terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Porsche 911 G e suas inovações técnicas


Hoje, 27 de novembro, a oitava geração do Porsche 911 vai celebrar sua apresentação mundial em Los Angeles, 55 anos após o lançamento do modelo 911 original. Esta é uma boa razão para dirigir o olhar para as sete gerações anteriores: o 911 entrou em seu décimo ano em 1973 trazendo as mudanças de maior alcance que a Porsche havia realizado até então em sua bem-sucedida série de modelos. A fabricante de carros baseada em Stuttgart utilizou potentes motores turbo em seu principal modelo e uma carroceria de aço galvanizado em todos os veículos. Além disso, lançou no mercado a versão Cabriolet (conversível) do 911 e o Speedster, juntamente com o Targa. Finalmente, seu caminho para tornar-se um ícone estava claramente delineado. 



Mesmo assim, o consagrado modelo teria primeiro que comprovar o quanto era adaptável. As rígidas regulamentações de segurança nos Estados Unidos exigiam que todos os carros novos conseguissem suportar uma colisão a 8 km/h sem nenhum dano, tanto à frente quanto à ré. Por isso, Zuffenhausen introduziu os amortecedores de impacto com um 'lábio' de borracha que caracterizam o modelo G à frente da tampa do compartimento de bagagem. 


Já de início, o motor de seis cilindros do 911 standard passava a ter os 2,7 litros de cilindrada do 911 Carrera RS da geração anterior. Ele foi aumentado para 3,0 litros pouco depois. Já em 1983, a cilindrada aumentou ainda mais, para 3,2 litros, com uma potência de 250 cv para o 911 SC RS. O enorme potencial de desenvolvimento do motor horizontal resfriado a ar significava que sempre haveria espaço para mais surpresas. 

O motor horizontal de 3,0 litros montado na traseira do 911 Turbo alcançou níveis de potência muito mais altos a partir de 1974. A tecnologia da turbo alimentação, adotada do automobilismo esportivo, inicialmente proporcionou a esse superesportivo 260 cv. De 1977 em diante, um intercooler (dispositivo para refrigeração do ar de admissão) e um aumento no deslocamento para 3,3 litros proporcionaram um impulso a mais. 

Apesar disso, nuvens escuras se acumulavam no horizonte: novos carros esportivos da Porsche com tecnologia transeixo (motor dianteiro e transmissão no eixo traseiro), como as séries de modelos 924 e 944, com quatro cilindros, e a série 928, com oito cilindros, tinham a intenção de se afirmar na trajetória de sucesso do 911. Os herdeiros transeixos pretendentes ao trono do 911, porém, não conseguiram se estabelecer no mercado e a demanda pelo consagrado modelo se manteve tão alta como sempre. A Porsche tomou então a decisão certa: uma mudança de estratégia. Assim, naquele momento, o futuro do 911 foi garantido. A partir de 1982, uma versão Cabriolet foi oferecida pela primeira vez juntamente com o Coupé e o Targa. Ela foi seguida pelo 911 Carrera Speedster em 1989, marcando o final da segunda geração do 911 - 2.103 unidades dela foram entregues com a carroceria larga tipo turbo e somente 171 na versão estreita de exportação. O modelo G foi fabricado no período entre 1973 e 1989 e a Porsche produziu 198.496 unidades desses veículos durante esses 16 anos.

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