Hoje, 27 de novembro, a oitava geração do Porsche 911 vai celebrar sua apresentação
mundial em Los Angeles, 55 anos após o lançamento do modelo 911 original. Esta
é uma boa razão para dirigir o olhar para as sete gerações anteriores: o 911
entrou em seu décimo ano em 1973 trazendo as mudanças de maior alcance que a
Porsche havia realizado até então em sua bem-sucedida série de modelos. A
fabricante de carros baseada em Stuttgart utilizou potentes motores turbo em
seu principal modelo e uma carroceria de aço galvanizado em todos os veículos.
Além disso, lançou no mercado a versão Cabriolet (conversível) do 911 e o
Speedster, juntamente com o Targa. Finalmente, seu caminho para tornar-se um
ícone estava claramente delineado.
Mesmo assim, o
consagrado modelo teria primeiro que comprovar o quanto era adaptável. As
rígidas regulamentações de segurança nos Estados Unidos exigiam que todos os
carros novos conseguissem suportar uma colisão a 8 km/h sem nenhum dano, tanto
à frente quanto à ré. Por isso, Zuffenhausen introduziu os amortecedores de
impacto com um 'lábio' de borracha que caracterizam o modelo G à frente da
tampa do compartimento de bagagem.
Já de início, o
motor de seis cilindros do 911 standard passava a ter os 2,7 litros de
cilindrada do 911 Carrera RS da geração anterior. Ele foi aumentado para 3,0
litros pouco depois. Já em 1983, a cilindrada aumentou ainda mais, para 3,2
litros, com uma potência de 250 cv para o 911 SC RS. O enorme potencial de
desenvolvimento do motor horizontal resfriado a ar significava que sempre
haveria espaço para mais surpresas.
O motor horizontal
de 3,0 litros montado na traseira do 911 Turbo alcançou níveis de potência
muito mais altos a partir de 1974. A tecnologia da turbo alimentação, adotada
do automobilismo esportivo, inicialmente proporcionou a esse superesportivo 260
cv. De 1977 em diante, um intercooler (dispositivo para refrigeração do ar de
admissão) e um aumento no deslocamento para 3,3 litros proporcionaram um
impulso a mais.
Apesar disso,
nuvens escuras se acumulavam no horizonte: novos carros esportivos da Porsche
com tecnologia transeixo (motor dianteiro e transmissão no eixo traseiro), como
as séries de modelos 924 e 944, com quatro cilindros, e a série 928, com oito
cilindros, tinham a intenção de se afirmar na trajetória de sucesso do 911. Os
herdeiros transeixos pretendentes ao trono do 911, porém, não conseguiram se
estabelecer no mercado e a demanda pelo consagrado modelo se manteve tão alta
como sempre. A Porsche tomou então a decisão certa: uma mudança de estratégia.
Assim, naquele momento, o futuro do 911 foi garantido. A partir de 1982, uma
versão Cabriolet foi oferecida pela primeira vez juntamente com o Coupé e o
Targa. Ela foi seguida pelo 911 Carrera Speedster em 1989, marcando o final da
segunda geração do 911 - 2.103 unidades dela foram entregues com a carroceria
larga tipo turbo e somente 171 na versão estreita de exportação. O modelo G foi
fabricado no período entre 1973 e 1989 e a Porsche produziu 198.496 unidades
desses veículos durante esses 16 anos.
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