas para as superiores. Em
todas a tração é permanente nas 4 rodas, e não há caixa para marcha reduzida: a
primeira velocidade é extremamente curta para cumprir eventual demanda.
No foco para clientes com ilógico ponto de vista de
picapes como grandes carros de luxo e com enorme porta malas, interior foi
cuidado, em extensas mudanças. É automobilístico em confortos, e nas versões
superiores, Highline, regulagens elétricas para os bancos frontais, materiais
cuidados, de bom tato, e os oferecimentos atuais de conectividade, como sistema
multimídia com espelhamento de celulares com as plataformas MirrorLink, Google
Android Auto e Apple Carplay. Outros, comando da transmissão automática sob o
volante e introdução de sistema de frenagem automática pós-colisão.
Visão
Interior supera parte externa. Exceto derivados de
automóveis, Volkswagen era jejuna em picapes até decidir-se pelo Amarok. Seis
anos após, conteve o orçamento, manteve as linhas criadas por lápis do século
passado. Mudanças intentam melhorar sua performance no mercado – 5o. em vendas,
abaixo de Chevrolet S10; Toyota Hi Lux; Ford Ranger e Mitsubishi Triton -,
entretanto permitir-se-á destacar pelo grande argumento para o segundo
semestre: motor V6 3.0, para performance
acima de todos os demais.
Quanto
Versão
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R$
|
S cabine simples
|
113.990
|
S cabine dupla
|
126.990
|
SE
|
130.990
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Trendline
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148.990
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Highline
|
167.990
|
Highline Série Extreme
|
177.990
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Acordo Mercosul UE mudará mercado ?
No quase anda marcando relacionamento de 18 anos entre
União Europeia e Mercosul, este apresentou proposta densa para vários setores,
incluindo o automobilístico. Pela oferta, o bloco econômico do sul reduziria
impostos de importação à razão de 2,6% anuais, zerando-o em 15 anos.
Indústria automobilística não gostou, contrapôs oito anos
na situação atual e cota de importação de 35 mil veículos/ano. Alega, precisa prazo
para se organizar, e avisa: matrizes se desinteressarão de investir na área.
Governo parece pouco sensível.
História antiga e de maus resultados. À abertura no
governo Collor, propôs-se imposto em 20%, mas pressões internas elevaram a 35%.
Sob o ponto de vista oficial, era proteção de mercado e empregos. Mas na
prática incentivou manter carros, motores e transmissões antigos em produção e,
sem competitividade com produtos externos, empacou o desenvolvimento e
garroteou a produtividade. Criou uma barreira para proteger o atraso e a
incompetência.
Proposta do Mercosul tem tudo para dar certo, embora vá
enfrentar dificuldades pelo grupo europeu no campo da agricultura e da
pecuária. Súbita eleição de Donald Trump e toda a insegurança de suas propostas,
incluindo resumir o comércio internacional em nome de manter empregos nos EUA,
pode dinamizar os negócios intercontinentais, como por exemplo, livre comércio
com o México.
Definições concretas somente as eleições de 2017 na
França e na Alemanha.
Carro elétrico é p’ra
valer
Dúvidas a respeito de carros movidos por combustíveis
fósseis não devem existir. Nada de receio do fim das reservas, como sempre
alardeado, mas pela simplória razão de ser poluentes e contra o meio ambiente,
incluindo a saúde dos votantes e contribuintes. Opções várias vem sendo
testadas, mas entendimento entre grandes fabricantes alemães, uma das líderes na
aplicação destas tecnologias, mostra a eletricidade como o caminho mais
provável.
Audi e Porsche, do grupo VW; BMW; Daimler; e Ford
assinaram carta de intenções para trocar sinergias, conhecimentos, - e
economizar - com o criar rede de estações de recarga capaz de receber veículos
de todas as marcas. Rede capilarizada dará autonomia aos elétricos permitindo
recarga por todo o país – a Alemanha tem, a grosso modo, o tamanho do estado de
SP.
Outra novidade é a padronização de carga para até 350 kW
e adoção do Sistema de Carga Combinado, CCS, utilizando um conector – tomada –
compatível com as atuais marcas e regra para as próximas gerações. Com
tecnologia em comum além de reduzir custos para a rede inicial de 400 estações,
provará a factibilização do elétrico.
História se repete na mesma Alemanha. Há 130 anos o
automóvel deixou de ser coisa estranha e passou a ser visto como veículo
confiável, todos sabem, quando dona Berta Benz tirou da estrebaria o
sacolejante triciclo criado por seu marido e dirigiu 140 km pela Floresta Negra
até a casa de sua mãe.
Negócio deve evoluir para uma joint-venture, permitindo adesão de outros fabricantes e permear a
estrutura para a Europa e a ideia para o mundo.
Roda-a-Roda
Recorde – Circuitos
de autódromos tem sido usados por fábricas de automóveis para registrar tempos
de volta – e recordes. Inglês Anglesey Coastal, no país de Gales, GB, é um
desses, vendo cair o recorde do McLaren P1 GTR.
Novo –
Autor o Mono, monoposto carenado, autorizado a andar em ruas e estradas. Leve,
580 kg, performático ao combiná-lo com motor de 2,5 litros, 305 cv, câmbio
sequencial seis marchas – é Fórmula 3 carenado, rodou em 1” abaixo do McLaren.
Curiosidade – Briggs
Automotive Company (BAC), montadora, tem sócio brasileiro, publicitário
Alexandre Gama, dono do único exemplar no Brasil. Há dois anos anunciou
fabricá-lo - mas levou o capital para Grã Bretanha.
Quebra galho – Descumprindo a
promessa aos revendedores de oferecer versão automática para o Troller, Ford
resumirá atrativos a séries especiais. Primeira é a Bold,em 180 unidades.
E ? – Carroceria
pintada em dois tons, com sempre presente Cinza Londres Escuro, combinado com
Amarelo Dakkar, Vermelho Arizona ou Branco Diamante II. Dentro, revestimento
mais escuro e o Cinza Londres generosamente aplicado no painel de instrumentos,
painéis de porta, console, alavanca de marchas.
Menos – Caiu a previsão
de carros importados em 2016. De 39 mil unidades, deverá arranhar 36 mil.
Representam apenas 1,7% no mercado nacional.
Razões - Carros
importados enfrentam três barreiras: preço do dólar, 35% de imposto de
importação e adicional de 30 pontos sobre o IPI. Abeifa, associação de classe,
pede ao governo a remoção dos questionáveis 30 pontos sobre o IPI criados na
gestão do hoje policialmente questionado Fernando Pimentel.
Otimismo – Em entrevista à
Autodata, Carlos
Zarlenga presidente da GM vê futuro com otimismo: crescimento de 12 a 15%
em 2017, com início de decolagem ao primeiro trimestre. Superou previsão de
Antonio Megale, presidente da Anfavea, associação dos fabricantes, entre 6 e
8%.
Investimento - Ao presidente Michel Temer Toyota anunciou
investimentos de R$ 600 milhões na fábrica de Porto Feliz, SP. Boa notícia em
meio a cenário econômico negativo, aporte permitirá produção de novos
propulsores para o sucessor do atual Corolla, sedã a ser lançado nos próximos
meses.
Depois - Novos motores não seguirão a tendência de downsizing, redução
em tamanho e peso, nem iniciará o caminho do uso do turbo alimentador para a
marca no Brasil. 2.000 cm3 de cilindrada, 16 válvulas, construído em alumínio,
inicia nova geração para o Corolla e futuros produtos. Primeiro Toyota nacional
com injeção direta de combustíveis, apto a receber turbo alimentador, e unidade
de força para outros futuros produtos na América Latina.
Mais – Após conquistar o rótulo de Líder em Segurança
como primeiro veículo nacional com nota máxima de proteção para adultos e
crianças, Renegade viu seis de suas versões nos Top 10 em segurança.
Levantamento feito pelo Cesvi/Brasil entre 293 versões de 58 modelos e 14
marcas, o jovem Jeep foi apontado como melhor nacional, com seis entre os 10
primeiros colocados.
Consequência – Resultado de bom projeto e seu
reconhecimento pelo mercado pelas vendas, Agencia AutoInforme aferiu, em
novembro ficou em segundo lugar em desvalorização, com perda modesta de 6,4% em
um ano de uso.
Fim – Juiz de São
Bernardo do Campo, SP, decretou a falência da Karmann-Ghia. Antes pioneira
alemã pioneira vinda com a indústria automobilística, passou de mão em mão.
Última sequer pagou salários e energia.
Acerto – Representantes
da Paccar – dos EUA, proprietária das marcas de caminhões Kenworth, Peterbilt e
DAF – reuniram executivos da DAF, operando no Brasil e da fornecedora Randon
Autopeças. Explicar filosofia, exigências, visões para enfrentar o crescimento
da concorrência no mercado. No Brasil DAF monta caminhões desde 2013 em Ponta
Grossa, Pr.
Crença – Volkswagen Caminhões e Ônibus investirá 1,5B
entre 2017 e 2021. Fará novos produtos e aplicará em conteúdo de digitalização,
conectividade e, campo prolífico, expansão
internacional da marca. Recursos virão da própria operação, e foi a segunda boa
notícia automobilística para o governo Temer.
Negócio – Aproveitando
dívida líquida de 1/3 do patrimônio, Dana de autopeças adquiriu negócios de
transmissão de forças e fluidos da italiana Brevini. Comprou 80% das ações, com
opção para as restantes. Rolou a dívida.
Futuro – Acredita
fortalecer suas capacidades nos crescentes mercados de veículos híbridos, de
fora de estrada, e para as grandes mudanças em estrutura industrial e de
produto. Raul Germany, CEO da Dana no Brasil entende, compra dará diferencial
para expandir base de clientes regionais.
Mudança – Pirelli
apresentou novos pneus para a temporada 2017 na Fórmula 1. Basicamente
mantiveram o aro de 13” e cresceram 25% na área de apoio com o solo. Dianteiros
são 305 mm/670 e traseiros 405 mm/670.
Futuro - Valem para
os três tipos, chuva, intermediário e piso seco. Equipes participaram
intensamente dos testes, provendo mudanças necessárias nos monopostos. Um
sofrimento, pois carros 2015 buscando se acertar para 2017.
Retífica RN – Coluna passada
atrapalhou-se com nome do designer do
renascer do Willys Interlagos no Brasil. É João Paulo Melo.
Fidel - Foi-se e é cantado como sonhador democrático,
coerente, socialista preocupado com seu povo. De outro lado, ditador comunista
preocupado em fazer fortuna pessoal em regime anti democrático, rotulando
12.000 assassinatos dos eventuais opositores, incluindo companheiros de armas
como Justiçamento, apropriador dos bons números de saúde e educação de Cuba
como conquista de seu regime duro – e agora sem rumo.
Igual – Gente é igual automóvel. Depois da morte são
louvados por qualidades não demonstradas em vida. Por isto não há cemitérios
para os malvados.
Gente – Lapo
Elkann, 39, inventador de modas, neto e herdeiro de Gianni Agnelli, ex-top da
Fiat, preso. OOOO Criou história de auto sequestro, família não acreditou,
e polícia de Nova Iorque localizou-o em festa. OOOO Diz a força policial, quantia seria para manter o clima. OOOO Que
festa ... OOOO FCA não comenta. OOOO
Revitalizando o Renegade
Para não perder o pique de vendas, manter a disputa no
segmento dos SUVs, e a sequencia de prêmios pela imprensa, Jeep incrementou o
Renegade 2017, já nos revendedores. Novidade maior está nas versões mais
vendidas, utilizando motores 1,8 litro de cilindrada, flex.
Realizou desenvolvimento sobre o propulsor, identificando
a etapa como Evo flex, para torná-lo mais ágil, potente e econômico – na
prática melhorar as sensações do motorista. Mudanças geraram 7 cv a mais, indo
a 139 cavalos de força, mas o foco mais centrado da Jeep era dar melhores
sensações ao condutor. Para isto privilegiou o funcionamento ao aplicar coletor
de admissão variável – o percurso varia para maior ou menor distância
dependendo da demanda comandada pelo acelerador -; aplicou bomba de combustível
inteligente, mudando a pressão de acordo com a exigência; e, epicurismo mecânico,
aplicou óleos lubrificantes de menor atrito para motor e transmissão.
Resultado obtido, maiores maneabilidade e respostas em
baixas rotações, menor necessidade de mudança de marchas – e até 10% na redução
de consumo. Outros melhoramentos foram monitoramento indireto da pressão dos
pneus – menor pressão aumenta o consumo -, indicador de troca de marchas, pneus
ditos verdes, com menor atrito na
rolagem com o solo, alternador inteligente – só gera energia sob demanda,
reduzindo o auxílio do motor. Criou versão Limited assinalando o topo no
segmento com motor 1,8 flex.
Na linha mantém a exclusividade do motor diesel 2,0 e
transmissão automática de nove velocidades. O Renegade é o único dentre os
utilitários esportivos não derivado de carro de passeio.
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